14 de Fevereiro...
Mais conhecido como dia de São Valentim. Ilustre dia do Amor. Vulgo dia dos Namorados. Quando diversos comércios arrecadam milhões de dólares, em cima da deslumbrante paixão pelo feriado, em todo o mundo. Quando pessoas, dentro de um namoro ou não, trocam presentes e gestos entre si. Indo das mais extravagantes coisas e ações que, possam existir, às mais simplórias e significativas. Quando todos querem algo especial para fazer e compartilhar, sejam apaixonados (a) ou não, afinal amor não é -e nunca fora- algo exclusivo do romance. Em suma, um dos dias mais queridos de todos os tempos, só amor, amor, amor.
E lá estava Santana Lopez, pela primeira vez, ansiosa com aquele dia.
Apesar de a data comemorativa ser um dia como qualquer outro, pois se caísse na semana, como era o caso, plena segunda-feira gritante -o mundo não pararia por conta dela- as pessoas não perderiam a chance de aproveitá-la, mesmo com outros afazeres, como trabalho ou estudos. Não mesmo. Os corredores do colégio William McKinley daquela cidadezinha praiana se tornaram palco de barracas de beijo, abraços, flores, cartões, maçãs do amor... Ah, era o paraíso para alguns, o inferno para outros. Existiam corações colados por todo lado, assim como frases e cartazes. E admiradores secretos? Não paravam de brotar de todos os cantos da instituição, distribuindo e/ou pondo cartinhas e "lembrançinhas" das mais variadas em armários alheios.
Bom, ao menos as aulas terminariam mais cedo, graças aos Deuses.
Brittany sorriu para a namorada, no momento em que elas, finalmente, pegaram estrada para lugar nenhum dentro daquele conversível. Tão emocionante. Adoravam ligar o rádio e ouvir as músicas que tocavam, e algumas vezes cantar com toda a energia que conseguissem captar na letra e ritmo. A sensação era incrível. E, embora não tivessem marcado, com exatidão, onde iriam passar a data como casal, tinham em mente que seguiriam em linha reta, dirigindo, até descobrir mais belos pontos beirando praia afora da cidade, explorando mais visões e mais visões do que já tinham se permitido explorar antes para aqueles lados.
Todavia, a Pierce sabia muito bem onde levar Santana.
Tinha planejado. Tinhas os ingressos do parque no bolso. Tinha a empolgação dentro do peito. Tinha a Lopez no banco do passageiro, doida para dirigir e mesmo assim, animada só por estar ali. Era possível estar mais feliz? O agora era tudo o que tinham, por enquanto, e ele valia ouro.
— San, se eu te dissesse que planejei pra onde iríamos hoje desde que combinamos não planejar, você se irritaria?
A morena olhou para o lado, percebeu a tensão nos braços de Brittany e soltou um riso tranquilo, suave e confortante, capaz de melhorar todo e qualquer clima denso pairando ao ar.
— Lógico que não, Britt-Britt.
— Que bom... Porque eu planejei.
— Ah, é? – Santana riu de novo e voltou a olhar para a paisagem, sossegada. – Eu meio que já esperava por isso, pode relaxar, não tem problema.
— Eu tô relaxada... É só que... – Dedos finos deram duas batucadas no volante, à medida que Brittany visualizou um veículo por entre o retrovisor central querendo cortá-la e deixou o fulano ultrapassar seu carro, mesmo estando todo errado. – Tô um pouco nervosa por não ter te falado antes.
— Tudo bem. Vamos relevar isso. Eu também meio que "escondi" algo de você também, coração.
A líder de torcida mais alta arqueou um sobrancelha.
— Escondeu?
— Uhum...
— O que?
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Destino ou não - Brittana
RomanceBrittany e Santana são duas adolescentes completamente diferentes, que se conhecem por um acaso em um farol abandonado. A verdade é que nenhuma delas queria estar naquela cidadezinha, Rosefield, mas é a partir de lá que um vínculo é criado entre as...