Quando Thomas correu para os meus braços naquela avenida movimentada, entrei em desespero. E o que veio a seguir foi ainda mais assustador. Eu estava quebrada, financeiramente e emocionalmente também. Aceitei a proposta que me fizeram e tentei coloc...
Obrigada a todas que me mandaram mensagens e comentários positivos no capítulo passado, foi realmente incrível ❤️
Espero que gostem, não esqueçam de conferir o Instagram da Galadriel 🗣️
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Naquela tarde chovia muito, um fenômeno comum da natureza mas que não havia sido previsto para aquele dia e nem com tamanha proporção. Para aqueles que se aventuraram a sair de casa, o guarda chuva não adiantou, a água caía pesada e o vento movia ela por todos os cantos. A chuva "lava a alma" alguns dizem, mas naquela tarde fria no estacionamento aberto, ela lavava o sangue de um homem bom, o sangue de Charles Somers.
— Não, n-não.... — a menina chorou desesperada negando com a cabeça. Não entendia o porquê ninguém está ligando para Chaz. Nenhum deles se importou ou temeu, só correram atrás do estranho e a deixaram ali com outros seguranças que nem mesmo se incomodavam em prestar socorro. — Olhe para mim, ok? Vai ficar bem, vai ficar tudo bem. — pressionava a barriga do moreno com seu casaco encharcado, e não se importava com a chuva caindo. — Vamos cuidar disso! — tentava ser confiante, mas sua voz vacilou a cada palavra que foi dita. — ME AJUDEM! — gritou com os homens frios e sem emoção.
Não podia culpá-los. Chaz é um mero pião para a máfia, assim como eles ali, o moreno é apenas alguém que mata e morre pela família Bieber, a única diferença é ter mais "espaço" dentro da organização, e ser amigo do líder, mas ainda sim, todos eram tratados da mesma forma, sem regalias, sem favoritismo. Seguiam as normas padrão para casos como aquele.
— Senhorita, já chamamos ajuda, agora por favor... — tentou afastá-la.
— NÃO! — empurrou o braço do segurança. — Me deixem aqui! — berrou, mas sem sucesso, ainda sim foi puxada por eles. — Me soltem! — tentou se soltar, mas era em vão, não era tão forte a ponto de se soltar de três homens. — O que estão fazendo? — Chorou irritada.
— É para sua segurança. — respondeu brevemente, levando-a para longe. Galadriel se debatia, xingava, e chorava ao mesmo tempo, estava sentindo tanta coisa de uma vez que mal tinha forças para respirar. — Senhorita, por favor... — Pediu cansado ao pegá-la pela cintura em um movimento rápido quando notou que a mesma fugiria.
— Me solta! É o meu amigo, por favor....
— Não pode ajudar ele.
— E-eu... — fechou os olhos com força, e os poucos suas pernas foram perdendo sustento, e assim caiu de joelhos. — E-ele não pode morrer, não pode! — segurou com força a gola de sua própria camisa, sentido o choro arder seus olhos e entalar na garganta.
Chorou por alguns minutos, sem notar o desespero e agitação dos homens ao seu redor. A imagem que viu a pouco não saia de sua cabeça, repetia várias e várias vezes como um pesadelo infinito lhe assombrando constantemente.
