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[Capítulo ainda narrado por Leonardo.]
Mas que droga! Como vamos sair dessa cela?! Já estou ficando irritado com esse lugar, quero nunca mais vir aqui! O Morgan me encarou e disse:
- Para de resmungar e pensa em como saímos daqui.
- Eu tô tentando! - Respondi, irritado.
- O pai é seu, pense em alguma coisa. Deve ter uma maneira de sairmos daqui logo e salvar a Katherine! - Exclamou, Rydian.
Foi então, que me passou uma ideia pela cabeça... Era idiota, mas acho que funcionaria. Antes que eu falasse a ideia para o Morgan, olhei-o e ele estava inquieto, andando para lá e para cá, com a ferida da flecha ainda curando lentamente.
- O que está olhando? - Perguntou.
- Não é... nada. - Falei sem jeito.
- Sua mente está uma confusão, hein. - Falou, ironicamente.
- Ei! Quer sair da minha mente?! Isso já tá me deixando louco!!! - Exclamei.
- Sua ideia é bem idiota. - Deu risadas.
- Não vi você ter nenhuma outra melhor. - Retruquei.
- Na verdade, eu tenho uma parecida com a sua ideia. - Falou.
- Então, fala logo! - Disse, irritado.
- Você quer saber o que eu vi, não quer? Das suas lembranças. - Falou, sério.
- Não é hora para isso! Por mais que eu esteja curioso em saber. - Retruquei.
- Vou ser direto, para sairmos daqui e salvar a Katherine e a sua irmã, precisamos trabalhar juntos ou não vamos chegar à lugar nenhum. - Explicou.
- É... Você está certo. - Concordei com desgosto.
Rydian se sentou no chão e respirou fundo. Fez um sinal para mim sentar também, senti um clima estranho, o que ele está pretendendo?! Sentei um pouco afastado, mas de frente para ele.
- Meu nome é Rydian Morgan, sou um vampiro puro sangue da linhagem do vampiro original. Tenho 627 anos e morri quando tinha 17 anos. - Falou olhando para mim, levei um susto.
- Hein?! O que você tá fazendo?! - Perguntei.
- Me apresentando formalmente, acho que você não sabe muito sobre mim. Se formos trabalhar juntos, precisamos aprender sobre um ao outro, não acha? - Disse, neutro.
- Tá bem... Mas isso é estranho. - Falei.
- Sua vez. - Falou.
- Então, tá, né... Meu nome é Leonardo Stoker, filho de uma tradicional família de caçadores de vampiros... Tenho uma irmã mais velha que pensei que estava morta, tenho 16 anos. - Falei, sem jeito.
- Kkkkkkk. - Rydian soltou uma risada sem ironia, sorrindo.
- Hã? Por que está rindo? - Questionei.
- Nunca imaginei que essa cena poderia ser possível, por isso é engraçado. - Explicou.
- Agora eu tô curioso, você já foi humano?! - Acabei perguntando.
- Já fui. Mas eu não me lembro quase nada dessa época, quando você vive tanto tempo as lembranças ficam confusas. Mas sim, eu morri quando eu tinha 17 anos e nunca mais envelheci desde então. - Respondeu.
- Você é mesmo velho, hein... - Acabei rindo.
- E você é uma criança ainda. - Debochou.
- Haha... que engraçado, hein. - Falei ironicamente.
- Você me lembrou eu mesmo do passado. - Rydian falou.
- Quê?! - Questionei.
- Quando vi suas memórias, você e sua irmã, me fez lembrar de como era viver com o meu irmão mais velho. Eu quero falar com a sua irmã quando sairmos daqui. - Falou, seriamente.
- Minha irmã?! Por quê?! - Perguntei.
- Eu acredito que as coisas não foram como achamos que foram naquela noite... A noite que meu irmão foi morto e supostamente a sua irmã também. - Respondeu.
- Você acha que têm algo à mais? - Perguntei.
- Tenho certeza agora. Depois de ver suas lembranças. - Falou.
- Ah, cara... desencana das minhas memórias, isso é estranho. - Retruquei.
- Veja pelo lado bom, não quero mais matar você. - Deu risada e um sorriso maléfico.
- Que ótimo... - Falei sem saber o que dizer.
- Você tem Verbena aí no seu cinto, não têm? - Perguntou.
- Tenho, acho que alguns frascos com ela líquida. Por quê? - Retruquei.
- Para parecer que você me matou e assim conseguir dar um jeito no seu pai quando ele aparecer aqui, preciso beber um pouco de Verbena... tsc, odeio esse plano. - Explicou.
- Mas isso dá certo, mesmo?! - Questionei.
- Já vi fazerem. - Falou.
- É a mesma coisa?! - Perguntei.
- Não. - Disse.
- Mas então- Ele me interrompeu.
- Vamos logo com isso. E preciso fingir que estou com a flecha ainda. - Falou.
Era uma ideia parecida com que a que eu tinha tido, mas agora era para valer... Dei para ele a Verbena que eu tinha e bebeu, fez uma cara horrível dizendo que parecia que estava bebendo ácido. Não duvido que parecia isso, a pele dele começou a ficar mais pálida e uma aparência de morte começou a surgir nele. Até que ele parou de se mover, disse que era temporário, mas aquilo parecia bem real na minha opinião. Já estava amanhecendo e ouvi a tranca da porta mexer, deve ser o meu pai! Bem à tempo! Será que esse plano vai funcionar?! Katherine, Ashley... Esperem por nós!
Contínua no Capítulo 31.
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Crônicas de Katherine
VampireKatherine Cullen é uma adolescente dividida entre dois mundos - humana e vampira. Enquanto luta para controlar sua sede de sangue, ela também precisa lidar com sentimentos intensos por Leonardo, seu primeiro amigo e talvez seu primeiro amor. Marcada...