21 - Venting

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maratona 2/5

P.O.V MIA COLLINS 07:23 A.M

University of Califórnia - LA

Quando cheguei na universidade na manhã seguinte, senti que faltava alguma coisa na minha manhã. Cheguei até achar que era nóia da minha cabeça, mas não, não era, tinha alguma coisa de errado. Demorei um pouco pra perceber, que me vendo sozinha no meu armário, por um tempo e não conversando ou rindo com algum dos meus amigos, me fez perceber que esse era o problema errado, não havia nenhum dos 4 melhores amigos que eu tinha lá.

Eu queria poder falar pra eles tudo o quê to sentindo e passando, mas o fato de achar que eles irão me repreender, quando disser que me apaixonei feito uma louca pelo homem que roubou o banco do meu pai, me dá medo, mas medo mesmo.

- Oi, Mia. - A voz de Deus soou atrás de mim e nem coragem de olhar para trás eu tive, porque sabia que ela iria me olhar com a maior decepção que possa existir. - Posso falar com você, por favor? - Meus olhos já entraram em estado de represas, mas ela é a minha melhor amiga.

Olhei pra ela chorando, que estava com uma tristeza enorme nos seus.

- Eu não gosto de te ver assim, e por isso que tô oferecendo de todo o meu coração a minha ajuda. Não inmporta o quê aconteceu com você, ou quê fizeram com você, ou o quê você fez, não importa se você roubou, matou, foi abusada, nada disso me importa, tudo o quê me importa é você que mudou muito em três semanas. Eu sou sua amiga, mas eu te vejo como a irmã que eu não tive, estivemos juntas desde que estudávamos no jardim de infância, sempre estive aqui pra você, sempre te critiquei e te elogiei quando você merece ou não... Mas eu nunca deixei de ser quem sempre fui, uma parte de você como você é para mim... Então por favor fala pra mim o quê tá havendo com você. Seja lá o quê é, eu vou ficar do seu lado e te dá a maior força, você não me tem só na alegria, você me tem na dor também, e eu tô vendo o quanto você tá sofrendo e como uma parte de mim, isso tá doendo em mim também, então quero pedir que se abra comigo, por favor. - Ela segurou na minha mão e não sei porque demorei tanto pra perceber, o quanto eu era sortuda por têr-la comigo desde que virei gente.

- Tudo bem. - Ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas e me abraçou forte mesmo.

- Vem comigo, agora. - Ela me puxou pelo braço e saimos pra fora.

- Doida, pra onde vamos? - Entramos no carro dela.

- Vamos conversar no paraíso. - Dei uma risada e ela saiu de lá. - Noah avisa que eu tô passando mal no hospital. - Ela falou pelo celular e dei uma risada alta.

Depois de um tempo, ela deu uma curva, indo em direção ao coração de Hollywood.

- Vamos pro circuito de Runyon Canyon? - Perguntei, e ela piscou pra mim, sorrindo.

Continuamos indo pra um dos lugares que as pessoas gostam de fazer trilhas aqui em Los Angeles, fica num lugar incrível e com uma vista de Los Angeles inteirinha.

- Não vamos fazer trilha, mas é um lugar excelente pra se por a cabeça em ordem. - Ela sorriu e parou o carro, o deixando na beira de uma estrada com areia e caminhamos a pé, subindo em uma pequena serra que ali tinha. - Faz muito tempo que não faço trilha alguma. - Ela subiu em uma pedra enorme e me puxou junto dela. Avistamos do alto da pedra, uma imagem de tirar fôlego de Los Angeles. - Agora senta aí e me fala. - Ela sentou e sentei em seguida, havia um vento maravilhoso que podia ser sentido de lá.

- Eu nem sei porque não te falei na manhã seguinte do ocorrido, mas medo foi o quê impediu de se abrir com você, por medo do que poderia acontecer com meu pai, comigo ou até mesmo com um dos meus amigos.

𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐁𝐚𝐧𝐤 𝐑𝐨𝐛𝐛𝐞𝐫𝐲 - 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora