Apartamento 0707 | Seulrene

13. Você pode confiar em mim.

NOTA: É um pássaro? Um avião? Não! É a Joobaechu voltando depois de mil séculos da última atualização. Bom, agora é definitivo: trago o último capítulo de Apartamento 0707 e me sinto aliviada por finalmente encerrar mais um ciclo. Peço desculpas pela demora, meus amores. Como já expliquei, quis priorizar meus outros projetos primeiro e acabei perdendo o fio da meada. Enfim, sem chororô! Tenham uma ótima leitura!

...

Acordar em sua cama e não sentir um aroma floral invadir suas narinas logo de manhã foi quase um tormento para Seulgi. Uma semana se passou desde o ocorrido no restaurante. A partir daquela noite, ela não tem visto Joohyun nem mesmo nos corredores do prédio.

Seulgi quis retornar para sua rotina de correr no parque pela manhã, mas nada tinha graça como antes. A monolítica sentia falta de sua parceira, aquela que ela almejava ser sua namorada. Tudo o que podia fazer era justamente aceitar, embora houvessem furos naquela história.

Enquanto umas vivenciavam maus momentos, outras aproveitavam muito bem a atual situação em que se encontravam. Seungwan e Sooyoung finalmente conseguiram chegar no mesmo rumo, engatando um namoro. O fato de Seungwan ter sido aceita no restaurante da dona SooSoo fez com que as coisas mudassem, a começar pelo abandono do emprego que não combinava nada com suas paixões. De certa forma, Sooyoung provou ser o contrário do que a Son julgava, isto é, Park trouxe leveza e conforto para sua vida, algo que a mulher procurava há séculos e não encontrou.

Yerim ainda morava no apartamento, sob a condição de que ficaria até o final de suas férias. A garota esperava aproveitar muito os dias de descanso, junto de sua irmã mais velha ou em noitadas festivas, entretanto, ver Joohyun tão deprimida mudou seus planos drasticamente. Apesar de não demonstrar, Yerim tem um coração muito acolhedor e fez questão de estar ao lado da outra mulher o quanto ela precisasse. Preparou-lhe refeições, na maioria das vezes, roubando receitas do livro de Seungwan ou comprando prontas. Ela também ficou de prontidão no quarto fechado de Joohyun, observando-a com cautela, assistindo filmes na Netflix, dentre outras coisas.

Naquela manhã, não foi diferente. Yerim acordou cedo, levou uma bandeja de guloseimas para Joohyun e voltou para a sala. Seungwan estava ocupada na cozinha, preparando-se para mais um dia de trabalho.

— Hyun amanheceu bem? — perguntou Son.

— Sinceramente, não sei dizer. Já faz dias que ela está no quarto, só sai para trabalhar e depois se tranca lá de novo. Isso não é vida, Wan...

— Foi tão ruim encontrar aquela mulher?

— Eu pensei que a Hyun já tinha superado essa história. Pelo visto, eu estava errada. — Yerim suspirou.

— Afinal, o que essa tal de Im Nangyu fez para Joohyun? Eu só a conheço como sua ex-colega de apartamento, mas Hyun nunca me especificou ao certo sobre o relacionamento que elas tinham.

Antes que Yerim pudesse abrir sua boca para uma possível réplica, a porta do quarto pertencente à Bae foi aberta pela própria dona. Joohyun estava com uma aparência mais saudável que nos últimos dias, com roupas cheirosas, cabelo preso e a pele brilhante, aparentemente, mais disposta para trabalhar.

— Ela era minha noiva.

Seungwan quase pulou do sofá ao ouvir a revelação de sua amiga: jamais pressupunha que Joohyun teria quase se casado com alguém, especialmente, uma mulher. Bae sempre lhe contou sobre as aventuras que teve ao lado de homens, incluindo seu desapego e a falta de vontade em se casar. Tudo aquilo era novo para Seungwan.

— Oh, meu Deus... Hyun? — Son a encarou, incrédula.

— Sim, eu sei. Parece mentira, não é? — a mais velha se sentou entre as duas mulheres no sofá. — No passado, Nangyu foi muito mais do que uma colega de apartamento. Na verdade, nós alugamos este lugar com o intuito de firmarmos nosso relacionamento e construirmos uma vida.