POV Dean
- Ei, olha por onde anda. - Grito para um garoto, que estava andando de bicicleta, e quase me atropela. Ele mostra a língua para mim, e vai embora. - Idiota.
Continuo a andar. Ando distraidamente, prestando atenção no ambiente ao meu redor. Várias árvores, de tons variados de verde, uma praça com um parquinho. Diversas crianças brincavam no parquinho, corriam para lá e para cá. Estava andando, distraído pela paisagem alegre, quando esbarro em alguém. Percebo que é uma mulher.
- Me desculpe, eu não a vi. - Digo, me sentindo um idiota.
- Ah, não se preocupe, Dean, foi apenas um acidente. - Ela diz, fazendo com que eu a olhe de maneira confusa.
- Perdão, mas, nós nos conhecemos? - Pergunto.
- Mas é claro. - Ela responde com um sorriso no rosto. - Não se lembra? - Nesse instante, todos ao meu redor desaparecem. Tudo some inexplicavelmente. As crianças, o parque, a praça. Tudo.
- Não moça. Eu não lembro. - Respondo, e, ao me virar para ela novamente, noto que ela está banhada em sangue.
Sangue escorre por seus olhos, boca e narinas, caindo livremente pelo pescoço, até a roupa. De repente, ouço uma voz, num sussurro distante, e sinto um frio atravessar minha espinha.
"Isso é culpa sua". Diz a voz, me deixando ainda mais assustado, e fazendo com que o frio aumente.
"Você fez isso comigo". A voz está cada vez mais perto, cada vez mais alta.
"Isso é culpa sua. E vai pagar pelo que fez".
E então, uma luz branca e forte surge na minha frente, me fazendo levar a mão aos olhos. E aí...
E aí, eu caio da cama e acordo. Por quê eu nunca acordo de uma maneira legal que não me machuque? Pergunto a mim mesmo, emburrado.
- Ei Dean. - Ouço meu irmão me chamando. - Parece que teve outro sequestro essa noite. Mais uma garota foi encontrada na praça, os órgãos espalhados. - Ah, que maravilha. Nem tomei café ainda...
- Tá. - Respondo, emburrado. - Vou me trocar e tomar café. E podemos ir.
Me levanto da cama, e caminho em direção a pequena cozinha do quarto. Abro um armário e pego uma xícara, depois encho ela de café. Viro num gole só, e como umas tiras de bacon. Depois, vou em direção ao banheiro. Tomo uma ducha, escovo os dentes, e visto o terno. Pego o distintivo e coloco no bolso interno do meu casaco. Quando estamos quase chegando na porta, ouço uma voz irritada dizer:
- Espera aí. - É o demônio. Estava tão perturbado com o sonho que me esqueci dela. - Vocês não podem sair, e me deixar aqui sozinha, nadando no tédio.
- Tem razão. - Digo, em seguida, grito: - CASTIEL!!
- O que foi, Dean? - Ele pergunta ao aparecer no meio da sala.
- Tá ocupado? - Pergunto.
- Não exatamente. - Ele responde, olhando apreensivo para o demônio. - Por que?
- Porque eu preciso que você fique aqui, vigiando aquele verme... - Aponto com o queixo, ele olho, e faz cara de nojo. - ...Enquanto Sam e eu vamos caçar o demônio do hospício. Tudo bem pra você?
- Tá, eu vigio ela. - Ele responde.
- Ótimo. Qualquer coisa, é só ligar. - Ele assente. - Obrigado. - Agradeço, e Sam e eu saímos. Fecho a porta, mas não antes de ouvir a demônio dizer:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor Entre Um ANJO E Um DEMÔNIO ✔
FanfictionEu estava caçando um demônio com fetiches insanos quando os Winchester's apareceram. Eles tomaram o caso das minhas mãos como se fosse deles, e nem perceberam que fizeram isso. E com isso, tive que deixar pra eles resolverem e fui obrigada a me esco...