Capítulo VIII - É MUITA Gentileza

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POV Dean

Austin (capital do Texas), Texas

- Dean, você está prestando atenção? - Sam chama minha atenção, pois eu havia me distraído com uma garota.

- O quê? - Pergunto, me virando para ele. - Ah, claro, estou sim.

- Mas é claro que não está. - Ele diz, bravo. - Quer saber? Deixa pra lá. Pode continuar admirando a garota.

- Ok. - Respondo, e volto a olhar a garota.

Já faz alguns minutos que estou olhando para ela. Tem uma coisa que está me deixando intrigado. Sinto como se conhecesse essa garota, como se já tivesse visto ela em algum lugar. Fecho os olhos por alguns instantes, tentando me lembrar. Depois de alguns segundos, abro os olhos novamente, e tudo ao meu redor desapareceu. Olho em volta, e vejo que restou apenas a garota intrigante. Porém, ela não está sozinha.

Há uma sombra atrás dela. Um sombra escura e disforme, que cada vez mais se aproxima da jovem. Percebo que a sombra empunha uma adaga. Me levanto e começo a correr em direção à garota. Porém, inutilmente, pois alguma coisa me prendeu no lugar onde estou. Giro minha cabeça e vejo que o que me segura, é outra sombra. Desesperado, começo a gritar para a moça correr, mas ela parece não me ouvir. Minha voz parece ter sumido.

A sombra atrás da garota está cada vez mais perto. Ainda mais desesperado que antes, me desvencilho da sombra que me segura, e começo a correr em direção a garota. Mas, já é tarde demais. A sombra alcançou a garota antes de mim, e cravou a adaga no peito da moça. De repente, as sombras somem, e o ambiente ao redor assume um tom vermelho - sangue. A garota agora está de pé novamente, caminhando em minha direção. Rios de sangue escorrem de seus olhos, ouvidos e nariz, pela pescoço. Ela está cada vez mais perto. Então, uma luz branca, muito forte, ilumina o lugar.

A moça está na minha frente agora. Suas mãos ensanguentadas percorrem o caminho em direção ao meu pescoço, e ela começa a apertar com força, fazendo com que o ar me falte. A luz brilha ainda mais forte. O aperto em meu pescoço aumenta, me fazendo ajoelhar. Olho para o rosto da garota, e vejo que seus olhos estão em chamas. A luz atinge o ápice de seu brilho, tão forte que é capaz de cegar. Então, ouço uma voz, rouca e arrastada, dizer:

"Isso é culpa sua. Minha morte é culpa sua. Você vai pagar caro por isso".

E aí, o sonho acaba, e eu acordo, quase voando da cama, embolado nas cobertas molhadas devido ao meu suor. Me desenrolo das cobertas. Me levanto, caminhando em direção ao banheiro, na intenção de tomar um banho e me livrar de todo esse suor.

Entro no banheiro, tranco a porta e caminho em direção ao boxe. Ligo o chuveiro, e entro embaixo. Deixo a água quente escorrer por meu corpo, sentindo meus músculos relaxarem e aliviarem a tensão. Enquanto a água percorre meu corpo, minha mente vaga para o sonho. Há dias, venho tendo esses pesadelos. Todos diferentes, porém, é sempre a mesma garota, a mesma voz. E eu não sei o que tudo isso significa.

Saio de meus devaneios, desligo o chuveiro, saio do banheiro em direção ao meu quarto. Escolho uma roupa e visto. Saio do quarto e caminho em direção à cozinha. Quando chego, vejo que Sammy e Cass já acordaram, e Sammy estava preparando o café. Assim que me vê, Sam diz:

- Bom dia, flor do dia. Achei que você não ia acordar hoje.

Ignoro ele e caminho em direção à garrafa de café. Pego uma caneca no armário e coloco um pouco de café no mesmo, e me sento no sofá, olhando para o nada. Ouço Cass e Sammy conversarem, mas nem me dou ao trabalho de prestar atenção. Depois de alguns minutos, saio de meu transe, e pergunto:

Um Amor Entre Um ANJO E Um DEMÔNIO ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora