Cap. 30: Fuga.

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[...]

[Capítulo ainda narrado por Leonardo.]

Mas que droga! Como vamos sair dessa cela?! Já estou ficando irritado com esse lugar, quero nunca mais vir aqui! O Morgan me encarou e disse:

- Para de resmungar e pensa em como saímos daqui.

- Eu tô tentando! - Respondi, irritado.

- O pai é seu, pense em alguma coisa. Deve ter uma maneira de sairmos daqui logo e salvar a Katherine! - Exclamou, Rydian.

Foi então, que me passou uma ideia pela cabeça... Era idiota, mas acho que funcionaria. Antes que eu falasse a ideia para o Morgan, olhei-o e ele estava inquieto, andando para lá e para cá, com a ferida da flecha ainda curando lentamente.

- O que está olhando? - Perguntou.

- Não é... nada. - Falei sem jeito.

- Sua mente está uma confusão, hein. - Falou, ironicamente.

- Ei! Quer sair da minha mente?! Isso já tá me deixando louco!!! - Exclamei.

- Sua ideia é bem idiota. - Deu risadas.

- Não vi você ter nenhuma outra melhor. - Retruquei.

- Na verdade, eu tenho uma parecida com a sua ideia. - Falou.

- Então, fala logo! - Disse, irritado.

- Você quer saber o que eu vi, não quer? Das suas lembranças. - Falou, sério.

- Não é hora para isso! Por mais que eu esteja curioso em saber. - Retruquei.

- Vou ser direto, para sairmos daqui e salvar a Katherine e a sua irmã, precisamos trabalhar juntos ou não vamos chegar à lugar nenhum. - Explicou.

- É... Você está certo. - Concordei com desgosto.

Rydian se sentou no chão e respirou fundo. Fez um sinal para mim sentar também, senti um clima estranho, o que ele está pretendendo?! Sentei um pouco afastado, mas de frente para ele.

- Meu nome é Rydian Morgan, sou um vampiro puro sangue da linhagem do vampiro original. Tenho 627 anos e morri quando tinha 17 anos. - Falou olhando para mim, levei um susto.

- Hein?! O que você tá fazendo?! - Perguntei.

- Me apresentando formalmente, acho que você não sabe muito sobre mim. Se formos trabalhar juntos, precisamos aprender sobre um ao outro, não acha? - Disse, neutro.

- Tá bem... Mas isso é estranho. - Falei.

- Sua vez. - Falou.

- Então, tá, né... Meu nome é Leonardo Stoker, filho de uma tradicional família de caçadores de vampiros... Tenho uma irmã mais velha que pensei que estava morta, tenho 16 anos. - Falei, sem jeito.

- Kkkkkkk. - Rydian soltou uma risada sem ironia, sorrindo.

- Hã? Por que está rindo? - Questionei.

- Nunca imaginei que essa cena poderia ser possível, por isso é engraçado. - Explicou.

- Agora eu tô curioso, você já foi humano?! - Acabei perguntando.

- Já fui. Mas eu não me lembro quase nada dessa época, quando você vive tanto tempo as lembranças ficam confusas. Mas sim, eu morri quando eu tinha 17 anos e nunca mais envelheci desde então. - Respondeu.

- Você é mesmo velho, hein... - Acabei rindo.

- E você é uma criança ainda. - Debochou.

- Haha... que engraçado, hein. - Falei ironicamente.

- Você me lembrou eu mesmo do passado. - Rydian falou.

- Quê?! - Questionei.

- Quando vi suas memórias, você e sua irmã, me fez lembrar de como era viver com o meu irmão mais velho. Eu quero falar com a sua irmã quando sairmos daqui. - Falou, seriamente.

- Minha irmã?! Por quê?! - Perguntei.

- Eu acredito que as coisas não foram como achamos que foram naquela noite... A noite que meu irmão foi morto e supostamente a sua irmã também. - Respondeu.

- Você acha que têm algo à mais? - Perguntei.

- Tenho certeza agora. Depois de ver suas lembranças. - Falou.

- Ah, cara... desencana das minhas memórias, isso é estranho. - Retruquei.

- Veja pelo lado bom, não quero mais matar você. - Deu risada e um sorriso maléfico.

- Que ótimo... - Falei sem saber o que dizer.

- Você tem Verbena aí no seu cinto, não têm? - Perguntou.

- Tenho, acho que alguns frascos com ela líquida. Por quê? - Retruquei.

- Para parecer que você me matou e assim conseguir dar um jeito no seu pai quando ele aparecer aqui, preciso beber um pouco de Verbena... tsc, odeio esse plano. - Explicou.

- Mas isso dá certo, mesmo?! - Questionei.

- Já vi fazerem. - Falou.

- É a mesma coisa?! - Perguntei.

- Não. - Disse.

- Mas então- Ele me interrompeu.

- Vamos logo com isso. E preciso fingir que estou com a flecha ainda. - Falou.

Era uma ideia parecida com que a que eu tinha tido, mas agora era para valer... Dei para ele a Verbena que eu tinha e bebeu, fez uma cara horrível dizendo que parecia que estava bebendo ácido. Não duvido que parecia isso, a pele dele começou a ficar mais pálida e uma aparência de morte começou a surgir nele. Até que ele parou de se mover, disse que era temporário, mas aquilo parecia bem real na minha opinião. Já estava amanhecendo e ouvi a tranca da porta mexer, deve ser o meu pai! Bem à tempo! Será que esse plano vai funcionar?! Katherine, Ashley... Esperem por nós!

Contínua no Capítulo 31.

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