Bônus

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O pequeno bebê alfa explorava a casa de Jisung engatinhando para todos os cantos. Um lugar novo sempre é bom ser explorado, principalmente sozinho para ninguém interromper seu trabalho.

Os adultos distraiam-se na sala de estar, estavam jogando conversa fora e deixaram as crianças um pouco de lado, então o sapeca Lee aproveitou para dar uma escapadinha e aprontar.

Ficou quietinho e saiu para mais uma aventura longe de olhos adultos, já sabem né, criança queita demais é porque está aprontando.

E lá estava o bebê de um ano com sua fraldinha descartável apenas, a chupeta amarela e os olhinhos brilhando em direção ao banheiro. A arte o esperava. Ele soltou uma risadinha brincalhona ao ver o papel higiênico de bobeira em seu lugar ao lado da privada.

Engatinhou com suas perninhas gordinhas, todo risonho e esticou os bracinhos até o rolo de papel, mesmo assim não alcançava, o bebê até tentou ficar em pé quase caindo, mas uma voz suave e infantil o interrompe.

- Lino, não! - Jisung seu pequeno ômega estava atrás do bebê, estava em pé bravo, usava apenas um body rosinha e fraldinha, também com uma chupeta na boquinh, por isso a fala saiu embolada. - Hannie peda, Lino vai tai.

Assim com os pézinhos ainda inseguros caminhou se equilibrando nas perninhas roliças de bebê, conseguiu pegar a ponta do papel desenrolando e logo caindo de bunda ao lado de seu pequeno alfa, sorte que a bunda está com fralda, além de ser carnuda de sobra, senão o ômega choraria com a queda.

Lee bateu palminhas todo feliz por seu ômega sempre o proteger e ajudá-lo na causa muito importante.

Jisung entregou a ponta do papel higiênico para Minho e ele puxou desenrolando como se não houvesse amanhã, tirando vários metros de papel, esse era seu trabalho, bagunçar tudo em seu alcance e Jisung o ajudava muito bem, era seu companheiro de crime.

Terminou com ele e Jisung igual duas pequenas múmias brancas, duas obras de arte, ambos riram e saíram do banheiro assim mesmo levando o rolo de papel pendurado neles.

Jisung engatinhava ao lado alfa para acompanha-lo mesmo que já soubesse andar.

Assim foram a procura de mais diversão e aventura, e foram para outro lugar mágico que os pais chamavam de cozinha.

Jisung abriu um baixo armário encontrando dois pote de leite em pó, os dedinhos gorduchos e curiosos abriram a tampa plástica e entregou um dos potes a Minho que não pensou duas vez em virar o pote na cabeça fazendo a maior sujeira.

Jisung olhou encantado de como parecia a neve da dora aventureira e como seu pequeno bebê alfa ficava tão bonito cheio de papel higiênico e leite com babá. Nunca viu Lino tão bonito em seus experientes três anos de vida.

Jisung abriu a outra lata de leite em pó e fez o mesmo para fica lindo também.

Lino sorriu bobo para seu ômega, logo tacando boa parte do pó na boca, depois voltou a chupeta, tinha gosto do seu mamazinho.

- Lino, pilupito! - O ruivo apontou para a segunda parte do armário, uma coisa que deixou ambos babando.

Era um pote de plástico com vários pirulitos coloridos dentro, mas por mais que Jisung se esticava em pé e com os bracinhos para o alto, as bisnaguinhas com dedos que era as mãozinhas do ômega não alcançavam de jeito nenhum.

Até Minho ter uma idéia genial para um pequeno criminoso ladrão de pirulito e toddinho.

O alfa engatinhou na frente do ômega e Jisung subiu em suas costas e puxou rapidamente o pote, logo em seguida descendo e sentando no chão ao lado alfa, ambos gargalharam cúmplices e malvados.

Parceiros do crime formados e estudados, isso que aquele casal de bebês eram, Bonnie e Clyde reviravam-se nos túmulos por terem sido superados.

Jisung rodou a tampa e jogou longe, virou tudo no chão espalhando os doces coloridos.

Os bebês parecem ter encontrado uma mina de ouro açucarada.

Não demorou muito para as boquinhas ficarem coloridas de tanto pirulito, já estavam prontos e cheios de energia para continuar a exploração, era hoje que eles botavam fogo naquela casa.

Minho teve a atenção presa em um eletrodoméstico que ele lembrava que tinha uma igualzinha em sua casa, nela a omma guardava o mingau, a sopinha de letrinhas e o mamazinho para ele tomar mais tarde.

Jisung pegou a mãozinha do alfa e apontou o dedinho dele para a geladeira onde ele olhava fixamente.

- Dedelá - Tentou ensinar o alfa tirando o pirulito da boquinha dele para o mesmo repetir - Fala Lino, dedelá.

- Ah ahg - O alfinha abriu a boquinha tentando pronunciar como o ômega, mas era tão difícil, Jisung era tão inteligente. Jisung sorriu orgulhoso, era seu trabalho ensinar seu alfa bebê a falar ou pelo menos incentiva-lo. - Dede Ahg!

Jisung bateu as palminhas e Lino sorriu todo envergonhado e vitorioso com as bochechinhas vermelhas.

E lá foram eles tirar tudo de dentro da geladeira, não importa o que fosse, fruta, verdura, vasilhas e até quebraram alguns ovos. Colocaram coisas que não sabiam oque era na boca, fizeram careta, repetiram, porque ser ruim não significa que não seja legal.

Depois de mais bagunça com o pacote completo, eles cansaram um pouco.

Estranhamente Minho quis ficar sozinho, e foi para o canto da parede e ficou em pé, um pouco abaixado. Ele precisava de concertação naquele momento, também de bastante silêncio.

- Lino, tá fazendo toto?

O alfa apenas continuou fazendo força e soltando uns peidinhos fedidos que apesar da fralda, eles escaparam dançando no ar. Jisung tampou o narizinho e corou.

- Lino é tão fedido e bonito fazendo toto.

Depois de uns segundos Minho voltou sorridente para brincar como se nada tivesse acontecido, a fralda pesava caída entre as perninhas claramente revelando o cocôzinho morando lá, mas isso não era importante.

Jisung também acostumou-se com seu alfa fedido e voltaram a brincar com as coisas da geladeira e armário.

Mas claro, sempre haverá a quem estraga todos o planos. Ambos olharam assustados quando a mãe de Jisung começou a grita da porta, quase chorando pela obra de arte de tão bonita, eles não entenderam, mas sorriram orgulhosos aceitando os elogios de gritos.

- Meu filho você está tão fedido, nunca vi um bebê fazer um cocô tão podre. O que você comeu de estragado? - A omma de Minho o pegou no colo e brincou.

O alfinha apontou para ômega ruivo no chão.

- Hannie! - Sorriu. Bastou isso para os adultos caírem na gargalhada como nunca.

- Não, meu amor. Você não comeu o Jisung.

Os bebês se olharam confusos. Ok, adultos são pessoas más, quando eles forem mais velhos talvez entendam.
E naquele dia tomaram banho juntinhos, enquanto a omma de Jisung arrumava a arte, porque a casa não era museu para abrigar tanta genialidade. E depois dormiram abraçadinhos no berço de Jisung, o dia seguinte estava programado para mais aventuras.

Último bônus:(

Minha pequena outra metade • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora