Feyre conhecia uma essência poderosa quando diante de uma, afinal, possuía uma pequena parcela do poder de todos os grãos-senhores, também presenciando a extensão das habilidades de seu marido e parceiro; então, poderia afirmar, sem hesitação, que a sesciência presente no subconsciente de sua irmã era imponentemente dominante.
― Eu não entendo. Quem é você? ― Questionou diretamente para a voz sombria.
Sou tão parte de Elain como um braço ou uma perna. Sou uma extensão dela, eu sou seu poder.
Aquela resposta fez com que um calafrio passasse pelo corpo da feérica, que ergueu suas orbes azuis-acinzentadas para observar atentamente sua irmã, que permanecia em silêncio durante a interação. Engoliu em seco, voltando sua atenção para a mente de Elain, tentando acostumar-se com aquela voz.
― Um poder não deveria falar, pensar. Você não deveria ser senciente.
Todo poder grande demais, de alguma forma, desenvolve uma consciência própria, Feyre. Seu poder reage quando precisa de proteção, ataca quando está em perigo e, em muitas dessas vezes, sem que você ordene que faça. Ele sabe que precisa fazê-lo e faz. É uma extensão de você. A voz respondeu obviamente, como se afrontada pelo fato de que ninguém conhecesse tal informação. Nós apenas somos diferentes. Somos videntes e precisamos nos comunicar de alguma maneira.
Na mente da loira, a explicação oferecida realmente mantinha seu fundo verossímil, afinal, conseguia recordar-se de inúmeras ocasiões em que seu poder reagiu para protegê-la sem seu comando. Contudo, não havia se permitido um momento de reflexão para dispensar um segundo pensamento sobre o assunto. Suspirou, sem saber ao certo o que perguntar ou pensar, a realização de que sua irmã era mais poderosa do que haviam imaginado se fazendo presente e que, presumivelmente, deveria conversar sobre o assunto com seu marido.
Rhys só saberá quando nós quisermos. É uma decisão que não cabe a você.
― Como você...?
― O futuro está sempre mudando. Uma decisão, uma palavra, um pensamento, cada um deles tem o poder para mudar toda uma vida ― Elain foi quem respondeu, sua voz baixa, e firme ― Então, vimos um flashes de vocês dois, foi rápido, mas, você estava contando a ele sobre meu poder.
― Desculpe por isso. Eu jamais faria isso sem consultá-la primeiro.
― Eu sei. Meu poder tem um temperamento forte e é muito protetora. Nem sempre estamos de acordo. Na verdade, discordamos em quase tudo na maior parte do tempo. ― Resmungou, a memória de como ela havia recusado-se a se manifestar quando Lucien e Azriel estavam no corredor piscando rapidamente em sua mente.
― É tão estranho ter alguém que pode prever cada passo meu.
― Da mesma forma que é estranho ter alguém que pode ler a minha mente.
Feyre abriu um sorriso reconfortante, sabendo que era justo.
― Preciso encontrar Lucien e impedir que ele inicie uma guerra estúpida ou pior, desafie Azriel para um duelo. ― Feyre murmurou, fechando os olhos enquanto apoiava a cabeça no encosto do sofá.
― Ele não está pensando em fazer nenhuma das duas coisas. Na verdade, chegou a pensar, mas, como o futuro mudou mais uma vez, ele mudou de ideia. ― Elain respondeu simplesmente, mas, ao ver o olhar interrogativo de sua irmã, soltou um suspiro ruidoso ― Estou de olho nas decisões dele desde de que saiu daqui. Afinal, se algo acontecer, a culpa será minha.
Ele não tem o direito de ficar com ciúmes de você ou de fazer aquele show quando é ele, e não nós, que estamos nos enrolando nos lençóis de outra pessoa.
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Flowers and Shadows - HIATO
Fanfiction"Então, eu fui cuidadosamente para o jardim para ver você. Ficamos calados, porque estaríamos mortos se eles soubessem, então feche os olhos, fuja dessa cidade por um tempo. Porque você era Romeu, e eu era uma carta escarlate e disseram: 'Fique long...