Shortfic - II

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Boa noite, capítulo enfim postado.

Contém alguns erros gramáticais e pela hora (01:22) definitivamente não pretendo reler mais uma vez para corrigir, e vcs me conhecem o suficiente para saber que irei corrigir depois.

AH, NÃO ESQUEÇAM A ESTRELA.

E, BOA LEITURA.

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Feyre voltou o olhar para a figura de sua irmã, recriminando-se mentalmente por nunca ter percebido quaisquer indício dos sentimentos de Elain pelo belo espião illyriano. Passou por sua mente as ocasiões em que os olhos castanhos procuravam discretamente o lugar onde ele costumava sentar-se à mesa ou como ela mexia em seus cabelos de forma tímida quando ele a encarava, um sorriso suave brotando em seus lábios no processo.

Claro que houve um momento em que questionou se o Caldeirão não tinha errado ao ligar Elain a Lucien, quando era nítido como ela se sentia mais em paz ao lado do guerreiro, mas acabou abandonando o pensamento. Agora tudo se tornara tão óbvio que se sentia estúpida e uma péssima irmã. Com um suspiro pegou o pequeno pedaço de papel que estava na mesa a sua frente e cuidadosamente escreveu as palavras que seriam o começar para mudar tudo aquilo:

Rhys, precisamos conversar.

Dobrou o papel ao meio e colocou de volta sobre mesa, não foi preciso esperar muito para que sumisse e segundos depois voltasse a aparecer.

Feyre, querida, estou sempre disposto a conversar com você. Principalmente depois de nossa conversa ontem a noite, ou a falta dela.

Mesmo que de forma involuntária acabou abrindo um pequeno sorriso, balançando a cabeça em negação. Seu parceiro era um caso perdido, entretanto, não era hora para joguinhos.

Pessoalmente e longe de olhares e ouvidos curiosos.

Fora sua resposta, voltando seu olhar para uma Elain cabisbaixa e silenciosa no jardim, seus cabelos castanhos dourados brilhando ao sol, formando uma espécie de cortina protetora envolta de seu rosto. Nem mesmo Nuela e Cerridwen foram capazes de arrancar mais do que meia dúzias de palavras dela no início da manhã e a ausência de Azriel na casa do lago apenas piorou o humor dela.

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Azriel se encontrava bem distante da vista de qualquer de um de seus amigos, seus olhos presos no horizonte enquanto permanecia sentado sobre um solo gasto e há muito tempo desabitado. Aquele lugar um dia fora um acampamento illyriano, o mesmo acampamento que sua mãe biológica um dia nasceu e morou.

Por mais que se esforçasse não conseguia criar uma imagem de como ela poderia ter sido se sua vida não tivesse sido destruída. Às vezes conseguia lembrar-se de um sorriso gentil ou de uma palavra encorajadora. Ela fora uma mulher forte apesar das adversidades e justamente isso fora o que atraiu a atenção do seu progenitor. Tirando tudo dela, até que não sobrasse nada.

Não era incomum fêmeas illyrianas serem tratadas como escravas e consequentemente serem estupradas, principalmente há mais de 500 anos e somente esse pensamento atroz fez com que fechasse os dedos das mãos com tamanha forma que os nódulos ficaram brancos, enquanto tentava controlar sua ira.

Depois da primeira guerra tentou encontrar por ela e, tudo o que conseguira descobrir era que ninguém havia feito nada para impedir o destino cruel que fora reservado. Depois disso o vilarejo fora completamente destruído após uma fração de seu poder ser liberado de seu controle total. Apenas mulheres e crianças foram poupadas no processo de sua ira.

Flowers and Shadows - HIATOOnde histórias criam vida. Descubra agora