Chapter 4

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                1930, Geórgia

O homem de terno pegou na minha mão e levou-a aos lábios apresentando-se como Elijah, eu baixei-me e também me apresentei. Ele começou a perguntar se os outros homens me tinham feito mal de outra forma de como já era notável, e eu apenas continuei a agradecer.

- Muito obrigado mesmo por me ter salvado – voltei a agradecer

- Um bom cavalheiro nunca deixa uma donzela em perigo – o homem riu, e eu também sorri – Além do mais acho que aqueles cavalheiros já aprenderam a lição!

- Cavalheiros? Se eles são cavalheiros você é o quê? – olhei indignada pela maneira de como ele chama aos pervertidos.

- Um vampiro com mais de um milénio – fiquei assustada, mas logo ele riu e eu fiz o mesmo.

- Já percebi que estou perante um homem bastante sarcástico! – encarei-o

- E eu já percebi que estou perante uma mulher muito bonita – ele encarou-me de volta.

Começou a passar várias imagens na minha cabeça de que talvez ele me tenha salvado, mas agora o que ele queria era não ter ninguém com me compartilhar de certar forma e fiquei meio que pé atrás, mas logo ele se desculpou.

- Peço desculpa não era para a assustar...

Olhei-o e disse que ele não me estava a assustar e apenas expliquei que acabei de viver uma situação traumática e que pouco depois já me estava um homem a elogiar! Olhei para o céu e reparei que já estava tarde pelo facto de a lua estar muito brilhante (o meu pai tinha-me ensinado a ter uma perceção das horas do dia através da lua ou do sol, mas no caso era da lua), tinha de ir para casa, os meus pais já deviam estar preocupados.

- Foi um prazer conhecê-lo Elijah – ele abriu um sorriso para mim e então eu terminei a minha frase – mas já está tarde e eu preciso de ir...

- Com toda a certeza, eu acompanho-a – ele mexeu-se um bocado para o lado deixando a minha frente livre, e depois fez um gesto no braço para que eu passasse – não sabemos se vai haver outros pervertidos como os de há pouco, e assim comigo a seu lado não vão vir falar consigo.

Senti-me protegida e constrangida pelo facto de um homem me acompanhar até casa, mas ele estava a ser tão gentil comigo, não iria recusar "proteção", ainda para mais ele tinha razão, alguém poderia voltar a aparecer... e hoje já me chegou o que aconteceu.

Estávamos a andar pelas ruas com muita pouca iluminação, e estávamos os dois em silêncio, um silêncio bastante constrangedor, e que por sinal eu odeio o silêncio quando tenho alguém perto de mim, então numa tentativa de quebrar o silêncio fiz-lhe a pergunta mais obvia de sempre.

- Você vive aqui por perto? – ele olhou-me e depois começou a olhar para a lua...

- Sim, vivo por aí... - ri da resposta supervácua – de que se ri a senhorita?

Era estranho ele me chamar de senhorita, já deu para perceber que ele é nobre e muito bem-educado, mas normalmente só me trata por senhorita por vezes amigos dos meus pais que passam por mim na rua e me reconhecem, e aqueles que têm menos confiança é que usam o termo senhorita fora isso mais ninguém.

- Por favor, trata-me por Stella – digo e então ele foca-se em mim...

- Com certeza senhorita Stella – ele deu um sorriso e depois fez meio que uma vénia como se eu fosse da realeza – peço desculpa Stella – ri com o facto de ele ter feito uma vénia...

Entretanto tinha chegado à entrada de minha casa, pude ver que a minha mãe estava à janela provavelmente preocupada pelo facto de já ser bastante tarde, e ela mal me viu com o Elijah arregalou-me os olhos. Então eu aproveitei para me despedir do Elijah.

- Muito obrigado, mais uma vez pelo que fez por mim hoje não me irei esquecer – ele pegou na minha mão

- Não precisa agradecer Stella, o que fiz por si faria por qualquer outra pessoa – ele reparou na minha mãe a olhar pela janela, levou a minha mão aos seus lábios – foi um prazer conhecê-la ...

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Novo capitulo quarta-feira bjs 🦋

𝐔𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫𝐨𝐬𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora