Capítulo 31

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Era o quarto dia no país do raio, o quarto de sete.

Eu tinha três dias, pra conseguir convencer Kimiko a ir comigo.

E era difícil esconder aquilo de Akemi.

Me admirava que Harumi não havia aprontado nada, estava quieta até demais.

Eu não me dava ao trabalho de suportar Darui.

Já era noite, e eu estava apenas existindo, na sacada, depois de ir ver como as crianças estavam.

Segurava uma rosa, pela manhã, Kakashi saiu sem me acordar e deixou uma rosa.

Eu sorri com aquilo, porque lembrei de nós dois no começo e essa era a intenção dele.

Me lembro de quinze anos atrás, quando ele prometeu me dar uma rosa todos os dias até que eu aceitasse o significado do meu cabelo.

Senti a aproximação dele.

Ele parou do meu lado

— Isso... se parece tanto com nós dois no começo – falei sem tirar os olhos da rosa.

Ele riu.

— Não diga isso, eu não gostava de nós dois no começo, principalmente porque você me odiava – ele disse.

Foi a minha vez de rir.

— Eu não te odiava – falei o encarando.

— Imagina se odiasse...

Sorrimos.

— Se eu soubesse que você me faria tão feliz... não seria ignorante – falei.

— Se eu soubesse o quanto ia te amar, não teria dito o que te disse – ele falou.

"Akira, por mais que eu queira te amar, sei que nunca vou conseguir"

— Você acabou comigo aquele dia – admiti.

Ele desviou o olhar.

— Ver você ir embora também acabou comigo...

— Vou fingir que acredito...

Ele fez uma careta.

Nos beijamos.

— Nós... não temos mais tanto tempo juntos – falei baixinho.

— Somos ninjas... nunca sabemos quanto tempo temos – ele disse.

O encarei.

— Mas acredito que tenhamos mais... afinal... passarei o cargo ao Naruto, depois que terminar de resolver os problemas.

— Que problemas?

Ele suspirou.

— Todo esse rolo... ainda tem a questão da Kimiko... as reuniões tem sido tensas, tem tanta coisa... estou a ponto de declarar uma guerra Akira – ele respondeu.

— Uma guerra? Kakashi... como assim?

— Eu não quero causar uma guerra... prometi a Obito e Rin que não causaria mais guerras, mesmo que... tenha prometido em frente aos memoriais deles...

Desviei o olhar.

— Vai ficar tudo bem... você não vai causar uma guerra, a aliança é forte, nada de ruim vai acontecer – falei.

Ele desviou o olhar também.

— Eu espero que sim...

Fiquei analisando seu rosto.

Ele me encarou.

— Por que está me olhando assim?

— É injusto eu envelhecer e você não – respondi.

Esposa de mentirinha parte 2 » Hatake KakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora