Com as semanas se passando desde o aniversário de Rafaela, algumas coisas começam a ficar mais evidentes na gravidez de Brunna como: os desejos inusitados, o humor e os vômitos que ficaram frequentes. Tanto que assim que a adolescente colocou os pés no apartamento, ela se deparou com uma cena um tanto quanto cômica.
Brunna estava sentada no sofá aos prantos como se um familiar tivesse falecido, Cecília em pé ao seu lado dando beijinhos em sua cabeça para a consolar e Ludmilla parada no meio da sala com a mão na cintura. Completamente confusa sobre o que estava acontecendo ali, Rafaela solta sua bolsa no chão e tira o tênis o deixando de canto.
- O que aconteceu? Vocês brigaram? - pergunta atraindo a atenção de todas, menos de Cecília que estava ocupada demais dando beijinhos em sua mãe para tentar fazer ela parar de chorar, mesmo não sabendo o motivo.
- Não! Sua mãe quer comer bolo com feijão. - a mais nova fala com incredulidade.
- E a Ludmilla não quer deixar... - Brunna fala entre soluços. Por sua vez, Cecília passa os bracinhos pelo pescoço da mãe e a abraça, sendo retribuída de imediato.
- Não chola, mamãe. - Cecília fala beijando sua bochecha. Foi tempo o suficiente para que Rafaela caia na risada, colocando as mãos na barriga.
- Amor, você precisa comer os legumes que eu fiz, lembra o que a Natalia disse? - Ludmilla tenta pela vigésima vez convencer Brunna de comer o que tinha preparado.
- Mas eu quero bolo com feijão. - tenta controlar o choro, focando seus olhos vermelhos em Ludmilla.
- Deixa ela, Ludmilla. - Rafaela sai em defesa da sua mãe, mesmo tentando parar de rir.
- Nem pensar, é nojento e ela vai vomitar se comer isso. - nega com a cabeça sem ceder.
Nesse instante, Ludmilla se abaixa quando uma almofada voa ao seu encontro arrancando uma risada de Cecília que por ver que sua irmã ria, não era algo sério e não precisava se preocupar.
- Se seus filhos nascerem com cara de bolo com feijão, a culpa é toda sua!
- Tudo bem, vamos fazer assim. Se você comer tudo o que eu colocar no seu prato, eu deixo você comer essa coisa nojenta, pode ser? - Ludmilla tenta negociar.
- Meu Deus, parece que está falando com a Cecília. - Rafaela brinca. Ouvindo aquilo, Brunna para de chorar no mesmo instante, coloca Cecília sentada no sofá e arremessa outra almofada em direção a Rafaela, acertando seu rosto em cheio.
- Está de castigo, Rafaela Gonçalves! - rosna irritada e a garota apenas arregala os olhos saindo de fininho para poder rir.
- Então, vamos fechar esse negócio? - a de olhos chocolates pergunta, se aproximando da mais velha.
- Tudo bem. - balança a cabeça sabendo que aquele seria o único jeito de comer o que desejava. Ficando de pé, ela enxuga as lágrimas e da um selinho nos lábios de Ludmilla antes de ir para a cozinha.
- Vamos comer, bebê! - Ludmilla pega Cecília a jogando por cima de seu ombro fazendo a risada infantil ecoar pelo apartamento. A colocando na cadeira de alimentação, primeiro a serve com um pouco de cada coisa que tinha feito para só então entregar o prato para Brunna, sendo alertada que se ela fizesse corpo mole daria um exemplo ruim para Cecília.
Por sua vez, Brunna comeu tudo sem reclamar e ainda elogiava para que Cecília ficasse com mais vontade de comer, apenas para depois poder o que desejava. Quando Verônica chegou do seu horário de almoço, ela levou Cecília para dar uma volta a pedido de Ludmilla por saber o que viria em instantes, Brunna vomitaria tudo o que comeu após a maldita combinação estranha que tinha desejo.

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Singular (G!P)
FanfictionApós uma longa e cansativa semana de viagens a trabalho, Brunna só queria chegar em casa, jantar e ficar um pouco com sua filha antes de dormir. Entretanto, ao colocar os pés dentro do apartamento ela nota algumas coisas diferentes. Em sua sala, hav...