O filhote agora sabe

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Aquela foi a pior semana para o casal se filhotes. Se fosse para descrever o primeiro cio de Jisung em uma única palavra, essa seria, torturante. Foi uma semana de tortura para o ômega ouvir seu pequeno alfa choramingar no primeiro andar do lado de fora quase o tempo inteiro, pois seus pais não o deixaram entrar na casa, então ele simplesmente ficava no gramado da fachada como uma das plantas.

E lá estava o alfinha sentado de pernas cruzadas na grama verde fazendo fazendo companhia para algumas plantinhas que viviam por lá.

Ele direcionava um olhar triste para a janela do quarto de Jisung quase fixamente, esperando o ruivo dar um sinal de vida.

Minho não estava comendo direito, não dormia direito e nem estava conseguindo ficar na escola, então ele passava horas e horas naquele mesmo lugar ouvindo o ruivinnho chamar seu nome de maneira tão ardente e ao mesmo tempo sobre a dor e o desespero.

Lino ainda não sabia o que estava acontecendo com seu ômega, tudo que falavam para ele não deixava de ser sempre as mesmas desculpas insuficientes.

"Jisung está doente" ou "Jisung precisa descansar não insista jogando pedrinhas na janela dele" "Volte para casa" "Apenas não insista".

Era tão estranho para o alfinha, ele queria explicações sobre a tal doença que seu hannie tinha.

Tudo foi estranho na verdade, até os próprios pais do alfa estavam agindo de maneira estranha com ele naquela específica semana, de acordo com o mesmo.

A omma de Minho sempre pegava roupas usadas de seu quarto e levava para casa de Jisung, falava que a máquina de lavar estava quebrada, por isso ela sempre estava lavando as roupas do garoto na casa dos Han's, pois suas famílias eram quase as mesmas de tão próximas, havia muita intimidade, claro, mas o moreno tinha certeza que acontecia algo a mais. De fato a mãe do alfa usava aquelas roupas recém-usadas para contribuir no ninho do ômega.

Seus bichinhos de pelúcia também estavam magicamente desaparecendo aos poucos, isso até gerou um episódio estranho com seu appa.

No calar da noite seu pai tentou pegar o Homem-aranha de pelúcia que ele dormia agarrado, mas como citado anteriormente, Minho não dormia direito e a aproximação do pai tentando pegar seu Homem-aranha o fez rosnar como um cão ameaçado protegendo seu território.

Era normal ele e seu pai se enfrentarem para o treinamento de Minho como alfa e também ter a atenção da única ômega que vivia nela, coisa comum em um teto com dois alfas dominantes, não importa se era pai e filho, estavam em seus instintos se desafiarem, mas nunca o motivo foi por uma pelúcia como aquela noite, não demorou muito para ambos rolarem a cama sobre rosnados e uivos.

Minho terminou com uma mordida profunda no ombro e sem seu Homem-aranha, secretamente seu pai tinha levado para Jisung sentir o cheiro recentemente de Lee.

Bem, tudo passou, apesar de doloroso e lento. As roupas e pelúcias de Minho voltaram para seus devidos lugares, tudo cheirando a amaciante pós-lavado.

E quando tudo passou, ambos os filhotes ficaram como dois coalas bebês ao se reencontrarem, um grudado no outro e vice-versa.

Dormiram todos os dias juntos revezando as casas. Tomavam café da manhã de mãos dadas, Jisung com a mão desocupada dando cereal para Minho na colherzinha do Thor, Lee dando leite no copinho direto na boca bicuda do ômega.

Caminhavam de mãos dadas até o ônibus escolar, trocavam selinhos nos bancos, nos intervalos, na hora de comer, nas vezes que Minho fugia da aula para ir na sala de seu ômega e dar-lhe cartinhas de amor.

E sem contar que ninguém aguentava mais ver Jisung sentado no colo de Minho abrindo sempre uma discussão nojenta de alto nível de glicose sobre quem vai ser a conchinha de fora ou quem sentiu mais saudades quando Han estava " doente " e a pior de todas, a discussão de quem ama mais.

Minha pequena outra metade • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora