O casal de lobos

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O lobo saiu para resolver certas questões e não voltou mais como havia prometido ao ômega.

Um contratempo inesperado o agarrou com bastante força e o arrastou para uma discussão, na qual saiu dos limites esperados.

A madrugada fria na floresta da fronteira foi repleta de gritos e uivos, garras deixando marcas pela pele e chiados de um lobo machucado.

Um alfa travava uma louca batalha com seu próprio lobo, era uma bagunça na qual ele entrava em harmonia consigo mesmo, que era seu lobo, seu lado animalesco, um corpo lutando com a mente e a luta foi um tanto física também.

Ambos explodiam e abriam um buraco negro de raiva e rivalidade, chegava a ser estranho brigar consigo mesmo,as aconteceu.

Tudo porque Minho achava ter sido a gota d'água, e seu lobo queria bani-lo da vida de seu próprio ômega, aquele ômega deveria ser de ambas partes que completavam Minho.

Assim as vezes pelo conflito alguma parte do corpo de Minho se transformava, como uma calda de lobo que do nada surgiu seu traseiro inteiramente humano, as vezes as garras para arranha-lo, e teve uma certa hora que ele saiu rolando nas folhas secas e tudo se terminou com ele admirando o por do sol em um repleto silêncio, revelando uma pausa.

Agora tente provar que estou errado.

Essas foram as palavras de seu lobo

Era de manhã.

O sol nasceu. As cortinas do quarto de Jisung foram esquecidas abertas na noite anterior, então a luz do sol entrou pelas janelas de vidro com abundância, mas não foi os raios solares que despertou o ômega ruivo de seu leve sono matinal.

Minho entrou barulhento naquele quarto. Jisung assustado com o barulho da madeira da porta chocando-se na parede, se sentou na cama rapidamente mesmo que ainda bêbado de sono.

Os olhos pequenos arregalaram-se ao ver o alfa chorando como nunca antes, suas roupas estavam rasgadas, ele estava arranhado e sujo com terra e folhas grudadas nele, seus cabelos bagunçados e havia alguns roxos pelo corpo, como se tivesse saído de uma briga recente.

Seus olhos estavam na coloração castanho escuro, uma cor forte e cheia de melanina. Os olhos de um humano.

Logo o alfa correu em direção ao seu ômega, engatinhou na cama meio sem jeito até chegar no ruivo que se encontrava muito sonolento e confuso, logo se aninhou no colo do menor como sempre fazia, todo choroso, tanto que não conseguia dizer nada, apenas chorava como um bebê que acabara de ser abandonado.

O ruivo ainda sem entender nada, não questionou, apenas o abraçou forte tentando levar conforto ao alfa.

Minho deitou a cabeça no ombro de Jisung, apertando fortemente o pijama de seu ômega, como se o ruivo pudesse fugir de si a qualquer instante.

— Hyung, me deixa ficar. — Disse atrapalhado entre os soluços. — Me desculpa, me desculpa.

Han acariciou as costas de seu alfa recolhendo-o com um pouco de dificuldade, mas não se importou, aquele era seu bebê alfa, o garoto no qual amava com loucura desde que ainda era um embrião na barriga de sua omma. Sua pequena e eterna outra metade.

— Hyung, se você quiser que eu cresça, eu faço isso. Eu saio da escola e arrumo um serviço de caça na alcatéia, jogo as pelúcias fora, a chupeta, eu faço tudo que meu lobo fez, eu começo um ninho hoje mesmo, eu paro de assistir desenhos, eu cresço, eu juro. É isso que você quer, né? Eu faço, mas por favor me deixe ficar com você, Hannie.

— Faria isso mesmo? — Perguntou surpreso, aquilo o despertou no mesmo instante.

— Sim, tudo sem tirar nada! — respondeu convicto. De fato faria, havia sido um dos piores dias. Ele havia visto seu ômega tão feliz, ele nunca fez nada que seu lobo fez com Jisung. Se sentiu culpado, claro, além das coisas ruins que fez antes, chateou seu ômega, ele tinha noção do que havia feito, mas não se desculpou e nem foi ajuda-lo antes.

Minha pequena outra metade • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora