Hazz

774 90 71
                                    

Lou riu quando meu pé entrou na banheira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lou riu quando meu pé entrou na banheira.

— Acho que você quer marcar um ponto.

— Estes boxers são meu único escudo contra você — respondi enquanto me ajoelhava na água morna com sabão. Instantaneamente relaxou meus músculos tensos. — Agora termine de me dizer.

— Ok — ele respondeu levantando a bucha e ensaboando meu pescoço e ombros. Eu quase gemi, me senti tão bem. — Eu tinha uma grande queda por você. — Fiquei imóvel quando meu coração saltou para a garganta. Demorei a engolir enquanto seu olhar deslizava preguiçosamente da minha boca para os meus olhos. — Você era minha única fonte de luz. Ver você, falar com você... isso me encheu, me deu algo para esperar todos os dias. Eu estaria perdido, caso contrário.

— Por que perdido? — perguntei com uma voz trêmula quando a bucha deslizou pelos meus braços e sobre o meu peito. Meus mamilos estavam duros como borrachas de lápis e suas palavras me embalavam em um entorpecimento.

— Vire-se para que possa lavar as costas. — Lou tinha essa cautela nos olhos novamente, sombras escuras que faziam parecer que a vida mudaria sobre ele em um instante. E talvez tivesse, todos esses anos atrás, quando eu o conheci como Louis, jogador de futebol famoso.

Ocorreu-me que espelhava a mesma escuridão que eu via, de vez em quando, nos olhos de meu pai. Sempre me perguntei de onde vinha essa sensação sombria e se perder alguém que você ama poderia estripá-lo tão completamente que, de alguma forma, você nunca se recuperaria.

Virei na água, com cuidado para não o tocar, e a sensação da bucha nas minhas costas era suave e vertiginosa ao mesmo tempo.

— Está bom assim? — ele murmurou enquanto passava o braço em volta do meu peito e gentilmente me puxava contra ele. Eu balancei a cabeça como se estivesse sob um feitiço enquanto movia minhas pernas na minha frente e mergulhava na água entre as pernas dele. Fazia tanto tempo desde que me senti envolvido por alguém que só queria relaxar em seus braços, mas me contive.

— Foi no ano seguinte à morte de Zoey e estava tentando manter minha sanidade — disse Lou, continuando sua história. — Meu pai era fanático por futebol, então ficou emocionado ao me ver jogar em um esporte coletivo. Eu apenas fazia o possível para ajudá-lo a sentir algum tipo de felicidade em nosso mundo invertido.

— Acho que compreendo — respondi e houve um gemido estrangulado no fundo de sua garganta. Como se eu tivesse finalmente dito algumas das palavras que ele precisava ouvir.

— Obrigado — ele sussurrou quando sua cabeça caiu na curva do meu pescoço e por um segundo pensei que talvez ele fosse explodir em lágrimas, ele parecia tão emocional. Ainda não conseguia perceber por que ele precisava se curvar e alterar sua vida para o bem-estar de sua mãe, mas supus que entendia o suficiente.

Regret - Under my skinOnde histórias criam vida. Descubra agora