Cap. 27: Melancolia.

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[...]

[Capítulo narrado ainda por Leonardo]

Me encontrei com o Morgan no dia seguinte no tal café, para a infelicidade dele, estava um dia ensolarado, mesmo sendo raro em Londres. Quase nem o reconheci, estava com um casaco preto, chapéu e óculos de sol, entrou no café e tirou o acessório da cabeça e sentou na mesa onde eu estava. Ele, perguntou:

- O quê foi? Está um dia horrivelmente ensolarado, isso me deixa muito mal humorado.

- Eu só quase não te reconheci, com toda essa roupa. - Falei.

Ele tirou os óculos e seus olhos estavam vermelhos brilhantes, inchados e irritados com a luz. Depois, colocou de volta.

- É por isso que não irei tirar os óculos, a menos que queira causar tumulto aqui no meio de tanta gente. A luz irrita os olhos, não consigo controlar quando isso acontece em mantê-los sem brilhar. - Disse em um tom, mal humorado.

- Então... Terá um dia que todos estarão em uma reunião, será o melhor momento para entrar e salvar a Kat e a minha irmã. - Falei.

- Isso parece bom. Mas como entramos? - Perguntou.

- Fica no subsolo... O prédio em cima é tudo faixada. Problema é que não vou poder usar minha biometria para entrar, se não vão saber que estou no prédio. - Expliquei.

- Mas então, se é para todos estarem nessa tal reunião, você também não deveria estar? - Questionou, ele.

- Aí que está porque não podem saber que estou lá, é para mim estar numa missão.

Conversamos, tomei um café com leite, Rydian pediu um café puro, mas mal tocou ou bebeu. Acho que pediu mais para disfarçar que estávamos ali, há bastante tempo. A garçonete não tirava os olhos dele, ele deve ter notado, porque fez uma cara que a fez ficar sem graça e sair dali. Um cliente reclamou que estava muito calor dentro do estabelecimento, o que fez uma das atendentes do balcão abrir duas janelas e uma bateu a luz do sol bem de frente no Morgan.

- AHHH! QUE DROGA! - Exclamou ele, colocando o chapéu e se levantou.

"Chamas" bem suaves saíram da pele dele que entrou em contato com a luz, o que fez o vampiro ficar muito irritado e ir embora. É sempre engraçado ver um vampiro saindo em plena luz do dia, ainda mais em um dia ensolarado como estava. Combinamos de nos encontrar em frente ao prédio, à noite. Enquanto todos estavam na reunião com o meu pai. Esperei o Morgan atrás de uma moita, vendo os seguranças de prontidão. Foi quando, levei um susto. Um vampiro apareceu bem atrás de mim com os olhos vermelhos brilhantes, nem tinha sentido a presença dele. Olhei na cara e era o Morgan.

- Oh, te assustei? - Debochou.

- Precisava aparecer tão repentinamente assim?! - Exclamei.

- Hahaha, e perder essa sua reação? Nem pensar. Mas, enfim, vamos logo entrar naquele lugar. - Falou.

- Está cheio de seguranças!!! Nunca vamos conseguir entrar assim, sem falar do sistema de segurança de última geração. - Expliquei.

- Não é só passar por cima deles? - Falou, ironicamente.

- Ei! Sem matar ninguém!!! - Falei.

- Só estava brincando. Tenho uma ideia. Mas, temos que ser rápidos.

Do nada, o Morgan desapareceu e eu só ouvia a voz dele. Até ele me beliscar e reaparecer.

- Mas o quê você fez?! - Questionei.

- Fiquei invisível, ora. - Respondeu.

- Tem mais alguma habilidade oculta? (-_-) - Perguntei.

- Ah, garoto. Quantos anos você acha que eu tenho?! Eu tenho 600 anos. - Disse, irritado.

- Quê?! Você tem tudo isso?! - Perguntei, surpreso.

- Tenho, mas isso não importa agora. Me dá sua mão. - Disse, friamente.

- Minha mão?! Para quê?! - Questionei.

- Dá logo, seu idiota. Já estou perdendo a paciência. - Falou, irritado.

Envergonhado e com raiva, dei minha mão para ele. A mão dele era áspera e fria, me deu um arrepio ruim. "Isso é pela Kat... Isso é pela Kat...", fiquei falando para mim mesmo. Então, de repente, eu desapareci junto com o Morgan.

- O que você fez?! - Perguntei.

- Não é óbvio?! Transferi um pouco da minha habilidade para você, mas não consigo manter por muito tempo. Temos que andar logo com isso. - Falou.

Como um raio, ele saiu voando e me puxando pelo braço, passamos pelos seguranças e por um momento, paramos. Rydian estava ofegante, era até bizarro ver uma cena assim. Até onde eu saiba, vampiros nunca se cansam, isso não fazia sentido algum.

- Está bem? - Perguntei.

- Estou. Não é nada. - Respondeu, friamente.

Chegamos na porta do elevador, eu ia apertar o botão quando Rydian me impediu. No mesmo instante, ele usando sua força abriu as portas como uma lata de refrigerante. O elevador estava acima de nós e tinha um túnel fundo e escuro que dava há vários andares abaixo no subsolo do prédio.

- Vamos. - Disse.

- Ir onde?! Tá doido?! Se esse elevador descer a gente vira lata amassada! - Falei.

- Você se preocupa demais. - Retrucou.

Antes que eu pudesse responder, ele me puxou pelo braço e caímos no buraco, achei que eu fosse morrer naquele momento. Antes de dar de cara no chão, ele me segurou e me largou no chão.

- Viu, só? Moleza. - Zombou.

- Quando se é imortal, né... - Falei.

Ele abriu as portas, estava tudo em silêncio por conta da reunião.

- Você liberta a sua irmã, eu salvo a Kat. - Falou, Rydian.

- Não deveríamos nos separar! A reunião pode acabar a qualquer momento! - Exclamei.

- Por isso mesmo, não há tempo a perder. - Desapareceu.

Aquele cara é muito teimoso, mas sem escolha fui onde minha irmã estava. Ela se encontrava inconsciente, soltei-a e coloquei-a apoiada em meus ombros, quando fui atingido pelas costas... Era um dardo tranquilizante?! Adormeci e caí no chão... Rydian... Mana... Kat...?

Contínua no Capítulo 28.

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Mas que tensão! Será que eles conseguirão sair do QG dos caçadores?! E a Katherine, como será que ela está?! Continue lendo para descobrir! ☆

Crônicas de KatherineOnde histórias criam vida. Descubra agora