O trabalho

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Sasuke POV

Todos reunido na sala, desço as escadas, fui o último a chegar, não gosto nada dos métodos de Madara, por isso não acompanhei eles na primeira noite na casa dos Hyugas.

Chegando na sala, sou recebido com um ataque de Madara que prende meu pescoço contra a parede, deixando meus pés suspensos no ar.

— Como você pode atrapalhar o meu plano ? — Ele fala trancando os dentes a centímetros do meu rosto.

— Solte o meu irmão imediatamente Madara — Itachi fala sereno do outro lado da sala.

— Ou o que? — O tom de Madara é de deboche.

— Você é o mais velho e por isso o líder do clã , mas não ouse nem por um segundo achar que é o Uchiha mais forte dessa casa — Apesar de sóbrio, ele tinha uma ferocidade ameaçadora no olhar.

Madara me larga, mas continua me olhando, bem próximo.

— Vamos matá-la, ela já está apaixonada, não serve de nada pra você Madara. Tire ela da cidade e pronto, pelo menos você se diverte um pouco e compensa todo o trabalho — Shisue disse com o rosto coberto por um livro que lia.

— Paixão não é amor, Shisue — Obito retruca

— Disso o Sasuke entende, não é mesmo meu doce Uchiha? — Madara sorri e segurando o meu rosto, lambe a minha boca com sua lingua pontuda, mordendo e puxando meu lábio inferior.

— Você é asqueroso — Limpo a boca com o punho da camisa e subo para meu quarto.

Madara apenas sorri.

— Pelo menos o sangue do Juugo era doce — Ele conclui enquanto eu saio do recinto. Sua voz é de prazer.

Eu sabia que ele era capaz de matar alguém dentro da cidade, principalmente depois da forma que ele ficou depois de saber que Juugo havia agredido a S/N. Ele matou o Juugo, apenas encobriu os rastros rasgando a garganta dele de maneira animalesca.

Eu confesso que fiquei tomado pela raiva nesse dia, mas consegui me controlar.

Deitado na minha cama, deve falta uma hora para o amanhecer, preciso descascar. Lembro do rosto do Menino Hyuga, o tal Neji.

Seus olhos me lembraram os meus de antes, são olhos de um homem apaixonado. Como ele é sortudo por ter ela em seus braços. Eu daria a minha vida para tê-la comigo, nem que fosse uma única vez.

Já fazem 200 anos que eu vago solitário por esse mundo, 200 anos que uma moça humano me fez perder a cabeça e me apaixonar perdidamente. A única coisa que eu tenho dela é o quadro que eu pintei e a foto que eu tirei do quadro e carrego no peito.

O quadro sempre estava escondido, eu sinto muita saudade, mas olhar para ela me doía ainda mais, por isso nunca abria colar, apenas carregava comigo. Depois que a s/n entrou em minha vida, uma moça tão parecida com a Sakura, eu sinto essa ferida curar aos poucos, como se eu tivesse uma segunda chance de pedir perdão.

No meu quarto, acima do meu piano, eu ponho o quadro que eu havia pintado da minha amada, era o lugar perfeito para ele.

S/N POV

Acordo assustada, novamente um pesadelo, mas dessa vez, eu me vejo sendo queimada, como na regressão que eu fiz a dois dia atrás. Várias pessoas ao meu redor, me miram com ódio. Eu olho por entre elas, especificamente para um homem que me encara com um semblante triste. Eu imploro que ele não deixem as pessoas me queimarem, mas ele não se mexe.

Eu tenho que falar com o Jiraya, eu tenho que entender. Essas são lembranças de vidas passadas?

Eu ligo para o Jiraya, quero marcar outra consulta, mas cai na caixa postal. Passo o dia pensando nos meus sonhos, ouço novamente a gravação e faço anotações.

Guerra de Sangue (Kakashi - Sasuke - Neji)Onde histórias criam vida. Descubra agora