Guerra de Sangue (Kakashi - Sasuke - Neji)

A decisão

Todos esses dias se passaram e nada de notícia dele, de qualquer forma, eu estava me acostumando com a ideia do término do nosso namoro. Ele havia me traído, não se importava em nada, nem para me pedir desculpas.

De manhã, me levanto chateada, mais uma noite mal dormida.

Sinto o celular vibrar, pego, é uma ligação do Neji.

Meu coração acelera freneticamente, uma ansiedade me toma e eu sinto uma vontade absurda de atender.

Lembro da Tenten e deixo o celular sobre o sofá, não quero correr o risco de cair na tentação de atende-lo.

Indo pra a faculdade, eu decido deixar o celular em casa, não quero ver e nem ouvir falar no Neji. No intervalo, na faculdade eu prefiro ficar na sala de aula, refletindo um pouco sobre o que aconteceu.

Por que ele me ligou? por que agora? e os outros quatro dias?

Triste, eu baixo a cabeça e encaro a minha mão, tentado pensar em outra coisa, a aula do Kakashi tinha sido excelente para variar, as provas estavam chegando e eu tenho bastante conteúdo para estudar.

Ótimo, não terei tempo para pensar em besteiras.

No fim da aula, eu saio cabisbaixa, Ino tenta me animar, me convidando para sair depois do trabalho. Ela iria ao cinema com o Sai, ótimo, fui promovida de "corna" para "vela", não aceito.

Chegando nos Uchiha, eu me sentia nua sem meu celular, mas foi a decisão acertada. Se eu estivesse com ele, com certeza eu teria atendido.

— Boa tarde Sra. Sena — Entro na casa e faço o mesmo percurso.

— Sarada descerá em instantes, aqui está o pagamento pela semana — Ela me entrega um envelope com dinheiro, a primeira felicidade do dia.

Como rotina, ela desce atrasada.

— Sarada, hoje eu vou te ensinar algo um pouco desafiador.

— Jura? — ela falou empolgada, eu sempre estranho quando ela tem uma reação "normal".

— Sim, vamos aprender o início de "Für Elise", com certeza você já ouviu, é melodia da caixinha de música...

— De Beethoven!

— Sim, de Beethoven — Eu me surpreendo — Talvez você consiga tocá-la, com muita prática, dentro de algumas semanas — Sorri gentil.

Fiz a demonstração da primeira parte da música, em seguida, eu mostrava cada parte, de maneira lenta e bem didática.

Ela acompanhava sem dificuldade e tinha uma ótima memória.

Finalizando a aula, sarada está sentada ao meu lado e tem um sorrisinho bem fofo e sutil.

— Você parece estar feliz

— Adorei ensaiar essa música, é mais desafiadora mesmo — Ela levanta e se posiciona a minha frente.

Eu a olho encantada, eu deixei aquela menininha cabisbaixa feliz, pelo menos uma vez. Ainda sentada no banco do piano, eu a puxo para um abraço.

— Eu gosto muito de ser sua professora Sarada — Senti uma pontinha de felicidade.

— Eu também gosto de você s/n — Sarada retribui o abraço.

***********************

Caminhando até o ponto de ônibus, eu olho para o céu, lindas estrelas brilham e um vento uivante me deixa com frio, esperar no ponto não seria agradável.