Capítulo XI: O espião.

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Capítulo XI: O espião.


Acordei com as cortinas sendo abertas e o sol invadindo meus olhos.

Virei para o lado contrário da janela e ouvi a voz de Pakura falando algo que eu não conseguia entender. Abri as pálpebras lentamente e olhei ao redor. Em cima da minha cadeira havia um vestido de tule cinza separado para o dia.

Levantei e minha criada pegou o vestido, para começar a me arrumar. Fiquei parada em frente ao guarda roupa enquanto Pakura fazia a maior parte do trabalho – ela tirou minha camisola, vestiu-me e depois me levou até a cadeira em frente a penteadeira para arrumar meus cabelos e fazer a maquiagem. Ela passava o pente delicadamente entre meus fios, fazendo-me ficar sonolenta novamente. Assim que ela percebeu o efeito que estava me causando, ela parou de escovar meus cabelos e fez dois coques, alinhando minha franja em seguida.

Assim que fiquei pronta, despedi-me de Pakura com um aceno e fui para o salão de refeições fazer meu desjejum. Ao entrar no local, Temari já estava sentada fazendo sua refeição, ela deu um sorriso gentil que eu retribuí. Sentei em sua frente e coloquei um guardanapo em meu colo enquanto as omeletes eram servidas.

– Bom dia, Tema – falei.

– Bom dia, Tenten. Dormiu bem? – perguntou, após dar uma mordida em uma maçã que estava em sua mão.

– Sim, e você? – falei distraidamente entre uma garfada e outra.

– Maravilhosamente bem – disse ela sorridente e eu arqueei a sobrancelha, levantando meu olhar para a loira em minha frente.

– Temari Sabaku, o que aconteceu? – perguntei fingindo estar séria e ela riu.

– Shikamaru me enviou uma carta, chegou ontem pela tarde – comemorou.

Pensei na carta que Gaara me enviou, mas resolvi não comentar sobre isso naquele momento – as paredes do castelo tinham ouvidos, logo essa informação chegaria aos ouvidos do Imperador.

– Quais são as novidades? – perguntei alheia, voltando meus olhos para a omelete em meu prato.

– Nada demais, ele enviou uma carta para avisar que eles chegaram bem em Konoha – disse animada e eu assenti tranquilamente.

– Fico feliz em saber que os Deuses abençoaram a viagem deles – comentei distraidamente e ela concordou alegremente.

Alguns minutos depois, terminada a sua refeição, Temari se levantou e disse que iria se arrumar para nossa ida ao centro da cidade. Marcou de me encontrar no saguão do castelo em meia hora, eu concordei e continuei tomando o meu café tranquilamente. Iria aproveitar esse tempo para repassar a logística com Neji e Lee, para que eles conseguissem entrar em contato com o espião sem levantar suspeitas.

Subi pelas escadas em direção ao meu quarto. Ao chegar à porta, cutuquei discretamente Neji e Lee para que entrassem no quarto comigo. Os dois assentiram e foram um pouco depois de mim.

Como era de costume, Lee deixou a porta entreaberta, para ninguém levantar suspeitas, e parou em frente à fresta, para que ninguém que passasse no corredor visse além do necessário.

– Daqui a meia hora partiremos para o centro da cidade, já está tudo certo para que a mensagem seja repassada? – perguntei com a voz baixa.

– Sim, o ponto de encontro é o mercado de rua de Suna – respondeu Neji sério e eu assenti.

– Tudo bem, farei com que Temari vá ao mercado comigo para que você possa agir. Quanto tempo irá precisar para isso?

– Entre quinze e vinte minutos. Deve ser o suficiente – analisou pensativo.

Tenten Mitsashi: A última guerreira de KonohaOnde histórias criam vida. Descubra agora