Brittany abriu os olhos e soltou o corpo da latina, percebendo sua audácia. Depois, ela apoiou ambos os braços, em volta de Santana, elevando o tronco antes deitado na garota, com as mãos, para fitá-la, e poder entender o contexto da frase.
— Com "fazer" você quer dizer: o que eu tô pensando que você tá querendo dizer?
Era difícil saber o que a Lopez pensava, Brittany precisava de palavras mais claras, quando se tratava daquilo, por mais que, praticamente já tivessem começado algo.
— Não sei... – Santana respondeu, trazendo a loira para baixo novamente, com as mãos, beijou-a, e em seguida tirou um tempo para mexer nos cabelos da outra e olhar fixamente para os olhos azuis de Brittany, como um acordo de confiança sendo trocado por olhos mútuos, ela resolveu voltar a dialogar. – Depende do que você está pensando, coração. Porque no meu caso, esse "fazer" que eu falei, tem a ver com algo mais... Algo mais... Mais... Você s...
Ela parou de falar. Por que estava enrolando tanto para achar palavras? Não fazia sentido. Do que tinha medo? Ela não precisava mais fugir de Brittany, afinal tinha que parar de tentar empatar o próprio prazer pessoal por bobagens e joguinhos de palavras ridículas, por conta de possíveis vergonhas, ruborizações, e falta de jeito, partidas de sua parte.
Ela não era assim, não era virgem, e não tinha medo de sexo.
Mesmo que fosse com uma garota. Não deveria ser tão diferente, qual é: pessoas nuas, excitação, beijos, toques, e por aí vai. O problema real e maior era que, Brittany causava disparos no seu coração, paz aos seus ouvidos, sorrisos aos seus pensamentos, e arrepios carnais a sua pele. Dia e noite. Nunca acontecera tal coisa antes. Entretanto, o sentimento-novo não a bloquearia de fazer o que sentia vontade de fazer no momento. Aquela falta de jeito, misturada a outros turbilhões não venceria a batalha traçada, jamais. Contra Santana Lopez? Ninguém podia vencer. Ainda mais sentimentos dela mesma. Mudou de expressão, para uma mais decidida, e menos fugitiva.
— Algo mais? – Brittany perguntou, esperando ela terminar o raciocínio. – O que...
Santana retornou a fazer contato visual, para poder voltar a falar o que queria para a loira-deitada sobre ela, e não deixá-la assim: no vácuo, com a frase inacabada e confusa. Sorriu, mordendo os lábios finos avante, e aí, revelou:
— Bom, com "fazer" eu quero dizer, transar mesmo, Brittany.
O coração de Brittany começou a disparar, numa frequência bem maior que antes, e as bochechas coraram.
— Essa foi direta...
— É melhor assim. – Santana mostrou a língua e riu. – Era isso que você estava pensando?
— Sim...
— Ah, então você é meio safada, falsa-puritana.
Elas riram e Brittany fingiu bufar, seguidamente.
— Nem vem com essa história, sua chata!
— Você não pode me impedir, voltou a frequentar o clubinho-hipócrita.
— É pela Quinnie. Mas, vem cá San, isso... Isso tá dentro do nosso contrato legal de amizade? Importante eu saber.
Brittany sorriu largo com a própria brincadeira, estava amando saber que, aquilo, passava pela cabeça de Santana também. Uma onda de eletricidade e confiança começou a inundar seu físico, a quilômetros por hora e metros por segundo.
— Duh...— A latina riu com a cara da garota e deu-a um selinho. – Faz parte do nosso teste. E o meu contrato com você é: faça o que você quiser comigo. Tá tudo bem. Se eu não gostar eu falo. E, vice-versa, minha amiga. Entende como funciona agora?
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Destino ou não - Brittana
RomanceBrittany e Santana são duas adolescentes completamente diferentes, que se conhecem por um acaso em um farol abandonado. A verdade é que nenhuma delas queria estar naquela cidadezinha, Rosefield, mas é a partir de lá que um vínculo é criado entre as...