A descoberta do amor

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Kakashi, Sasuke e Neji acabaram de sair, eu não posso ficar parada como uma inútil, eu tenho que fazer algo.

Vou até a porta e movo a maçaneta com força, como se por mágica ela pudesse abrir.

— Droga!!! — Chuto a porta machucando o pé.

Vou até o banheiro, vasculho tudo na tentativa de encontrar alguma coisa que pudesse me ajudar a abrir a porta, mas sem sucesso.

No guarda-roupa do Neji, também não há nada, pensei que poderia encontrar uma caixa de ferramentas, sei lá, homem gosta dessas coisas. Pensando bem, mesmo que ele tenha uma caixa de ferramentas, o que ela estaria fazendo dentro do guarda-roupa? Me sinto boba.

Me surpreendo ao olhar na parte de dentro da porta do guarda-roupa, uma foto nossa, da época em que namorávamos. Uma selfie que fizemos em um dos nossos passeios, eu com um sorriso enorme e ele lindo, com um sorriso de canto e uma camiseta branca. Suspiro ao lembrar dessa época, em que tudo era mais simples.

Volto a realidade e continuo a procurar algo que possa me ajudar, mas sem sucesso. Logo eu percebo que não há absolutamente nada que eu possa fazer para abrir a porta, só me resta uma saída e eu terei que ser muito corajosa.

Vou até a janela e percebo que essa é a única opção, só me resta sair por aqui.

— Mas como eu faço isso? Posso quebrar as pernas e não vou ajudar em nada se estiver machucada — olho de um lado para o outro.

A única coisa que eu posso usar são os lençóis da cama. Puxo os lençóis e amarro as pontas, com força eu puxo as extremidades para ter certeza que não iam soltar.

Prendo uma ponta no pé da cama e me posicionando, começo a descer, não é fácil como nos filmes, é muito alto e eu estou morrendo de medo, quase caí algumas vezes e queimei a mão tentando me segurar, mas consegui descer.

No chão, eu tenho que encontrar um meio de chegar até lá, os Hyuga tem muitos carros, mas é claro que eu não faço ideia de onde guardam as cheves.

Por mais que a mansão Hyuga estivesse fechada, alguns empregados ainda iam na propriedade, afinal os animais precisavam ser alimentados e cuidados.

— É isso... os cavalos — Lembro que o Neji tem um puro-sangue Inglês, um dos cavalos mais velozes do mundo.

Vou correndo até a coxia e lá encontro o belo cavalo com pelagem negra.

— Oi amigão...lembra de mim? — Me aproximei acariciando seu pelo com firmeza.

Coloquei a sela no cavalo e saí da propriedade, as memórias da Rin eram muito úteis, eu não tinha medo, eu sabia exatamente como cavalgar e como correr a toda velocidade.

Pela estrada com pouca iluminação, eu sinto meu coração acelerado, eu não sabia o que ia enfrentar, mas sabia que seria perigoso. Correndo a mais de 80 km/h, eu chegaria na mansão Uchiha em pouco tempo e sem nenhum plano em mente.

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— Chegamos!! — Desço do cavalo depressa — Vai amigão, volta pra casa! — Falo em seu ouvido.

Ando pelo imenso jardim tentando não fazer barulho, todas as lembranças de quando cheguei aqui invadem minha mente.

O dia que conheci os Uchiha, quando comecei a ensinar a Sarada, quando quase quebrei o vaso da primeira vez que vi o Sasuke.

Percorrendo o jardim, chego até o carro, a chave está na ignição, devem ter deixado para sair depressa.

Me volto em direção a casa e paro perdendo completamente o ar, assim que me deparo com a cena mais aterrorizante que já vi na minha vida.

Guerra de Sangue (Kakashi - Sasuke - Neji)Onde histórias criam vida. Descubra agora