Julgamento errado.

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A refeição era feita em silêncio

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A refeição era feita em silêncio. Os três comiam fingindo não ver o olhar mortal que Justin lançava a eles. O Bieber – que já havia feito sua refeição mais cedo – encarava seus dois filhos, e sua funcionária, esperando que eles acabassem de comer para iniciar o sermão que está entalado em sua garganta. 

— Vocês já terminaram? — Uma senhora que eles nunca haviam visto antes perguntou, ela sorria gentilmente enquanto fazia menção de retirar os pratos. Lentamente Adele largou os talheres sobre o objeto de porcelana e deixou que a mulher se retirasse. — Obrigada. — sorriu aos três. 

Para evitar contato visual, a estudante fingiu ajudar Thomas com seu copinho de suco, e para ajudar a mãe, a criança fingiu que estava tendo dificuldade em segurar o copo. Dominic foi o único a ficar sem fazer nada, tornando-se o alvo mais fácil naquela mesa. 

 


— Se divertiu muito ontem, Dominic? — a pergunta do pai fez o menino se remexeu desconfortável. — Imagino que seu dia tenha sido muito bom. — continuo a debochar, enquanto o mais novo, embora estivesse gritando de nervoso por dentro, não mudou sua feição fechada. 

Adele olhou de canto, apenas observando até onde a conversa daria. O pouco que conhecia de seu chefe era o suficiente para que a menina tremesse dos pés a cabeça pela reação do mesmo. Justin inclinou-se para frente com suas mãos fechadas em punho, mesmo que sua feição não fosse assustadora como antes, é bom ficar em alerta, nunca se sabe o que Bieber vai fazer. 

Os três sabiam o motivo pelo qual estavam sendo encarados, não podia mais ser adiado, aquela conversa precisava acontecer. Mesmo que estivessem morrendo de medo nenhum deles fugiria da punição, exceto Thomas, ele era completamente inocente naquela história toda

— Eu não sei do qu--...

— Então é essa desculpa que você vai usar? — cortou antes mesmo que se mais velho negasse. — Você acha que eu sou idiota? — perguntou calmo, mas não durou muito tempo. — Vocês acham que eu sou idiota? — refez a pergunta, dessa vez elevando a voz e batendo na mesa, deixando o jovem loirinho de olhos arregalados. 

— Não grite. — a voz feminina pediu calmamente. A morena não queria que Thomas ficasse com medo do próprio pai, e também não achava certo que Justin agisse tão friamente com Dominic. — Não tem ninguém surdo aqui. — sua voz se mantinha baixa, suave como se por dentro ela não estivesse quase desmaiando de pavor. 

A veia marcada ficou visível na testa do mafioso, o homem estava em seu limite e ainda sim não podia surtar porque Adele não era nada sua, ou seja, ele não tinha direito algum de gritar e brigar com ela. Desviou o olhar, bufando de ódio. Nunca, em toda sua vida, uma mulher o desobedeceu tanto quanto essa. 

— Isso é culpa sua. — acusou. O olhar feio que Justin lançou fez a morena se sentir culpada e ela nem sabia o que exatamente era "culpa" dela. — Estamos aqui porque você os levou para fora da mansão sem autorização e sem monitoramento. — mesmo que Justin não tenha explicado a situação, Adele conseguiu entender por cima que o motivo deles terem "fugido" de madrugada, era culpa dela. — Vocês dois, — olhou os dois filhos. — Nunca mais, ouviram? Nunca mais saiam de casa sem qualquer segurança e principalmente sem minha autorização, eu mando em vocês dois! Eu sou o pai de vocês e é a mim que vocês obedecem, entenderam? — a voz severa e o olhar frio fizeram com que os dois assentissem prontamente. — Ótimo, estão de castigo o resto da semana, e começa agora. Os dois vão para o quarto. — Dominic foi o primeiro a sair, mas antes levou Thomas com ele. 

Second Mother | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora