Falso toque

498 39 39
                                    

Será que vocês ainda lembram de mim? Não eu não abandonei a fic, ela tava esquecida no churrasco mas é que aconteceram umas coisas comigo, me recuperei agora e estou de férias. Então vou me dedicar mais a ela e eu ainda tô mortinha com tudo que tailara nos deu nos últimos dias e por isso um cap cheio de mimos e grandinho pra vocês.

enjoy caralho!



Eu não queria ter que admitir isso, mas é a primeira vez que eu estou em um avião voa e não tô surtando, graças a mulher aqui do meu lado.

— Tem certeza que você era da marinha? Acho que você é mágica, só assim pra mim não estar morta ou desmaiada ainda.

— Pareceu uma cantada, é sério que tu meteu essa?

— Funcionou? Se não, então não foi.

— Vou deixar você descobrir, quer mais bebida?

— Por acaso você tá tentando me embebedar?

— O objetivo é deixar você bêbada o suficiente pra esquecer o voo, mas não tão bêbada para não vomitar em mim. E também não esquecer de mim.

— Se a bebida continuar forte desse jeito vou ter que sair carregada.

Mal acabo de falar e o avião dá uma guinada, valha meu Deus. Agarro os apoios da poltrona com força, por que eu não me dopei pra vir? Se tivesse dormindo não estava passando por isso. Conta até dez Lara. 1...2...3... respiro fundo e o avião dá outro chacoalhão, minha nossa senhora, meu padrinho padre Cícero.

— Eu estou aqui contigo, é só uma turbulência. Foca em mim que eu vou te proteger. — Sinto a mão dela agarrando a minha e olho para ela. Será se ela sabe operar milagre? Por que eu com certeza tô precisando muito de um agora. — Lembra da estatística que você falou? Os aviões dificilmente caem no meio do voo.

— Isso me acalmava até você me dizer que estava errado.

— Falei besteira, mas... — Antes que ela pudesse terminar de falar, há um som alto quando o avião se estabiliza e o sinal do cinto de segurança se apaga. Porra, achei que fosse morrer. Nunca mais vou andar nesse treco. — Tá vendo, não morremos.

— Eu estou morrendo lentamente no momento, não sei se tem álcool suficiente no meu corpo pra me anestesiar.

— Se você ainda tá pensando em morrer é por que minha missão tá sendo fracassada. — Ela se ajeita na poltrona ficando mais perto de mim, nossos lábios a centímetros de distância agora. Se eu não morri com o avião chacoalhando eu vou morrer é agora. O seu sussurro me faz sentir sua respiração em mim. A boca dela tá brilhando, molhada pela bebida, se ela continuar assim a boca dela não vai ser a única coisa molhada aqui. Acho que eu tô meio tonta, só não sei se é o efeito da bebida ou o dela, por que o meu pulso está acelerado. — Sabe o que é melhor pra misturar nessa bebida?

— O quê? — Respondo em um sussurro, as palavras quase não saem da minha boca de tão fracas.

— Isso.

Antes que eu pudesse raciocinar seus lábios quentes se chocam nos meus, a sensação de senti-la assim é tão indescritível ao ponto da palavra maravilhosa não ser suficiente para falar dela. Aproveito para colocar os braços ao redor dela e passar a mão no seus cabelos grandes e macios. Sua língua vem lentamente tocando a minha com uma habilidade gigantesca. O beijo é gostoso e viciante, por que eu perdi tanto tempo com papo furado? Nosso beijo continua lento por um tempo até o oxigênio se fazer necessário e pararmos devagar, se afastando aos poucos.

— O gosto do seu beijo é melhor do que eu imaginava ruivinha, estava querendo fazer isso desde que te vi no aeroporto.

— Se é tão bom por que você parou? — Eu a puxo para perto de novo e olho nos olhos dela. Tudo nela me atrai e me puxa para ainda mais perto.

𝘜𝘮𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳𝘢 𝘯𝘢𝘴 𝘯𝘶𝘷𝘦𝘯𝘴 - 𝘛𝘢𝘪𝘭𝘢𝘳𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora