Capítulo XVI: O prisioneiro.

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Capítulo XVI: O prisioneiro.


Subi as escadas apressadamente em direção ao meu quarto, Lee e Neji estavam em seus postos observando a minha chegada. Apontei discretamente para o cômodo e entrei, torcendo para que Hinata também estivesse no local. Ao entrar, percebi que ela arrumava uma das minhas gavetas, cantarolando uma música antiga de Konoha.

– Que bom que você ainda está aqui – falei aliviada, ela me lançou um olhar confuso.

– O que aconteceu? – perguntou, sentando-se em minha cama.

– Algo terrível – sentei-me ao seu lado. – Preciso que o Lee e o Neji estejam aqui também para que eu possa falar com todos vocês – ela assentiu e se levantou, caminhando em direção a porta para chamar os meninos.

Em poucos segundos, os três em pé estavam de frente para minha cama, olhando para mim apreensivos. Dei um longo suspiro, não existia maneira fácil de contar essa notícia.

– Conversei com Gaara assim que ele chegou ao palácio. O príncipe me contou que eles conseguiram capturar um dos responsáveis pelo acidente na mina de Konoha, ele me disse que esse prisioneiro é um rebelde que vem sido procurado há anos por Rasa. Haverá um julgamento público amanhã antes do baile para decretar a sua sentença – anunciei, olhando para eles. Hinata ficou boquiaberta, Neji e Lee trocaram olhares como se decidissem algo.

– Ele te disse o nome desse prisioneiro? – perguntou Neji sério. Balancei a cabeça negativamente.

– Não, mas eu tenho certeza que é meu pai! Qual outro rebelde está dando dor de cabeça ao Imperador além dele? – questionei tristemente.

– Tenten, apesar de seu pai ser organizador do movimento, ele não é o único procurado por Rasa – disse Lee. Olhei para ele surpresa.

– Como assim? Existem outros? – insisti.

– Seu pai tem um conselho que o ajuda, além de pessoas que trabalham nas redondezas das minas. Por serem quatro minas em pontos diferentes do País, seu pai não consegue estar em todos os locais ao mesmo tempo e por isso designou pessoas para cuidarem das mais distantes – explicou Lee e eu assenti chocada. Meu pai tinha ajudantes, então isso queria dizer que qualquer um deles poderia estar aqui em Suna.

– Não podemos descartar a hipótese de ser seu pai, mas também não podemos afirmar com toda a certeza que é ele. Precisamos investigar primeiro – disse Neji e Lee concordou.

– Então faremos isso. Independentemente de quem tenha sido capturado por Suna, ele é um dos nossos, nossa missão é libertá-lo – falei decida, levantando-me. Hinata abriu um sorriso.

– Está falando como uma rainha! – afirmou ela orgulhosa. Sorri em agradecimento.

– Tudo bem, qual é o plano? – perguntou Lee.

– Primeiro precisamos ir à masmorra para saber como ele está. Depois traçaremos um plano para libertá-lo – todos concordaram.

– Quem vai até o calabouço? – perguntou Hinata olhando para Neji e Lee.

– Eu vou. Lee fique com a Tenten até eu voltar – disse Neji e o sobrancelhudo concordou.

– Precisa ser de madrugada, agora o palácio está muito movimentado, ainda mais com os preparativos para o baile. Se você for agora atrairá muita atenção indesejada – preveni e ele assentiu.

– Você tem razão, irei no meio da noite – avisou.

– Hinata você pode trocar de horário com a Pakura para poder passar essa noite comigo? Preciso de você aqui quando o Neji voltar da masmorra – pedi.

Tenten Mitsashi: A última guerreira de KonohaOnde histórias criam vida. Descubra agora