In the darkness of the world

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Olá, olá, como vão? 

Lá se vai o segundo capítulo dessa história. Como é uma história finalizada, postarei os capítulos em um curto espaço de tempo para vocês, tudo bem? 

E em breve vem mais por aí neste perfil medíocre, viu? Espero que gostem!


(...)


Coréia do Sul, 2020

Quando o óculos de armação preta escorregou por seu nariz pela milésima vez naquela manhã, foi impossível evitar o pequeno estresse que surgiu, como se seus óculos fossem a gota d'água naquele dia péssimo. Mais uma vez ele havia falhado em ser o primeiro aluno a nível nacional para o grande e infalível gostoso que era seu namorado. Não era capaz de compreender como não conseguia avanços, já que ele era extremamente esforçado e levava completamente a sério seus estudos, era regrado e seguia cronogramas e mais cronogramas de estudos. Ainda assim, ele conseguia ser ultrapassado por alguém que passava a maioria das aulas rindo e brincando ou o provocando, que dormia quando estava sem vontade de assistir às aulas e nunca ficava até os minutos finais das provas. Olhou para o lado disfarçadamente, fixando o olhar levemente rancoroso em Kim Taehyung, alvo de suas queixas.

— Você nunca vai superar isso? Não está aqui para ser o melhor do país, mas para aprender mais... sobre os negócios do seu trabalho. — Jung Hoseok sussurrou baixinho a seu lado, mas nem ao menos piscou. — Jeon Jeongguk!

— Levar o ranking de melhores alunos a sério é reconhecer minhas falhas, Hope. — respondeu sério. — Eu estou falhando em algum ponto, por isso permaneço sempre na sombra de Kim Taehyung.

— Ele é formado em biologia já e é o herdeiro da Ace, cara, o que você esperava? O tempo inteiro ele ouve sobre biotecnologia, seria impossível não ter um conhecimento mais avançado, fora que o Qi dele é bizarro.

— Não é uma justificativa aqui, nós sabemos disso muito bem. — franziu o rosto, desgostoso. — Se for para colocar na ponta do lápis quem tem mais acesso à biotecnologia, eu ganho. Trabalho com isso.

— Cara, sério, que tal calar a boca e cuidar das suas coisas? Isso não é assunto para a faculdade e é ridículo ouvir você reclamar do seu namorado ser melhor do que você.

— Você nunca entenderia, nunca se importa com suas notas! — revirou os olhos.

Hoseok crispou os lábios, insatisfeito com a resposta do mais novo, o beliscou para que ele deixasse de encarar o Kim e se focasse em seus cadernos. Eles já haviam sido instruídos pela corporação a não tocarem naquele assunto em público, principalmente perto do namorado do Jeon, mas lá estavam mais uma vez. Se Jeongguk estava falhando com suas notas, Hoseok estava falhando na missão de vigiá-lo e não expô-lo, ou deixar ele se expor. Kim Taehyung era um grande problema na vida de seu melhor amigo super competitivo, já que era o único ser humano capaz de tirá-lo do foco de seu trabalho e de sua vida dupla de todas as maneiras possíveis.

— Que tal pegarmos um cinema hoje? Não há nenhum chamado e o dia está lindo. — o Jung sugeriu.

— Só se for filme de ação e se o Tae for junto. Que tal Homem de Ferro?

— Oh, faça-me o favor. — Hoseok revirou os olhos, sem dar ouvidos ao tagarela, que murmurava sobre o quão bom seria poder assistir Homem de Ferro nos cinemas. — Eu já estou enjoado de heróis!

Jeon Jeongguk, por trás da carinha de ator pornô e do poço de sarcasmo, era apenas um garoto nerd e apaixonado por super heróis aos olhos de todos naquela universidade, até mesmo pelo próprio Hoseok, então a grande missão que carregavam era a de nunca permitirem com que as pessoas ao redor soubessem que o garoto era nada mais nada menos do que Black Thunder, o herói que vinha causando turbulência na Coreia do Sul, detendo criminosos que a polícia sempre falhava em prender, cobrindo tudo o que a justiça não era capaz de cobrir, salvando vidas. Black Thunder não era o único: os heróis que haviam nos quadrinhos existiam na vida real por todo lugar, não tão cooperativos uns com os outros, mas sem dúvidas lutando pela mesma causa, cada um à sua maneira.

Como (não) ser um herói Onde histórias criam vida. Descubra agora