Rowena

Cap 1

Gael

Já se passava das 23hrs,Adam estava atrasado,mandou mensagem avisando que ainda estava terminando com seu ultimo cliente.

Pedi mais uma bebida e me recostei no balcão,não estava com pressa tinha mais uns dias de folga antes de começar a lecionar na nova escola,então ia aproveitar a noite.
Fiquei olhando para a pista de dança e varias mulheres passavam por mim e se insinuavam,mas uma em especial se destava na multidão, ela era muito pequena,pequena mesmo estando de salto alto,parecia alheia a tudo e a todos,dançava só para si mesma e a visão era tentadora.

Me aproximei um pouco da pista de dança para apreciar melhor a performace da moça, ela era linda,cabelos longos castanhos que desciam em ondas até a cintura, seu vestido tubinho branco abraçava suas curvas dando destaque a cintura muito fina que se alargava num quadril arredondado,o vestido tinha um leve decote que modalva seu seios,as alças eram tao finas que parecia que ia se partir a qualquer momento com o peso deles.

Algo nela era quase angelical.Quando nossos olhos se encontraram vi desejo em seu olhar,ela também estava me analisando,com certeza gostava do que via,sem desviar os olhos veio caminhando em minha direção,eu não conseguia me mecher fique hipnotizado.

Ela chegou bem perto e sem dizer nada cruzou os braços em volta do meu pescoço,foi se aproximando lentamente dando um belo sorriso e depois colou seus labios no meu,ficamos nos beijando por um longo tempo e eu não queria que aquele beijo terminasse tão cedo,ela era quente,seu corpo se moldava ao meu,continuamos nos movendo numa dança lenta,ela tinha gosto de álcool e doce!,"sim ela era doce".Eu queria mais, precisava de mais,puxei ela para um canto escuro e aprofundei o beijo,até agora a gente não tinha trocado nenhuma palavra, mas não precisava já estavamos nos entendo muito bem assim.

Suas mãos pequenas passeavam pelos meus cabelos,dando leves puxões,sua boca gemia de excitação,aquilo estava sendo uma tortura deliciosa,não me lembrava a ultima vez que uma mulher me exitou tanto assim apenas com com beijos, eu precisava levar ela pra casa,precisava descobrir se seu corpo era tão doce quanto a sua boca.

Puxei ela pela mão em direção a saida,fui cortando entre as pessoas, quando dei de cara com Adam,ele estava com uma cara de poucos amigos,provavelmente ele chegou a algum tempo, "que se foda ele que estava atrasado!"
Distraido momentaneamente com a chegada do meu irmão não me dei conta que já não segurava mais a mão da mulher misteriosa,ela não estava mais ali! Olhei em volta e nada dela,procurei por mais um tempo e ela simplesmente havia desaparecido.

...

Já em sala me sentei na minha mesa e os alunos começaram a entrar pela porta,"que barulheira infernal logo pela manhã", lidar com adolescentes não é facil ainda mais esses que ja estão no ultimo ano.

_Bom dia meu nome é Gael sou o professor de matemática de vocês esse ano.

Como sempre recebo muitas risadinhas maliciosas da parte das meninas, sei que tenho uma boa aparência, mais não curto menininhas, ainda mais se forem minhas alunas,então só as ignoro.

Uma batida na porta e ela se abre lentamente,"_com licença professor estou um pouco atrasada posso entrar?!"

"Era ela!" a mulher da boate!

Fiquei desconcertado e não consegui abrir a boca pra falar, sem esperar uma resposta ela entrou rapidamente e se sentou no fundo da sala ao lado de Dylan,ele é um pouco introvertido mas otimo aluno.

Eu ainda não conseguia acreditar que ela estava aqui,reparei que ela olhava pra ele como se ja se conhececem.

"Não pode ser ela".

Minha cabeça começou a dar um nó,queria ir falar com ela mas não podia fazer isso estava no meio de uma aula ainda.

Tentei focar no que estava explicando e evitar ficar encarando ela,mas era praticamente impossível!

Quando o sinal da escola tocou eu aguardei perto da porta a saida dos alunos, ainda não sabia oque ia dizer mas sei que precisava falar,ela se levantou e veio andando até mim,foi se aproximando e sem cerimônia passou suas mãos pelo meu rosto e colou seu lábios aos meus.

Acordei assustado e suando frio!

_foi só um sonho! Falei em voz alta.

Kat "katrina"

Eu não conseguia dizer se gostava da escola ou não,muitas pessoas juntas enchendo uma sala de aula,elas eram muito barulhentas.

O primeiro que vejo ao entrar é o professor,o nome dele é Gael! Eu sempre venho ver ele,mas nem sempre deixo que me veja,isso suga muito da sua energia ,não quero fazer mal nenhum,gosto de ficar por perto observando,com certeza é um homem muito bonito.

Olhei ao redor e encontrei outro rosto conhecido,esse também ja me era familiar

_Oi Dylan!

Ele não ia me responder o sonho não é dele,mesmo assim eu gostava de fingir que fazia parte de tudo isso.

Dylan é um dos aluno do professor,eles não interagem muito,mas possuem uma conexão, então me sento ao seu lado.

Prestei atenção na aula toda,ele é muito bom no que faz,deve estar ansioso para o que o aguarda quando acordar. Ficou me encarando o tempo todo, provavelmente lembrando de mim.

Eu não devia estar fazendo isso! Não é natural interagirem nos sonhos das pessoas,só precisamos da energia delas.Quando interagimos sugamos mais do que é necessário deixando eles muito fracos.

Aprendi tudo o que sei com Rowera,um espírito antigo da floresta,não sei da onde surgiu,ela ja estava lá quando eu cheguei.Não tem uma forma como eu, mas esta em todos os lugares,sei que ela me quer perto deles,e eu sei que sempre estarei.

Gael Dylan e Adam,eles tem algo em comum comigo,uma energia que me prende a eles e sempre me mantém por perto,eu queria poder estar com eles no plano material,sinto que talvez seja possivel.

Foi assim na noite da boate,o professor estava sonhando acordado,ele me trouxe pra ele!

Eu pude sentir aquele beijo foi a segunda vez que me materializei, mesmo dessa vez sendo por tão pouco tempo.

Nesse mesmo dia Adam também me viu na boate,pouco antes de Gael soltar minha mão,eles tem essa força que me faz materializar nem que seja por alguns momentos.

Quando não estou com eles,não sei se realmente existo,é como viver na escuridão mas Rowena me mostra que tem um sentido pra tudo ser assim,"uma vida por outra vida",ela exige justiça.