Cap. 17: Inimigos.

41 13 24
                                    

[...]

Rydian havia ido atrás do Leo!!! Tentei chegar rápido na sala onde os dois estavam, mas quando cheguei, vi que o Rydy estava inconsciente e o Leo sentado no sofá. Eu perguntei para ele:

- Mas o que houve, Leo?!

- Ele me atacou, quando tentou me morder injetei uma seringa com verbena nele. Isso o fez ficar inconsciente, mas você sabe, eu queria ter feito outra coisa. Só não fiz nada agressivo por você. - Leo respondeu.

Eu senti um alívio ao ouvir as palavras saírem de seus lábios, entretanto, algo ainda me incomodava. Leo me ajudou a colocar o Rydy no sofá deitado e, foi comigo até o meu quarto. Mostrei minhas coleções de livros literários e mangás para ele, eu estava muito feliz por aquele jovem rapaz lindo estar ali comigo. Leo me convidou para ir até a biblioteca no dia seguinte, mas seria bem arriscado de qualquer forma. Estávamos resolvendo o que poderíamos fazer, se iríamos continuar nos encontrando em segredo e fingindo que não falávamos mais um com o outro. Não é certo fazer isso, no entanto, dada a situação não tínhamos outra escolha naquele momento. Ele me perguntou mais algumas coisas sobre mim, depois eu curiosa, disse:

- Leo... Não sabia que você era tão habilidoso, você disse que passou por treinamentos... Mas eu não imaginava que fosse nesse nível.

- Kat... Eu venho de uma família muito tradicional, o treinamento começa aos 5 anos de idade. Não é uma escolha ou opção, todos os Stoker tem que serem caçadores de vampiros. Essa é a tradição passada de geração para geração na minha família, mas se eu pudesse escolher... Eu seria outra coisa. - Ele disse cabisbaixo.

- Poxa, Leo... Sinto muito, não imaginava que era tão rígido assim. Eu também venho de uma família bem tradicional... Minha mãe era vampira e o meu pai humano, quando eu nasci, eles foram deveras perseguidos na Europa. O motivo? Eu existir. O CMV (Conselho Mundial dos Vampiros), não aprova o nascimento de híbridos como eu, por isso meus pais foram assassinados. A minha tia me acolheu, nos mudamos frequentemente e essa é uma das razões. Minha tia até os dias de hoje, tenta conseguir minha "legalidade" e o direito a "vida." - Eu expliquei, triste.

- Kat... Que complicado, eu não fazia ideia. - Leo disse e logo, abraçou-me.

Prendi a respiração - para não sentir o cheiro dele, - abracei-o e então beijei sua testa. Eu agradeci pelo seu apoio, não havia contado isso para ninguém até hoje. Acho incrível como eu consigo abrir-me tão bem com o Leo, eu confio plenamente nele. O jovem de olhos azuis e cabelos loiros, ficou muito vermelho e com vergonha, depois que beijei-o na testa. O Stoker era uma pessoa que aos poucos, ficava cada vez mais interessante no aspecto de conhecê-lo melhor e, em como estávamos inseridos em duas realidades totalmente opostas. Eu, sendo uma meia vampira vindo de uma família de vampiros bem antiga e ele sendo um caçador de vampiros, também com uma família tradicional. Mesmo sendo opostos um ao outro, eu sentia uma forte ligação com o Leo. Acho que ele deve sentir o mesmo, espero um dia saber dos sentimentos dele.

Leo me perguntou sobre alguns hábitos meus, como: quando eu durmo, me alimento, uso meus poderes e esse tipo de coisa. Ele é bem curioso com relação a tudo isso, chega a ser irônico vindo de um caçador de vampiros. O Stoker também têm 16 anos de idade, mas parece ser bem mais velho mentalmente. Mostrei a ele meus jogos favoritos e jogamos juntos por um tempo.

- Kat, tudo o que eu aprendi em todos esses anos está errado...? Nós estamos errados quanto aos vampiros desde muito tempo atrás...? - Leo questionou-me, extremamente cabisbaixo e triste.

- Leo, olha... Eu não diria "errados", para mim está mais para algo do tipo: "incompreendidos." Claro que ao longo da história, os vampiros fizeram sim muitas coisas ruins, mas hoje em dia as coisas não são mais dessa forma. Os mais velhos prendem-se as tradições, no entanto, no dias atuais ninguém quase é assim. Eu sou um exemplo disso, vivemos em paz entre os humanos fazendo o máximo para não sermos descobertos e causar problemas. Entretanto, há os caçadores que nos caçam sem ao menos saber dessas coisas, não se importam. Claro que isso não aplica-se à você. - Eu expliquei, novamente.

Leo deu um sorriso para mim, fiquei muito feliz com aquela sua expressão. Infelizmente já estava ficando tarde e minha tia poderia aparecer do trabalho há qualquer momento, por isso o Stoker pegou suas coisas na sala, despediu-se de mim e foi para a sua casa. Fiquei com medo dos pais dele novamente o reprimirem, e ou mandarem-no de volta para aquele lugar. Por que tinha que ser tão difícil ficarmos juntos como amigos?! E daí se somos de realidades totalmente opostas?! Dane-se!!! Nós vamos dar um jeito, sei que vamos. Naquele momento, Rydy havia acordado e estava bufando de raiva totalmente tonto ainda com o efeito da verbena. Eu o segurei para não cair no chão e tentei conversar com ele, mas ele continuava insistindo em matar o Leo. Como se as coisas já não estivessem boas o suficiente, minha tia chegou em casa e viu a cena. Perguntou o que havia acontecido. O que vai acontecer agora?!

Contínua no Capítulo 18.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

☆ Se está gostando da história, não se esqueça de votar e de me seguir! Isso me motiva muito a continuar inspirada a escrever! Muitas coisas ainda estão por vir! ☆

Crônicas de KatherineOnde histórias criam vida. Descubra agora