𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐈𝐍 𝐖𝐑𝐈𝐓𝐄𝐍 , bakugou katsuki.

❛ 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼 ❜

Ela não soube dizer por quanto tempo dormiu ali mas quando acordou seus braços estavam novamente enfaixados e uma muda de roupas limpas estava ali dobrada próximo a ela.

Fazia tanto tempo que não dormia por completo e sentia o corpo descansar, de uma certa maneira aquela era a primeira vez que ela realmente havia dormido uma noite ou dia inteiros, aquele descanso cerebral já estava lhe fazendo uma falta que não dava para ser medida.

Retirando aquelas roupas com cheiro de hospital e colocando as roupas limpas com cheirinho de amaciante floral, [nome] não se conteve em puxar a gola da camiseta larga e sentir o perfume de lavanda que emanava dela juntamente com a calça moletom, tudo aquilo tinha um cheiro diferente, um cheiro tão bom de lar, descendo as escadas aquele cheiro bom de comida invadia suas narinas a deixando quase em transe.

- Ah você acordou. - Mitsuki comentou animada enquanto desligava as panelas vendo a menina um pouco acoada naquela 'casa nova' - Com fome? - ela viu a menina assentir um pouco lenta com a cabeça - Estou fazendo um almoço bem caprichado, logo Masaru chega em casa.

- Masaru é o seu marido no caso? - ela comentou ligando os pontos, se sentando um pouco amoada na mesa a vendo concordar rapidamente - Com o que ele trabalha?

- Ele é professor. - Mitsuki comentou ajeitando algumas coisas sobre a mesa - Ai no horário de almoço a gente almoça junto, claro tem vezes que não dá certo mas acontece. - ela completou rindo fraco - E você minha querida? Como está se sentindo?

- Honestamente, eu não sei. - [nome] murmurou um tanto confusa e vaga - Num minuto atrás eu estava na ponte prestes a pular e agora eu estou aqui conversando com a senhora. - ela completou encarando os olhos vermelhos brilhantes da mais velha - É meio difícil assimilar e eu não quero ficar incomodando a senhora com isso.

- Primeiro, pode me chamar de Mitsuki. Sou velha mas nem tanto! - ela refutou rindo fraco - Segundo, o pouco que Katsuki me contou já foi o suficiente pra eu me preocupar com você, não precisa e nem deve ficar carregando tudo isso sozinha. - ela completou segurando as mãos de [nome] observando as faixas e algumas lágrimas gordas caindo do rosto dela

- Eu não mereço... - ela solucou fraco tentando limpar a água que caía do seu rosto, até ver Mitsuki dar a volta na mesa e abraçá-la com todo conforto e cuidado

- Você não merece passar por isso sem nenhum tipo de apoio. - a mais velha resmungou baixo acariciando os fios do cabelo longo dela - Mesmo não sendo do mesmo sangue, nós queremos te ajudar assim como nosso filho e eu não aceito um não como resposta.

[Nome] solucou mais um pouco enquanto os carinhos de Mitsuki estranhamente a acalmavam, era como se tudo dentro do seu coração finalmente estivesse sendo libertado.

Ambas ouviram a porta abrir mostrando um homem alto mas um pouco franzino de cabeleireira castanha e bigode com uma feição clara de cansaço no rosto.

- Achei que não ia aparecer mais Masaru! O almoço já ta começando a esfriar oras. - Mitsuki comentou um pouco raivosa encarando o relógio o vendo sorrir nervoso

- Nezu me prendeu numa conversa longa e repetitiva sobre chás. - ele murmurou se aproximando da esposa e logo seu olhar encontrou em [nome] - E você mocinha quem seria?

- Essa aqui é a [nome], ela vai ficar um tempinho conosco. - Mitsuki comentou sorridente abraçando a menina com todo o cuidado

- Eu espero que minha presença não incomode o senhor. - ela comentou um pouco incerta enquanto Mitsuki servia alguns pratos aos dois

- Pra mim não tem problema algum! Você é sempre bem vinda na nossa casa. - ele comentou balançando as mãos em negação e [nome] sorriu interna com o gesto doce dele

- Ô velha, eu trouxe os legumes. - Katsuki gritou assim que abriu a porta de casa segurando algumas sacolas e uma tampa de panela voou da cozinha até a sala

- Velha 'tá a sua avó paterna moleque, você me respeita seu moleque atrevido! - Mitsuki gritou com toda força enquanto o menino loiro refutava a mãe com alguns palavrões mas logo se entendiam

O almoço fora regado com conversas e brincadeiras, junto com algumas provocações de mãe e filho com o mesmo temperamento e um pai no seu completo oposto, [nome] apenas se limitava a observá-los enquanto vez ou outra comia um pouco da comida de Mitsuki se segurando para não comer tudo rapidamente, era estranho mas ao mesmo tempo tão familiar aquele ambiente.

- A comida está boa querida? - Mitsuki comentou a fazendo despertar dos seus devaneios e assentir com a cabeça rapidamente - Se você quiser mais eu posso fazer outro prato.

- Obrigada, mas só esse já está bom pra mim. - [nome] mentiu levemente enquanto os viam sorrir um pouco e conversarem mais ainda

- Uraraka passou na venda hoje cedo. - Katsuki comentou sério quase de boca cheia - Eu disse a ela que você está aqui e ela 'tá mais aliviada, também disse que tentou contatar seus pais mas eles não retornaram as ligações.

- Entendo... - ela murmurou fraco enquanto brincava com o prato ja sem comida alguma enquanto suspirava fundo - Isso já não é uma novidade pra mim, eles já não tinham o costume de atender as ligações agora que isso não vai mudar..

- Mas você pode ficar aqui o tempo que for necessário. - Masaru comentou calmo enquanto se servia de suco de pêssego - Nem eu nem minha família vamos te deixar sozinha por ai.

- Mesmo eu ainda sendo uma completa estranha pra vocês? - [nome] comentou encarando cada um dos três da familia sentindo uma impotência enorme em cima de si mesma

- Eu disse que você teria de me engolir por um bom tempo. - Katsuki sorriu convencido a vendo suavizar suas expressoes e sua mãe bater em seu ombro como se ordenasse para que pedisse desculpas

- Sendo assim eu não tenho onde me opor. - ela se deu por vencida os vendo comemorar aquilo como se ela tivesse passado numa faculdade renomada - Eu posso pegar mais um pouco? - ela comentou meio envergonhada estendendo o prato

- Nem precisa pedir meu anjo. - Mitsuki comentou pegando o prato de suas mãos e lhe servindo outra boa porção de comida fazendo seu estômago se revirar de ansiedade.

Pela primeira vez era uma ansiedade comum, de que algo muito bom estava por vir.

Notas

Oi gente

Então, tô doente e desempregada (de novo) tô uma completa inútil cheia de pensamentos anti vida mas eu tô bem kkkkk

Eu juro que piada autodepreciativa é mais forte que eu de verdade