3. Torneira quebrada.

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Superar é a parte mais difícil depois de um fim de um relacionamento tão longo. Seulgi considerava justo passar o dia todo com a cara na almofada enquanto chorava suas dores. Mas logo percebeu que ficar daquele jeito só provaria que ela é uma fraca, que não pode seguir em frente. Kang Seulgi não queria ser fraca!

Era sete de janeiro, seu terceiro dia no novo apartamento. As coisas até então tem caminhado muito bem desde que conheceu Seungwan. Ontem ela jantou algo decente ao invés de miojo de galinha. Além de tudo, mais uma vez, a monolítica se pegou pensando em sua vizinha sexy e decidida.

Não tinha como, Seulgi ainda não queria engolir o fato de Joohyun ser heterossexual. Por que essa informação simplesmente não lhe descia? Bom, uma hora ou outra, ela teria que aceitar! Até porque se curar de um deslumbre é bem mais fácil do que curar um coração estraçalhado.

Mas voltando, aquela sexta feira já estava certa para a chegada de seus imóveis, por isso a Kang ficou sondando o porta o tempo todo. Num determinado momento, o porteiro lhe ligou para alegar a chegada do caminhão da loja, assim a mulher permitiu que eles chegassem com os seus itens.

A cama foi montada pelos dois funcionários da loja, já a televisão foi apenas colocada sobre o raque que já estava ali antes dela se mudar. Era possível que uma mulher sentisse atração por aqueles rapazes suados com a camisa grudada no peitoral. Porém, Seulgi só os encarou como dois seres normais, deixando clara sua não atração pelo sexo masculino.

Inclusive, ela se perguntou como Joohyun poderia achar aquilo atraente.

Com tudo devidamente encaixado, Seulgi agradeceu aos dois homens e os acompanhou até a porta. Mas antes que pudesse adentrar em seu apartamento, Seungwan a chamou de sua porta com uma expressão um tanto desesperada.

— Seul! Que bom que você já está aí!

— Aconteceu algo, Wannie? — a monolítica a observou com apreensão, encontrando-a com a blusa levemente molhada com uma água suja.

— Sim, e foi algo extremamente péssimo! Minha torneira quebrou enquanto eu lavava a louça e acabou por espirrar toda essa água em mim.

— Putz... precisa de ajuda?

— É por isso que estou te procurando, Seul! — a Son simplesmente a puxou pelo braço para enfiá-la em seu próprio apartamento. — Veja só.

E Seungwan claramente não exagerou  em suas palavras, pois ali ela encontrou o chão todo empesteado de água e alguns pedaços de vidro também. Naquele momento Seulgi se perguntou o porquê de ter se oferecido para ajudar, já que ela não entende nada de encanamento e afins! Aliás, o que faz Seungwan imaginar que ela pode ser prestativa para isso?

— Pode fazer algo por mim? — Seungwan insistia com seus olhos piscando constantemente.

— Vamos ver, Wannie... — a dita Kang suspirou e novamente encarou a situação do local. — Mas acho melhor tirar esses cacos de vidro daqui antes que alguém se machuque.

— Claro, claro... — a Son se encontrava tão dispersa, que mal notou aquele mínimo detalhe.

Seungwan rapidamente recolheu uma vassoura para varrer aqueles pedaços de cristais cortantes, os colocando num saco de lixo separado. Enquanto isso, Seulgi verificou em seu apartamento se possuía alguma ferramenta que servisse em seu objetivo. Essas ferramentas a seguem desde sempre quando ela tenta dar os seus pulos sem querer chamar por um encanador.

Estava na hora de usá-las, afinal Seungwan preferiu reivindicá-la ao invés de um encanador profissional.

— Ei, Seul, vou colocar esse saco separadamente lá fora, ok? — a mulher avisou.

Apartamento 0707 | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora