Capítulo 3

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                — Você é

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                — Você é... Verde? — Única coisa que consigo dizer diante ao garoto enorme parado na minha frente. Quando digo verde, digo literalmente, a pele dele estava verde. O cabelo era em um vermelho vivo, estava preso em um rabo de cavalo e tinha as laterais raspadas. Seus olhos, ou lentes que seja, eram em um amarelo vivo bizarro. Suas orelhas eram pontudas e com alguns brincos medonhos. Seu rosto tinha cicatrizes: Uma cortando seu olho direito e outra no nariz — O Halloween chegou mais cedo e ninguém me avisou? Quer dizer... Obvio que não avisariam, não tenho amigos, mas também não tinha nenhum post na internet e... — Vejo que ele me encarava com uma expressão confusa no rosto, mas ainda mantinha sua postura nobre. Paro de falar e espero.

                 — Hum... É... Annabeth Villin e Benjamin Foster estão? — Sua voz me causa um arrepio na nuca. Percebo leves presas em seus dentes caninos quando ele abre a boca.

                 — A! É claro! — Exclamo batendo em minha própria testa entendendo o que estava acontecendo. Ele parece animado com minha resposta — Você está fazendo cosplay do Mayen! — Sua expressão volta a ficar confusa — Fiquei em duvida se deveria te perguntar, vai que estivesse se vestindo de guerreiro elfo ou de doende verde bombadão. Meu pai não está, mas ele ficaria muito feliz em ver um fã tão empenhado como você.

                  — Como sabe o nome do rei de Marte, humana? E o que é um... Elfo, ou um doende verde bombadão? — Isso é serio? Ai minha nossa, to vendo que vou precisar de paciência.

                 — Percebi que gosta de entrar no personagem — Respiro fundo e conto até três mentalmente — Olha, cara, não sei que tipo de brincadeira sem graça é essa e realmente não estou nem um pouco afim de participar, então... Até mais! — Começo a fechar a porta, torcendo para que aquele lunático entenda o recado, mas ele a segura com força antes que eu consiga fecha-la — Ai! Está achando que é quem? Já falei para vazar daqui!

                — Eu sou Orfeu, príncipe de Marte, filho primogênito da rainha Déa e o rei Mayen — Ele anuncia com um ar orgulhoso estufando o peito e ainda segurando a porta, começando a me deixar irritada — Exijo falar com Annabeth e com Benjamin.

                — Você não tem o direito de exigir nada não — Puxo a porta, o que quase o faz se  desequilibrar — Já disse que eles não estão e já pedi para se retirar. Obrigada e tenha uma boa noite! — Consigo fechar a porta e passo a chave a trancando novamente — Mas é cada louco que me aparece! — Vou para a cozinha, minha garganta estava seca.

                 "BUM". Me viro assustada e vejo a porta da minha casa no chão e o garoto esquisitão parado em cima dela. Meu sangue começa a ferver. Olho para o outro lado da sala, onde meu celular estava, depois volto a atenção para aqueles olhos amarelos que me encaravam. Eu tinha que alcançar o telefone e ligar para a policia, sei me defender, mas aquele cara era mais alto que eu e com certeza parecia mais forte com todo aquele peitoral e braços musculosos.

O PRIMOGÊNITO DE MARTE (vol.2 da duologia)Onde histórias criam vida. Descubra agora