Talvez uma História de Amor

Capítulo 22

O sol queimava as folhas verdes do enorme campo, olhando para todos os lados para saber onde eu estou eu a vi, ela não parecia doente, o seu cabelo estava grande e brilhoso, ela corria pela grama verde com um vestido branco longo e parecia feliz, muito feliz. Fazia tempo que não a via, por onde ela andou? O que estava fazendo esse tempo todo longe de mim?, comecei a correr até ela com um enorme sorriso em meu rosto mas quanto mais e tentava me aproximar, mais ela ia para longe, por que ela estava fugindo de mim?

— Ei, não corre, eu quero estar perto de você. — Falei tentando me aproximar.
Ela parou de repente e me esperou, cheguei perto e sorri, ela estava tão linda, a cor de seus olhos estava mais intensa e sua pele estava perfeita, ela não tinha olheiras, machucados ou cansaço em seu rosto, estava linda.

— Você cresceu Cassie. — Ela disse sorrindo para mim.

— Pensei que tinha perdido você. — Falei com lágrimas em meus olhos. — Eu senti sua falta.

Quando fui abraçá-la ela se afastou me deixando confusa, ela sempre gostou de abraços, por que eu não podia a abraçar?

— Cass você me perdeu, eu não vou voltar. — Uma pontada em meu coração apareceu e minhas lágrimas se transformaram em um choro de dor.

— Não diga isso, você está aqui, comigo, não vou te deixar.

— Você não vai me deixar, mas eu te deixei, e não fique triste com isso, você sabe que foi melhor assim.

— Não foi melhor, por favor volte logo.

— Cassie, minha filhinha, eu estou morta.

De repente o sol baixou, uma enorme nuvem o tampou e quando olhei para frente novamente ela não estava mais ali, a grama não estava mais tão verde quanto antes, em seu lugar uma lápide apareceu.

Em memória de
Katherine Chloe Jones
1983 — 2019
“Os sentimentos foram feitos para serem apreciados, não ignorados.”

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Cassie acordou com um susto, rapidamente ela se sentou na cama respirando pesadamente e com a mão em seu peito que batia aceleradamente, aquilo, aquele sonho, tudo parecia tão real, tão intenso, mas era apenas um sonho.

Apenas um sonho Cassie, apenas um sonho...

Ao olhar para o redor do quarto a garota viu que Amélia dormia tranquilamente, a garota então sentiu um cheiro muito bom de café e sua barriga roncou, seu coração ainda batia aceleradamente por causa do sonho que acabou de ter, era tão real, ela estava ali com Cassie, a olhando e sorrindo, mas de repente...

Era apenas um sonho.

Cassie se levantou e rapidamente Amélia acordou, a garota com certeza tinha um sono muito leve.

— Que horas são?

— Deve ser umas dez da manhã, tive um sonho bem estranho.

— Quer me contar? — A morena disse se sentando na cama e coçando os olhos.

— Foi com minha mãe, mas era só um sonho, é estranho sonhar com gente morta.