Bagunça no avião

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Depois de duas semanas já estava tudo pronto para a viagem. Tudo já estava organizado e planejado, e o maior imprevisto que tiveram foram algumas brigas entre Kid e Ace, por conta do de sardas não aguentar olhar para a cara do ruivo sem tirar sarro do fato de ele ter perdido. Mas tirando isso, estava tudo certo.

Eles estavam enfileirados no portão de embarque. Alguns já estavam sofrendo por causa das vinte e uma horas que passariam no avião, outros estavam completamente amedrontados, com medo do avião cair justamente por culpa das tantas horas que passariam lá dentro, já que teria bem mais tempo para dar algum problema e o avião cair. E o trio ASL ao mesmo tempo que estavam animados com a viagem, também estavam zombando de seus amigos medrosos.

Já dentro do avião, Nami, Usopp e Chopper estavam abraçados rezando para todas as divindades que conseguiam pensar no momento, morrendo de medo do avião despencar e terem de dar adeus repentinamente para seus amigos.

Bonney estava com o rosto apoiado no ombro de Kid resmungando alto, já que ela não poderia comer nada no momento, enquanto o ruivo se segurava para não estrangulá-la por estar atrapalhando sua conversa com Killer.

Brook cantarolava alguma música para tentar apartar mais uma das brigas totalmente aleatórias de Zoro e Sanji, que estavam começando a incomodar outros passageiros com suas vozes elevadas e eventuais tapas e chutes que davam um no outro.

Luffy estava um pouco triste por ter de se sentar longe de seus irmãos, mas também estava feliz por estar junto de Franky e de outro brasileiro com quem fez uma amizade instantânea. Ambos estavam conversando animadamente em português, e vira e mexe zoando o azulado, que não estava entendendo uma palavra do que eles diziam.

Law estava de olhos fechados, fazendo de tudo para tentar dormir, mas isso se tornava uma tarefa impossível por Ace não fechar a boca por um mísero segundo. Enquanto Marco apenas achava graça da raiva do amigo.

Robin, Koala e Sabo eram os mais quietos comparados aos seus amigos, apenas trocando algumas poucas palavras de vez em quando, e torcendo para que todos os outros ficassem quietos antes de serem chutados para fora do avião em pleno ar.

O avião chacoalhou um pouco quando levantou vôo, fazendo Usopp recolher e abraçar as próprias pernas enquanto choramingava de medo. Algumas crianças que estavam ao redor e o viram fazendo isso o acompanharam, começando a chorar também.

— Olha lá o que o imbecil fez! — Ace gritou, vendo as crianças ao redor desesperadas perguntando aos seus pais se o avião iria cair.

— Concerta isso, narigudo! — Nami ralhou, puxando a orelha do moreno.

— Er... Bem... — ele coçou a cabeça, sem ter muita ideia do que fazer. — Hm... Não se preocupem crianças! Se o avião ameaçar cair eu irei defender todos vocês! — gritou, para que todas as crianças chorando ouvissem, arrancando risadas de algumas pessoas.

— O que ele disse? — perguntou uma criança que estava sentada atrás do acento de Koala, com aproximadamente uns sete anos, que com toda certeza não entendia quase nada de inglês.

— Ignora, ele é louco — respondeu Sabo, enfiando o rosto entre o seu acento e o de sua noiva, fazendo a criança rir de sua fala.

— TRAL! O LUFFY GOSTA DE VOCÊ! — o garoto com quem o moreno estava conversando gritou, quando recebeu essa informação do mesmo.

— COMO?! — Ace deu um pulo e ameaçou se levantar de seu acento, sendo impedido por Marco.

— HEIN?! — Sabo, que antes estava fazendo gracinhas para aquela mesma criança rir, levantou seu rosto até estar no topo das costas do acento e também ameaçou se levantar.

— O que tem eu e o Luffy-ya?! — Law gritou a pergunta para o garoto, já que o de sardas parecia transtornado demais para respondê-lo.

— Não tem nada, oxi! — o rapaz com chapéu de palha respondeu, sem entender qual era o problema de gostar do tatuado, ele era um de seus melhores amigos, não seria o certo gostar dele?

— LUFFY, COMO ASSIM VOCÊ GOSTA DELE?! — questionou Ace, com uma expressão irada, quase rasgando seu acento com as unhas.

— Ele é meu melhor amigo, ué! — respondeu simples.

— ...Acho bom mesmo... — ele resmungou, se sentando novamente e olhando mortalmente para Law, que nem sequer tinha entendido o diálogo.

— QUEREM PARAR DE GRITAR?! EU QUERO DORMIR! — gritou Kid, que estava do outro lado do avião.

— AH, VAI A MERDA, CABELO DE MENSTRUAÇÃO! — Ace berrou, fazendo algumas pessoas rirem, e outras ficarem extremamente incomodadas.

— O QUE VOCÊ FALOU?! — Kid subiu seu rosto para o topo de seu acento, fazendo um expressão confusa quando viu umas oito pessoas rindo de si.

— Ele não falou nada não! — disse Sabo, que tinha seu acento um pouco perto do ruivo. — ACE, CALA A MERDA DA BOCA!

— VEM CALAR!

— AH, MAS VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER DITO ISSO!

— PEGA FOGO, CABARÉ! IIIIHHH! — gritou Luffy, fazendo ainda mais pessoas rirem.

— Senhores, por favor... — a aeromoça apareceu um pouco afrente de Kid e pediu gentilmente. — estão incomodando os outros passageiros, poderiam parar de gritar, por gentileza?

— Minha senhora... Você não conhece esse povo... — Bonney riu, e a chamou para mais perto. — tem nenhum salgadinho aí não?

— Os lanches serão entregues mais tarde, senhorita.

— Argh... Que saco... — ela se endireitou no acento, apoiando um pé no estofado.

— Poxa vida, a Bonney só queria um saguadin... — Sabo comentou para si mesmo, já que nenhuma das duas que estavam ao seu lado iriam entender.

— NÃO FOI TU QUE ME MANDOU CALAR A BOCA, SABO?! VAI FICAR FALANDO AÍ?!

— AH, VAI A MERDA, EU SUSSURREI PRA MIM MESMO!

— Senhores, senhores... Por favor! — disse a aeromoça, em um tom um tanto cansado.

— CARACA, A MULHER TÁ FAZENDO O TRABALHO DELA E VOCÊS VEM ENCHER O SACO! — berrou Luffy.

— VOCÊS QUEREM FICAR QUIETOS DE UMA VEZ?! — agora foi a vez de Zoro de gritar, que se exaltou um pouco e sem querer acertou seu cotovelo em Sanji.

— AH, SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA! QUAL O SEU PROBLEMA COMIGO, MARIMO?! — o loiro bravejou, empurrando o braço do esverdeado para longe de si.

— NÓS PODEMOS SER EXPULSOS SE FICARMOS GRITANDO! — Chopper praticamente ficou de pé em seu acento e berrou, para que todos os seus amigos escandalosos ouvissem.

Com a afirmação do mais novo todos se calaram, ficando assim por boa parte do vôo. Claro que com algumas briguinhas aqui e alí, e a única vez que voltaram a gritar foi quando o avião realizou escala em Buenos Aires, com reclamações sobre a demora para levantar vôo novamente e Luffy ameaçando entrar na cabine do piloto e pilotar o avião ele mesmo. Nada fora do esperado vindo deles.

Depois de muita espera, estresse, dores na coluna e cantoria desafinada, finalmente chegaram no Brasil, e era agora que a diversão dos irmãos iria começar.

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