Dia "tranquilo"

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Um dia inteiro dormindo feito pedras. Foi o necessário para que todos se recuperassem daquela noite.

Bom, todos exceto Luffy, que depois de cinco horinhas dormindo já estava mais do que energizado. Mas infelizmente, ele era o único assim, e graças as constantes ameaças que recebia de seus amigos, teve de passar um dia zanzando sozinho pela casa praticamente vazia durante esse tempo.

Mas em certo ponto, ele não aguentava mais tanto silêncio.

— ACORDA MEU POVO! — o rapaz com chapéu de palha gritou, batendo uma colher de pau em uma panela. — BORA QUE QUENGA NÃO DORME! QUENGA COCHILA! E VOCÊS JÁ TÃO QUASE EM COMA!

Ele passou gritando por cada cantinho da casa, tentando acordar o máximo de gente possível.

— Vai, Joséfa, me ajuda! — ele disse agarrando a galinha, que por algum motivo havia vindo com eles.

Luffy caminhou até a porta de algum quarto aleatório, que ele já tinha até esquecido de quem estava lá dentro, abrindo a porta e deixando a galinha lá.

— Acorda eles aí, tá? — ele se abaixou e fez um carinho na cabeça do animal, antes de sair do quarto e a deixar lá para no mínimo, incomodar quem estava lá dentro.

Ele retornou para a sala, colocando na televisão a música mais escandalosa que conhecia e deixando o volume no máximo, voltando a bater panela pela casa até que alguém saísse do quarto. E depois de muito barulho e ódio, finalmente alguém saiu.

— Por que... Tinha uma galinha em cima de mim...? — Luffy ouviu Chopper murmurando sonolentamente atrás dele, e quando se virou, encontrou o mais novo segurando Joséfa em seus braços como um recém-nascido, tendo uma expressão confusa e irritada em seu rosto.

— E não é que ela acordou alguém? — o rapaz com chapéu de palha disse se aproximando do menor, pegando o animal em seus braços e dando um leve empurrão com o cotovelo em Chopper. — Vai tomar café da manhã, a gente vai pro shopping daqui a pouco.

— Vamos...? Quem disse?

— Eu disse, ué. Quero comprar uns negócios — Luffy respondeu, colocando a galinha dentro do quarto novamente para que ela acordasse mais alguém.

E como havia aprendido nesses últimos dias que esteve ali que não deveria discutir com maluco, Chopper apenas fez o que lhe foi pedido e se encaminhou para a cozinha, aproveitando que era o único no cômodo antes do caos começar.

E depois de mais ou menos meia hora batendo panela e se esgoelando, finalmente, o rapaz conseguiu seu objetivo de acordar todos na casa, que se reuniram na cozinha na base do ódio para tomar o café da manhã raivosamente.

— Nós vamos no shopping, tá? — Luffy declarou enquanto servia na mesa um pote de biscoitos de nata. — Come isso aí, vocês vão amar.

— Pra que vamos pro shopping, Lu? — Ace perguntou, sem um pingo de paciência pelo jeito que foi acordado.

— Eu preciso comprar uma coisa.

— Que coisa?

— Uma coisa!

— Precisa ir todo mundo? — Law perguntou, colocando calmamente um terço da garrafa de café em um copo.

— Nah!

— Oh, Gott sei Dank (Ah, graças a deus) — o tatuado suspirou, pegando seu copo e caminhando de volta para seu quarto, apenas para não ter de ficar perto daquelas pessoas que poderiam iniciar o fim do mundo a qualquer momento, e se pá ainda enfiarem a porrada nos quatro cavaleiros do apocalipse apenas para montar nos cavalos deles.

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