Chapter 2

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                      1930, Geórgia

Terminei o meu trabalho na casa da Dona Elizabete e estava a caminho de casa, se à coisa que me apavora é andar sozinha à noite tenho medo de que alguma me aconteça ainda por cima à noite costumam andar bêbados pela rua, o meu pai passa-me a vida a avisar para eu ter cuidado, mas o pobre coitado trabalha dia e noite no campo e a minha mãe está sempre a trabalhar em casa.

Estava neste momento a virar na esquina com o meu vestido longo com alguns remendos e avistei um grupo de homens, na realidade eram só dois, mas comecei logo a tentar desviar, mas não valeu muito a pena porque logo eles se aproximaram.

- Que fazes a estas horas aqui sozinha menina? - um deles que estava nitidamente bêbedo perguntou. Ignorei e continuei a andar, mas o outro logo se colocou à minha frente.

- Agora estás com pressa? – ele perguntou-me, então eu empurrei-o e comecei a correr o máximo que conseguia, mesmo sendo difícil por causa do vestido.

Enquanto que eu corria eu olhava para trás e isso fez com que eu tropeçasse e quando me estava a levantar, eles alcançaram-me.

- Pensavas que ias fugir? – ele puxou-me o braço

- LARGAR-ME! – tentei gritar, mas quando estou com medo de que algo aconteça, parece que fico quase sem voz, não sei explicar!

O outro que estava a acompanhar o que o outro estava a fazer, tapou-me a boca e encostaram-me os dois à parede e começaram a tentar me beijar, e mesmo assim eu tentava-me soltar mesmo sendo inútil! Tentava virar a cara, mas era impossível eu não sabia o que fazer, eu estava com medo do que ele me fossem fazer.

Eles começaram a apalpar-me e eu continuava a tentar gritar! Um deles então rasgou-me a parte de baixo do vestido para o deixar mais curto e foi a minha oportunidade, quando ele se baixou eu dei-lhe um pontapé no meio das pernas, deixando-o no chão a berrar, então eu comecei a correr como se não houvesse amanhã, com uma mão no vestido e a outra a dar impulso na corrida! Mas como da última vez, tropecei enquanto olhava para trás, e eles voltaram a alcançar-me, mas nesse momento quando eu já estava a perder a esperança apareceu um homem de terno e gravata e aproximou-se de nós, os outros ficaram a olhar e juntaram-se a mim.

- Está tudo bem aqui? – o Homem perguntou enquanto ajustava a gravata preta

- Sim está tudo bem! – um dos homens respondeu enquanto o outro ainda me amarrava pelo braço.

- E a senhora está bem? – o homem perguntou-me, eu olhei para ele e abanei a cabeça de forma negativa. Um deles (o que estava mais próximo do homem) começou a explicar o porquê de eu ter dito que não.

- Ela é esposa o meu amigo que está ali - apontou para o homem que me estava a amarrar – Ela tem alguns problemas mentais e de vez em quando delira, mas não se preocupe nós vamos levá-la para casa!

O homem de terno olhou de forma desacreditada, mas os outros dois não se importaram e começaram a andar, o que ainda me amarrava estava agora com a mão no meu peito e eu novamente não sabia o que fazer, se o homem de terno não se apercebesse não sabia o que me poderia acontecer (quer dizer eu sabia). Quando já estávamos a passar perto do homem para ir embora, o homem empurrou o que me estava a amarrar e logo me puxou para perto dele, senti que agora eu estaria segura.

- Mas ouça lá o que pensa que está a fazer com a minha mulher? – o violador perguntou

O homem de terno, colocou a mão no ombro do violador e olhou-o nos olhos.

- O que aconteceu hoje não se voltará a repetir e o senhor irá pedir desculpa a menina e sair daqui direto para casa!

Parecia que o homem tinha um dom, quando ele tirou a mão do ombro do outro homem, ele veio até mim e pediu desculpa, e o homem de terno fez o mesmo ao outro e poucos segundos depois eles foram embora e só fiquei eu com o meu vestido rasgado e ainda apavorada com o homem que me salvou.

- Eles magoaram-na? – o homem perguntou-me, mas antes que eu respondesse ele interrompeu – Ah antes de mais o meu nome é Elijah.

- Só um pouco, mas se não fosse o senhor eu não sei o que teriam feito comigo – olhei para ele – Ah e meu nome é Stella...

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𝐔𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨𝐬𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora