Pov'Meredith
Sentia um friozinho na barriga enquanto descia o elevador até o estacionamento, caminhei a curta distância e entrei no carro ia seguir direto para casa, mas decidi ir até o ateliê para pegar um do presentes que havia ganho de uma cliente e esqueci lá.
Quando estava saindo do prédio de dois andares vi Eleonor parada na calçada, ia passar por ela a ignorando, senti a louca segurar meu braço e o apertar com força.
- achou que iria me deixar presa para sempre?
- deveria - tentei me soltar - o que faz aqui?
- fugi... Não foi tão difícil.
- me solta Eleonor ... Agora!
- ou o que? - ela mostrou a arma que tinha escondida.
- o que quer? Você já destruiu sua vida.
- não sei como saiu viva daquela casa, mas dessa vez ou será você ou eu, as duas não ... E vou garantir que seja você.
- você está realmente louca.... Me solta.
- calada - ela me puxou em direção ao carro - abre!
- não.
- acha que estou brincando? Não tenho medo de ser presa, então abre essa merda logo.
Peguei a chave e destravei o carro, Eleonor me empurrou para dentro do carro pelo lado do passageiro.
- dirigi, vamos dar uma volta - sentia a arma em minha cabeça - vou adorar estourar seus miolos aqui mesmo.
- o que quer? Quer dinheiro? Eu tenho, você pode fugir.
- cala a boca Meredith, estou farta de te ouvir, presa ou livre eu só vou ter paz quando você estiver morta ... Não quero fugir, só matar você... Depois me entrego e vou viver o resto dos meus dias - Eleonor havia enlouquecido realmente.
- por que me odeia tanto? Nunca te fiz nada, você quem mentiu e me maltratou.
Estava começando a ficar com medo dela, suas palavras estavam me apavorando.
- liga o carro, vamos para um lugar mais calmo.
- pensa em Lexie e Amelia - pedi sentindo meu corpo tremer.
- as duas são duas idiotas que se submeteram a você - a voz dela saiu alta me assustando.
Meu coração batia forte as lágrimas queriam sair, eu não podia ir a lugar algum com Eleonor, tinha certeza que ela acabaria me matando de fato.
Olhei para Eleonor pelo canto do olho e a vi olhando pra fora, mesmo a arma estando apontada para minha cabeça, mal havíamos saído do ateliê. Ela estava certa, uma das duas morreria hoje.
Segurei a mão dela tirando a arma da minha cabeça, o disparo foi só um milésimo de segundo após tirar ela da minha direção atingindo o parabrisa do carro e estourando o vidro, junto com o vidro se partido perdi o controle do carro e capotamos, a última coisa que vi antes de perder a consciência foi Eleonor sendo lançada para fora.
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Pov'Andrew
Não sei qual foi o pior momento, Meredith sumida tentando se matar, ela sumida e eu achando que outra vez ela iria tentar se matar, a casa em chamas, ou aquilo, a espera, a agonia de não saber se ela sairia viva da cirurgia, já haviam se passado três horas desde o momento que entrei naquele hospital.
Alana segurava minha mão e não conseguia parar de chorar, Addison e Patríck estavam abraçados, meu pai estava cuidando de tudo, o casamento foi cancelado, o dia feliz foi congelado naquele aceno de Meredith enquanto o elevador se fechava, não podia ser aquele o final. Precisava de um "e viveram felizes para sempre".
Soltei minha mão e levantei, eu precisava bater, gritar, não ia suportar ficar só ali.
- filho? - minha mãe levantou.
- quero ficar sozinho - falei sério.
- Andrew - ela chamou outra vez.
- mãe me deixa - respondi com raiva.
Segui o mesmo corredor que havia sido guiado horas atrás, parei na porta do necrotério, Amelia e Lexie tinham vindo reconhecer a mãe e agora estavam cuidando do enterro.
- eu sei que seu trabalho é ficar aqui - falei para o mesmo homem de antes - mas eu só queria me despedir.
- vou tomar um café, dez minutos.
- obrigado.
Esperei ele sair e puxei um pouco o lençol branco para olhar o rosto de Eleonor.
- a morte foi fácil demais pra você... Eu espero que exista realmente um inferno e você esteja lá, se Meredith morrer eu nunca vou me recuperar, você a destruiu, você a torturou de tantos modos... Eu queria você viva para ... - soquei a maca - nunca odiei tanto alguém como odeio você... Poucos entendem o por que de eu amar tanto Meredith, porque não desisti dela... Mas a vida não faz sentido sem ela aqui...
Sai daquele lugar.
Era insuportável aquela dor de não saber nada, nenhuma notícia, a imagem de Meredith no elevador, seu sorriso sentada na minha mesa, aquilo era uma tortura, como um prelúdio "você não sabe que é seu último dia bom, até ser o último dia".
Então era assim o final da história da Cinderela? Depois do casamento alguns poucos anos felizes e ela morria? Por isso ninguém conta as histórias depois do casamento? Por que não tem o "para sempre"?
Quem resgata o príncipe depois?
Seis horas! Vicenzo estava abraçado a Alana, Addison, Patrick, as meninas do ateliê, até Anna estava ali.
- filho? - Vincenzo sentou ao meu lado no chão, fazia horas que ninguém falava nada.
- me deixa pai, por favor... Eu não quero ser consolado.
- não ia tentar ... Mas estou aqui com você.
- queria ela viva, pra matar com minha próprias mãos ... Me deixa por favor.
Não queria conversar, sabia que ia falar algo que não deveria, só queria ficar ali com meus pensamentos.
- vocês são a família da garota?
- sim - levantei do chão - Meredith Grey, minha esposa.
- ela sofreu um grande trauma na cabeça, teve o que chamamos de "hifema" é a presena de sangue na câmara anterior do olho, o espaço entre a córnea e a íris.
- ela tá viva?
- sim! Está sendo levada para a unidade de tratamento intensivo.
- ela vai ficar bem?
- Meredith teve muitas lesões, consegui principalmente conter o sangramento, mas não saberemos os danos reais até ela acordar, sinto muito não ter muito mais a falar - o médico me olhava sério.
- posso ver ela?
- ainda não, mas assim que puder alguém vem avisar.
- tudo bem.... Obrigado
Ela estava viva! Eu quase podia respirar novamente. QUASE!
👑🛹
BOM DIA FAFIQUEIRAS E FANFIQUEIROS!😁
