S/N on~
Já tem 2 semanas que estou tendo aula, e já estou bem próxima de Katsuki.
Podemos dormir em casa nos finais de semana, e graças ao meu irmão ganhei uma cicatriz bem aparente no pulso esquerdo. Kaminari me perguntou sobre a marca e nós rimos muito com a história, tanto, que ele teve um... "curto circuito", digamos assim.
Ele foi levado pra enfermaria e logo o namorado dele chegou. Hitoshi Shinsou, estava na classe 2-A (do 2° ano) do curso de heróis. O Pikachu já tinha falado dele pra mim, mas não tinha imaginado que ele tinha tantas olheiras assim. À primera vista, parecia que ele não dormia à 1 semana pelo menos. Ele é o filho adotivo do Aizawa-Sensei, nosso professor, e do Present Mic, o professor de inglês; eles também tem a Eri, uma garotinha maravilhosamente linda que fora resgatada de um vilão. Ela não tem quase nenhum controle sobre a quirk dela, mas o Aizawa me pediu para ir vê-la algum dia. Ele acha que talvez eu possa ajudá-la com a individualidade dela.
À noite...
Bakugou estava deitado no sofá, mexendo no celular quando eu me sento ao lado dele. Mesmo em apenas 2 semanas, já me sinto absurdamente apaixonada pelo bombinha, seu jeito explosivo e seu cheiro de às vezes caramelo, e às vezes chocolate.
- S/N...
- O que foi biribinha?
- Sabia que te apresentar pra Ashido não seria uma boa ideia. - disse em tom de deboche.
Já estou tão acostumada com esse tom, que já nem ligo mais.
Hoje a tarde, depois que saí da enfermaria com o Denki, o loiro me apresentou algumas pessoas da turma que eu ainda não conhecia direito. Mina, uma menina que parecia uma alien cor de rosa; Sero, ou melhor, a fita crepe ambulante; e Jiro, a garota musical.
- O que queria me falar Katsuki?
- E.eu... - mexia as mãos enquanto falava, o que indicava que estava ou ansioso, ou inseguro.
O tom de voz dele mudou bruscamente. Ele parecia triste, magoado...
- O que houve? Porque ta assim? - comecei a questioná-lo.
- É que... A.a minha mãe... - começou, logo parando de falar.
- A sua mãe...? - perguntei, ficando cada vez mais curiosa e preocupada. O conheço a pouco tempo, mas dá pra ver quando ele não está bem.
- Ela acabou de descobrir que a minha irmã é lésbica, e deu o maior show lá em casa. - falou ele, de forma bem, bem direta.
- Wow... Mas como você soube disso?
- Os vizinhos começaram a comentar sobre isso no grupo do condomínio, e o meu pai me ligou desesperado me pedindo pra ir lá... V.você vai comigo S/N? - quando me perguntou isto, abaixou a cabeça como se estivesse envergonhado.
- An... - estou indecisa, e também, nunca nem se quer conheci alguém da família dele...
- Eu sei que você não tem nada a ver é só que... Nem eu nem pai teríamos coragem de enfrentar a minha mãe...
- Tenho certeza que você teria.
- Não, não tenho. Quando eu era criança, uma vez, a minha irmã caiu do telhado enquanto a gente brincava com o meu pai... E, como era eu que estava lá em cima com ela, ela pôs toda a culpa em mim... E.e... Quebrou um prato na minha cabeça e me bateu muito nas costas... Ela disse que eu merecia isso por ter feito a minha quebrar o braço... Eu fiquei sem sair do meu quarto por 3 dias inteiros...
- K.katsuki... E.e.eu sinto muito...
Eu não sabia o que dizer. Era uma situação tão delicada. Sentia (e sabia) que se dissesse a coisa errada, ele poderia e iria ficar muito magoado comigo, até porque é muito difícil ele se abrir ou contar algo que o encomoda pra alguém, é muito fácil perceber isto. Ele é muito fechado e, por mais que odeie admitir, é muito sensível também.
- Não sinta. A culpa foi minha mesmo... A ideia de subir no telhado foi dela, mas fui eu que dei um susto nela e a fiz cair.
- Suki... A culpa não foi sua...
Um leve rubor surgiu nas bochechas do loiro quando o chamei de "Suki". Me senti meio constrangida, mas ele aparentemente gostou do apelido. Coloquei minha mão no rosto dele, e falei:
- Vamos até a sua casa então.
Eu sorri e ele limpou as pequenas lágrimas que escorriam pelo rosto claro e macio.
- Ok, v.vamos. - confirmou ele, levantando e indo em direção à porta.
Nós pegamos nossos casacos e chamamos o táxi.
Chegando lá...
Dava pra ouvir os gritos da discussão do outro lado da rua. Katsuki estremeceu quando ouviu a barulheira. Segurei a mão dele e entramos pela porta.
Não devíamos ter ido lá.
Definitivamente não devíamos ter ido lá.
Ele apertou tanto a minha mão, que estava latejando pela força aplicada por ele. Foi a visão mais horrível que já tive na vida.
A mãe dele estava dando contínuos golpes com o taco de baseball do loiro na Yuni (Yuni Kiori é o nome da irmã dele). Do outro lado da sala, estava o pai dele, desacordado e com uma enorme marca de um golpe bem forte na cabeça.
Criei uma individualidade pra paralizar a mãe do explosivo, sem nem pensar duas vezes quando ouvi um leve gemido (resultado de sua tentativa de respirar) vindo por parte de Yuni. Aquilo significava que ela ainda estava viva.
O bombinha correu desesperado até a irmã, enquanto eu ligava pra ambulância.
No hospital, Katsuki não me largava. Não soltava minha mão de jeito algum. Bem, era o mínimo a se esperar de um adolescente que acabou de ver a mãe praticamente matar a irmã e o pai.
Chamei Kirishima, Jirou, Mina, Sero e Denki. Sabia que eles eram próximos do Bakugou, e que ele iria se sentir um pouco mais confortável com os amigos por perto.
Quando chegaram lá, todos o reconfortaram, mas ele ainda não queria soltar a minha mão. Ele chorou desesperadamente no meu ombro quando teve a notícia de que seu pai morreu. A enfermeira falou com um tom sensível, porém aquilo não iria adiantar, ele estava desesperado. Não parou de me abraçar por nem um segundo se quer. O levamos para fora, pra ver se ele se acalmava pelo menos um pouco. Nunca imaginei que o veria passando por isso.
✨ CONTINUA ✨
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◖ Um Amor Explosivo 💣💥 - Bakugo x S/N ◗ +18 [PAUSADA]
Fanfiction-> Tá uma bosta pq é minha primeira história tá? (E tbm pq eu n sei escrever mas isso a gente releva) 🐸👌🏻✨ ✿✼:*゚:.。..。.:*・゚゚・* Katsuki Bakugou, um loiro meio explosivo e revoltado, conhece uma garota chamada S/N Kirotoshi no colégio. S/N sempre...