Café forte

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— Ne... Neji? — Pergunto cética.

Eu estava vendo coisas, não era possível, meus olhos estavam me pregando uma peça mesquinha e maldosa.

Com sobrancelhas juntas, demonstrando sua total surpresa, ele anda ligeiro em minha direção, sem me dar tempo de assimilar nada.

Em um movimento rápido e forte, ele me abraça intenso.

— É você! É você mesmo! — Fala abafado pelo abraço.

— Neji? Onde... onde você esteve? O que você faz aqui? ... — Eu ofegava sem entender nada.

Meu coração estava acelerado, eu senti falta dele todos os dias desde que foi embora.

Assim que nos soltamos, uma raiva me consome e eu acerto seu lindo rosto de porcelana com um tapa.

— Você disse que ia me ligar, que manteria contato, você foi embora e nunca mais deu notícias — Falei chorando, enquanto ele volta com a mão no rosto.

— To começando a achar que você gosta de me bater — sorrindo, ele tirou a mão do rosto, revelando o pequeno vermelho.

Eu olhava seu rosto, seus olhos, meu coração doía de tanta saudade. Levei as mãos aos olhos e chorei copiosamente, nada fazia sentindo, como era possível uma coincidência tão absurda.

— Não chore, você parte o meu coração — Neji se aproximou, levantando o meu queixo.

— Você partiu o meu coração quando disse que manteria contato e sumiu — Eu soluçava com raiva.

— Vem cá! — Neji segurou a minha mão e me guiou em direção ao seu quarto.

Fechando a porta, ele se coloca a minha frente. Me olhando intenso, ele me abraça novamente, sinto seus lábios tocarem sutilmente o meu pescoço.

Apertando os olhos, eu deliro, sentindo o cheiro do seu perfume, que saudade daquele toque, que saudade daquele cheiro.

— Eu senti tanto a sua falta — Sua boca semicerrada roçava no meu rosto.

— Você me deixou

— Foi preciso, pra te proteger

— Me proteger do que?

— Amor, o mundo é muito mais perigoso do que aquilo que você viu — Encosta sua testa na minha.

— "Amor"? — Estranhei

— Você é o amor da minha vida, isso nunca mudou — Sinto sua respiração forte.

Neji se aproximava atraente, sexy, eu sinto que ele vai me beijar e eu estou louca para beija-lo, a saudade era insuportável, mas me contive.

— Neji... eu não posso — Me afastei da tentação irresistível do seu beijo.

— Por quê? — Parece confuso.

No criado mudo, o telefone do quarto toca, mas ele ignora.

— Eu... — Eu preciso falar sobre o Sasuke — Eu conheci uma pessoa — Fui direta.

Seu olhar era nitidamente chocado, decepcionado e enciumado.

— Você tem outra pessoa?... eu pedi para me esperar... — se afastou inconformado.

— Esperar? Por quanto tempo Neji? Quando você voltaria pra mim? Em dois meses? 1 ano? 10? O que você esperava que eu fizesse?

Mais uma vez o telefone toca.

— Você não vai atender?

— Não! — ele não tira seus olhos de mim.

— Neji...

Guerra de Sangue (Kakashi - Sasuke - Neji)Onde histórias criam vida. Descubra agora