Capítulo XXII: Ultimato.

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Capítulo XXII: Ultimato.


Senti uma mão pesada em meu ombro, olhei para trás e vi Sasori me olhando com a mão estendida para ajudar-me a levantar. Segurei em sua mão e ele me pouco gentilmente para cima, passando o braço pela minha cintura para não me deixar cair.

- Você está bem? – Ele perguntou preocupado achando que eu tinha me machucado com os cacos de vidro espalhados pela grama. Balancei a cabeça negativamente, estava sem forças para falar qualquer coisa.

- Tudo bem, eu irei te levar para o seu quarto. – Ele disse caminhando calmamente para que eu conseguisse acompanhar seus passos.

As cenas de Karura caindo da janela ainda eram vividas em minha mente, seu corpo fraco despencando no ar e caindo de costas nas grama, os vidros estilhaçados ao redor de seu corpo, o sangue manchando toda a vegetação... Eram imagens que eu nunca iria esquecer.

Ao chegarmos em frente à porta do meu quarto, Neji e Lee ajudaram Sasori a me colocar na cama, vi a preocupação em seus olhos apesar de terem ficado em silêncio. Lee foi apressadamente chamar Hinata para me ajudar enquanto o moreno e o ruivo conversavam baixinho no canto do cômodo.

- Eu a encontrei de joelhos na grama com o vestido todo ensanguentado. Pelo choque em seu rosto, ela deve ter visto a queda. Deixe-a descansar até se recuperar do trauma. – Pediu o ruivo. Neji concordou.

- Tudo bem, nós cuidaremos dela Major. – Respondeu o Hyuga sério. Sasori assentiu.

Após conversar com Neji, Sasori se aproximou de mim e parou em minha frente. Com o olhar cheio de pesar ele se abaixou ate a minha altura e olhou em meus olhos vazios que encaravam o nada.

- Tenten, por favor descanse agora. Pedirei para que suas refeições hoje sejam servidas no quarto. Mais tarde eu venho ver como você está, tudo bem? – Perguntou preocupado. Assenti silenciosamente. Ele se levantou e deu um beijo no topo da minha cabeça, saindo em seguida.

Alguns minutos depois, Hinata chegou no quarto e me encarou espantada ao notar o meu estado. A Hyuga ajudou-me a sentar e pacientemente tirou os cacos de vidros que estavam presos no meu vestido, depois ela soltou meu cabelo e foi para o banheiro preparar a tina para que eu tomasse banho.

Quando o a pequena banheira estava cheia, Hinata me ajudou a levantar e levou-me em direção a banheiro, me despindo e colocando-me dentro da água. Ela ensaboou meu corpo e lavou meu cabelo para tirar qualquer vestígio de sangue do meu corpo. Apesar de fisicamente o sangue de Karura ter sido retirado da minha pele, espiritualmente ele ainda estava lá, no fundo da minha alma eu sentia minhas mãos molhadas pelo seu sangue carmesim.

Ao terminar o banho, a Hyuga me enxugou e ajudou-me a me vestir com a minha camisola. Andei em direção a cama e me deitei, fechando os olhos em seguida. Senti o cansaço do peso de todos os acontecimentos da manhã fazendo com que eu adormecesse rapidamente.

(...)

Acordei com uma dor de cabeça latente. Levantei-me vagarosamente e me sentei em minha cama para processar tudo que havia acontecido. Na minha cabeça tudo aquilo não tinha passado de um sonho ruim, eu iria sair do quarto e veria a Imperatriz pelos corredores do castelo, mas infelizmente não era isso que iria acontecer.

Dei um longo suspiro e ouvi vozes vindo do corredor. Temari conversava com meus guardas para saber sobre mim. Ela perguntava se eu já tinha acordado e pediu para ser avisada quando eu estivesse bem novamente, se afastando em seguida. Dei uma risada sem humor, bem... Depois do que eu vi não tinha como eu ficar bem, a mãe dela foi covardemente assassinada na minha frente.

Tenten Mitsashi: A última guerreira de KonohaOnde histórias criam vida. Descubra agora