Capítulo V

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- Minha nossa! Aconteceu isso tudo, porque você resolveu defender Judeus, como eu e minhas irmãs? - perguntou Helena.

- Foi, mas não estou arrependido. Fiz o que era certo. - respondeu James, em um tom firme.

- Então, você pode ficar aqui , James. Pode ajudar Cássia e Sofia vender flores na vila ou colhê-las com Helena. - observou Julia sorrindo. - Você parece ser uma boa pessoa.

- Obrigado. Eu me sinto grato pelo que vocês estão fazendo por mim.

- Venha, James! Vou te mostrar a casa e o jardim! - disse Cássia , a irmã de apenas dez anos , puxando-o pela mão.

Cássia apresentou os cômodos da casa, e correu para mostrar o jardim.

- Olha , tem rosas de várias cores. O que acha?

- Lindo! - afirmou ele sorridente, reparando no extenso jardim de rosas vermelhas e brancas. Ao fundo, amarrado à uma cerva, um cavalo marrom de crina marrom bebia água. - E este cavalo aqui? - perguntou James, apontando.

-É nosso. Usamo-lo para nos ajudar a levar as cestas de flores de flores para a vila.

- Como se chama?

- Hermano.

***

O dia se seguiu com o jovem ajudando as duas irmãs mais jovens na venda de buquês e flores separadas na pequena vila, já no dia seguinte, James foi ajudar Helena a colher as rosas.

- Cássia falou que o Hermano é usado só para levar flores para a vila. Vocês já montaram nela apenas por montar? - perguntou James, correndo a mão pelo focinho do animal.

- Não... Nunca pensamos nisso.

- Que pena! Um cavalo tão bonito como este sem diversão. Permissão para montar? - perguntou ele, rindo descontraidamente.

- Bem, pode. - ela o olhou, pousando as mãos sobre a cintura.

Ele montou em Hermano e deu uma volta em torno do jardim, em lentos galopes.

- Venha também Helena! - chamou ele com a mão estendida, parando ao lado da dama.

- Eu tenho um pouco de medo ... - respondeu a Wicowisky, pensativa. - Só vou se você não correr.

- Tudo bem, eu não vou correr. - falou James, sorrindo levemente de canto.

Helena assentiu, montou na garupa e saíram pela colina.

- Então, perdeu o medo? - perguntou ele, depois de um metros.

- Acho que sim. - respondeu ela, sentindo o leve vento em seu rosto.

- Então agora... Eu já posso correr! - ele riu, e fez o cavalo correr em galopes pela colina de grama baixa.

- Ah! Você é meio doido! - gritou ela, abraçando-se a ele para não cair.

Ao ouvir a fala de Helena ele soltou uma risada e continuou a guiar Hermano pela colina.

James e Helena passaram a tarde cavalgando.

***

A noite caiu, e em casa, James pensava em sua mãe e olhava a foto que ela lhe deu antes de entrar no navio. Foi o único pertence seu, que restou após ter caído à deriva no mar.

- Mãe. - disse ele para si, deixando ás lágrimas escorrerem de seus olhos. - Perdoe-me por não tê-la ouvido.

- James.- Helena o chamou saindo de seu quarto. - Está tudo bem?

- Sim, apenas estava pensando em minha mãe. - respondeu ele ainda com lágrimas nos olhos.

- Esta moça na foto, é ela? - ela sentou-se ao lado dele, olhando a foto da mulher em um longo vestido, ao lado de um piano.

- Sim. E... Eu fico imaginando, como ela deve estar se sentindo agora. Vem uma dor no peito, quando eu penso que não poderei mais voltar, que nunca mais a verei.

James tenta segurar as lágrimas mas elas caem e ele desaba em prantos.

- Calma, pense pelo lado positivo. Você conseguiu sobreviver, e agora está aqui. - disse ela o abraçando.

- Tudo bem, eu tentarei pensar pelo lado positivo. - falou James, respirando fundo e olhando-a tentando sorrir.

Ao ouvir a conversa dos dois, Sofia saiu do quarto com expressão de sono.

- Helena, o que está havendo? Parece que eu ouvi alguém chorando.

- Está tudo bem , irmã. James sentiu falta da mãe, apenas isso.

- Entendo... Espere um pouco, vou fazer um chá , pode ajudar a se acalmar. - observou Sofia, caminhando em direção a pequena cozinha.

Depois de alguns minutos ela voltou com uma xícara de chá de camomila.

- Aqui, tome um pouco. Vai te ajudar a dormir.

- Obrigado. Vocês não sabem como estão me ajudando. - falou James, sorrindo levemente. - Confiando em um completo estranho na casa de vocês ...

- Não é mais um completo estranho. - afirmou Helena.

***

Algumas semanas se passaram e James já fazia parte da família, se acostumou com o modo de vida da família e a rotina que tinham.

- Quem vai fazer o almoço hoje?! - falaram as damas em coro.

James disfarçou coçando a nuca.

- James! - todas apontaram para ele.

- Tudo bem. Eu faço. - disse ele sorrindo. - Mas antes, Helena, venha comigo até a vila? Preciso comprar alguns legumes para a sopa que eu vou fazer. - chamou, na porta de casa.

- Ah, sim! Eu aproveito e levo algumas rosas ... Talvez que eu consiga vender algumas.
Montaram em Hermano e saíram.

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