without hesitating

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PATRICK DEMPSEY

A vida é engraçada. Tudo bem que essa é uma palavra que não se espera ser dita nesse momento, mas é a mais pura verdade. Em um dia está tudo maravilhoso, mas no outro está caindo aos pedaços. E é aí que você me pergunta: onde isso é engraçado, seu maluco? E eu te respondo: não sei, colega, apenas é. Esse é muitas vezes o problema com as pessoas. Elas ficam tão presas nas desgraças que acontecem, que esquecem de olhar para o simples, para as pequenas coisas da vida que são muito maiores que essas desgraças passageiras.

Comumente dizemos a frase “tudo passa”. Claro que a forma como é dita é apenas no sentido de que se algo está ruim, irá passar. Só nos esquecemos que as coisas boas também chegam ao fim, infelizmente. Mas essa garota na minha frente só me faz perceber que essa felicidade não vai embora da minha vida, porque eu não vou deixar.

I'm falling for your eyes
But they don't know me yet...

Seus olhos suaves estavam nos meus receosos. Receio que se esvaía a cada outro minuto que passava, perdendo-me em toda aquela imensidão de sentimentos entre nós. Depois de tudo dito, esperava ver a pena, não o amor. Me apaixonei por aqueles olhos, mesmo sem ela conhecer toda a verdade, por puro medo de assustá-la e perdê-la.

E esse medo parecia tão idiota agora. Ellen levou sua mão de encontro a minha, depois do que parecia a eternidade sem tocá-la, senti-la. Ela entrelaçou nossos dedos. O silêncio continuava entre nós, mas não aquele constrangedor e, sim, aquele onde as palavras não cabiam. Nossos olhares se conectaram, retomando nossa sintonia e também toda a tensão existente entre nós.

Levei meus lábios de encontro aos dela, que não negou ou se afastou dessa vez.

I've been feeling everything
From hate to love from love to lust
From lust to truth I guess that's how I know you
So I hold you close to help you give it up…

Minhas mãos seguiram para a sua cintura. Uma descendo lentamente pelas suas pernas, em direção ao seu joelho. A outra subiu, buscando apoio para levantá-la em meus braços.

Seguimos em direção ao meu quarto, sem separar nossas bocas.

Deitei-a suavemente sobre a cama, tomando todo o cuidado, como se ela pudesse quebrar com qualquer movimento mais brusco. Deitei sobre ela, encaixando minha coxa no meio de suas pernas. Senti sua respiração falhar, enquanto minhas mãos passeavam pelo seu corpo. Minha mente absorvia cada pequeno detalhe que minhas mãos conseguiam captar, mesmo que sobre as roupas que ela usava. Era como se minha mente estivesse em um plano paralelo, onde só nós dois existíamos, como se nada, nem ninguém mais no mundo importasse. A sensação de sua pele sob meus dedos era inebriante, minha mente tentava antecipar o que estava prestes a acontecer, mas não há como antecipar alguma coisa claramente quando as emoções dentro de mim estão completamente fora de si, perdidas e sedentas por mais.

Ellen levou suas mãos para as minhas costas, arranhando-as sobre a blusa que eu usava. Desceu suas mãos perigosamente, até colocar ambas sobre minha pele quente. Seu toque me fez arfar em seu pescoço, que arrepiou, causando-me um formigamento no peito. Eu tentava dizer para mim mesmo para ir com calma, mas meu corpo parecia não obedecer. Ele tinha fome, necessidade por descobrir cada pedacinho escondido dela.

Suas mãos levantaram minha camisa, forçando-nos a nos separarmos para que a peça saísse do nosso caminho. Ell explanou suas mãos sobre meu peito, encarando meus olhos, passando toda a certeza que eu precisava para prosseguir.

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