Capítulo V - De Volta Ao Caso

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POV Dean

- Ei, olha por onde anda. - Grito para um garoto, que estava andando de bicicleta, e quase me atropela. Ele mostra a língua para mim, e vai embora. - Idiota.

Continuo a andar. Ando distraidamente, prestando atenção no ambiente ao meu redor. Várias árvores, de tons variados de verde, uma praça com um parquinho. Diversas crianças brincavam no parquinho, corriam para lá e para cá. Estava andando, distraído pela paisagem alegre, quando esbarro em alguém. Percebo que é uma mulher.

- Me desculpe, eu não a vi. - Digo, me sentindo um idiota.

- Ah, não se preocupe, Dean, foi apenas um acidente. - Ela diz, fazendo com que eu a olhe de maneira confusa.

- Perdão, mas, nós nos conhecemos? - Pergunto.

- Mas é claro. - Ela responde com um sorriso no rosto. - Não se lembra? - Nesse instante, todos ao meu redor desaparecem. Tudo some inexplicavelmente. As crianças, o parque, a praça. Tudo.

- Não moça. Eu não lembro. - Respondo, e, ao me virar para ela novamente, noto que ela está banhada em sangue.

Sangue escorre por seus olhos, boca e narinas, caindo livremente pelo pescoço, até a roupa. De repente, ouço uma voz, num sussurro distante, e sinto um frio atravessar minha espinha.

"Isso é culpa sua". Diz a voz, me deixando ainda mais assustado, e fazendo com que o frio aumente.

"Você fez isso comigo". A voz está cada vez mais perto, cada vez mais alta.

"Isso é culpa sua. E vai pagar pelo que fez".

E então, uma luz branca e forte surge na minha frente, me fazendo levar a mão aos olhos. E aí...

E aí, eu caio da cama e acordo. Por quê eu nunca acordo de uma maneira legal que não me machuque? Pergunto a mim mesmo, emburrado.

- Ei Dean. - Ouço meu irmão me chamando. - Parece que teve outro sequestro essa noite. Mais uma garota foi encontrada na praça, os órgãos espalhados. - Ah, que maravilha. Nem tomei café ainda...

- Tá. - Respondo, emburrado. - Vou me trocar e tomar café. E podemos ir.

Me levanto da cama, e caminho em direção a pequena cozinha do quarto. Abro um armário e pego uma xícara, depois encho ela de café. Viro num gole só, e como umas tiras de bacon. Depois, vou em direção ao banheiro. Tomo uma ducha, escovo os dentes, e visto o terno. Pego o distintivo e coloco no bolso interno do meu casaco. Quando estamos quase chegando na porta, ouço uma voz irritada dizer:

- Espera aí. - É o demônio. Estava tão perturbado com o sonho que me esqueci dela. - Vocês não podem sair, e me deixar aqui sozinha, nadando no tédio.

- Tem razão. - Digo, em seguida, grito: - CASTIEL!!

- O que foi, Dean? - Ele pergunta ao aparecer no meio da sala.

- Tá ocupado? - Pergunto.

- Não exatamente. - Ele responde, olhando apreensivo para o demônio. - Por que?

- Porque eu preciso que você fique aqui, vigiando aquele verme... - Aponto com o queixo, ele olho, e faz cara de nojo. - ...Enquanto Sam e eu vamos caçar o demônio do hospício. Tudo bem pra você?

- Tá, eu vigio ela. - Ele responde.

- Ótimo. Qualquer coisa, é só ligar. - Ele assente. - Obrigado. - Agradeço, e Sam e eu saímos. Fecho a porta, mas não antes de ouvir a demônio dizer:

Um Amor Entre Um ANJO E Um DEMÔNIO ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora