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Prints no final do capítulo

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Ludmilla estava sentada no sofá com o cilindro de oxigênio ao seu lado, segurando a máscara contra seu rosto recebendo o oxigênio necessário para que se acalme e não desmaie novamente, toda vez que ouvia três bebês. Já Brunna olhava para sua namorada sem acreditar no que estava acontecendo e podendo notar o quanto pálida ela estava, algo lhe dizia o que ela sentia ia muito além daquela situação.

- Podemos continuar? - Henrique pergunta com calma, demorou quase vinte minutos para que Brunna e Ludmilla ficassem mais calmas.

- Sim. - Ludmilla afirma com a cabeça sem tirar a máscara de oxigênio.

- Bom, como eu estava dizendo, é uma gravidez de trigêmeos e isso significa que os riscos são três vezes maior do que uma gravidez única. - intercala o olhar entre as duas - Minhas recomendações são para que você passe a trabalhar em casa ou pegue um afastamento, você irá precisar de muito descanso e pouco esforço para que consiga levar a gravidez até pelo menos trinta e sete semanas para quando eles nascerem não seja necessário ficar na encubadora para pegar um pouco mais de peso. - explica - Pouco estresse. - enfatiza se lembrando dos momentos anteriores.

- Dr Henrique, se importa se eu ficar a sós com a minha namorada e tirar isso do meu braço? - aponta para a agulha do soro que estava em seu braço.

Atendendo ao seu pedido, Henrique pede para que um de seus internos tire Brunna do soro, colocando um pequeno curativo no local antes de se retirarem. Brunna desce da cama e anda até sua namorada, sentada ao seu lado vendo seus olhos claros carregados de hesitação em sua direção.

- Amor, desculpa. Por favor, não fica brava comigo, eu não fiz por mal, eu juro. - começa a falar soltando a máscara de oxigênio sobre o sofá - Não tive a intenção...

- Ei, por quê você está se desculpando? - usa sua voz calma, segurando as mãos geladas da mulher.

- A culpa é minha. - seu lábio inferior começa a tremer indicando que ela começaria a chorar a qualquer momento.

- A culpa não é sua, nós duas somos responsáveis por isso.

- Você não está brava?

- Não, talvez um pouco em choque mas brava não.

- É que você estava gritando e...

- Eu fiquei irritada por você ter desmaiado, poxa. - sorri de canto levando uma mão até o rosto de Ludmilla fazendo um carinho ali - Imagina você descobrir que está grávida de trigêmeos e a outra mãe dos bebês desmaia bem na hora? - fala com um tom brincalhão tentando deixar Ludmilla menos nervosa.

- Desculpe por isso, eu fiquei nervosa. - suas bochechas coram, desviando o olhar para outro canto.

- O que está acontecendo, meu amor? Fala comigo. - pede com delicadeza sabendo que podia se tratar do seu antigo relacionamento, sabia que Ludmilla ainda carregava algumas cicatrizes.

- É que... - aperta o maxilar voltando a olhar para Brunna.- Quando a progenitora da Cecília descobriu que estava grávida, ela começou a dizer que a culpa era minha e que eu tinha acabado com a vida dela, depois disso ela começou a mudar comigo e... - não termina a frase se lembrando das ameaças contra a bebê - Não quero que pense que eu te engravidei de propósito, sei que você não queria mais ter filhos, nem eu queria para ser honesta.

- Amor, esse está sendo o melhor presente de aniversário que eu já tive, mesmo eu tendo ficado um pouco com medo quando descobri porquê criar três pequenos não é fácil e ainda temos a Cecília que é pequena. Eu não sei o que aconteceu na gestação da Cecília mas eu nunca faria algo igual. - Ludmilla balança a cabeça concordando - Mas eu te amo, te amo muito e nunca te culparia por isso, isso não é um erro, são nossos filhos. - leva a mão de Ludmilla até sua barriga sentindo o toque delicado - Confesso que talvez quisesse decepar o seu amiguinho ai em baixo no primeiro momento mas nunca te culparia por algo tão lindo. - Ludmilla desce os olhos até sua barriga conseguindo notar que realmente estava um pouco arredondada, já tinha notado mas pensou que era por causa que a mulher tinha parado de fazer exercícios - Nossa família vai crescer. - abre um enorme sorriso vendo o lábio de Ludmilla tremer e uma lágrima escorrer por sua bochecha.

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