26 Conflito

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Sal on

Eu acordei com uma mão pesada no meu ombro, eu abri meus olhos me espreguiçando.

Eu: B-bom dia papai!

Eu dei um longo bocejo antes de me tocar no que estava acontecendo, engoli a seco enquanto olhava Larry também acordando.

Pai: Eu pedi para ficar longe dele, eu estou desapontado vista-se e vá para casa, acabou de aumentar o seu castigo!

Ele simplesmente virou as costas e Larry correu se vestindo tentando alcança-lo, eu me joguei para trás de volta ao travesseiro e respirei fundo, por que será que esta tudo dando errado? Será que eu não mereço ser feliz ?.

Minutos depois eu me levantei novamente e me vesti, eu sai e Larry não estava mais lá, apenas encontrei sua mãe.

Lisa: bom dia Sal, o Larry já foi para a escola, fique a vontade.

Eu: obrigada, tenha um ótimo dia senhora Lisa.

Eu sai e subi para casa, gizmo estava dando um sorriso irónico e papai estava na mesa.

Eu: Ele não é uma má pessoa.

Pai: O tornaram uma má pessoa, eu sei.

Eu me sentei com ele na mesa e ele suspirou.

Pai: eu te dei liberdade e você me desapontou várias vezes desde que mudamos para cá, talvez... você fique melhor morando com seus avôs, eu não sou um bom pai eu não consigo cuidar de você.

Suas palavras me doíam profundamente enquanto as lágrimas escorriam, ele saiu da mesa antes de eu sequer dar uma palavra, pegando suas coisas ele foi para o trabalho sem ao menos olhar para trás. Eu não sabia como reagir, eu tomei meu banho e subi para o terraço, me joguei em um canto de uma parede e fiquei olhando as nuvens.

Após um tempo eu ouvi a porta abrir, olhei e era o Travis, ele apenas sentou ao meu lado sem dizer nada e segurou minha mão, eu encostei minha cabeça em seu ombro enquanto derramava cada vez mais lágrimas.

Travis: Não quero te dar lição de moral, mas você errou e ta na hora de arrumar.

Eu tirei a máscara para poder respirar melhor.

Eu: As vezes eu preferia que ele fosse igual ao seu, queria que ele me deixasse em paz e parasse de se importar comigo, preferia mil vezes quando ele era um alcoólatra que vivia fora.

Ele largou minha mão e deu um soco no meu rosto. Sua expressão de afeto se transformou em raiva, ele se levantou e fechou sua mão

Travis: Ta todo mundo tentando te ajudar mas você é um puta ingrato desgraçado que não da valor ao esforço das pessoas, vá para o inferno!

Ele saiu e bateu a porta, eu limpei o sangue com a blusa e soquei a parede, eu fui para a beirada do prédio e me sentei.

Eu: seria melhor se eu pulasse?

Eu vi Travis indo embora caminhando como se não tivesse um rumo, eu queria ir atrás dele mas não consigo andar direito. Algumas horas depois Larry chegou e subiu até o terraço e se sentou ao meu lado.

Larry: como foi com o seu pai?

Eu: uma droga, eu faço tudo errado, eu deveria estar evoluindo e me tornando uma pessoa melhor mas parece que estou me tornando a pior pessoa do mundo.

Ele colocou sua mão na minha cintura me abraçando, eu sei que estou errado mas não sei o que fazer, ele me beijou e depois de um tempo cada um foi para sua casa, papai já havia chegado, eu respirei fundo e abri a porta, ele preparava o jantar e gizmo estava deitado triste no sofá

Talvez seja melhor apenas sumir...

meu amor perigoso Onde histórias criam vida. Descubra agora