Crônicas de Katherine

Cap. 1: E tudo começou...

Lá estava eu tão sem ânimo, novamente minha "maravilhosa" tia havia tido a ideia de nos mudarmos outra vez. Os adultos têm a péssima mania de esquecer, o quanto é difícil se adaptar em novos colégios e fazer novas amizades - não que eu seja a garota mais popular ou sociável do mundo. - Ah, eu esqueci de me apresentar, sou Katherine Cullen e sou uma meia vampira.
Irei contar minhas histórias, entretanto, é preciso manter segredo sobre o que eu sou. Quando cheguei em minha nova casa, logo me deparei com olhares estranhos dos vizinhos, tudo bem, somos de família rica, mas o motivo de tantos olhares me deixava inquieta e desconfortável.

Logo, me vi no meu novo quarto e comecei a arrumar as minhas coisas nas quais estavam empacotadas. Tive a "brilhante ideia" de olhar pela janela suja e grande de meu quarto, quando olhei, um olhar pior do que os outros entrou freneticamente em meus olhos e eu quase tive um enfarte. Com um súbito ataque de raiva e angústia depois de me deparar com aquilo, fechei rapidamente a cortina para tampar aquela visão perigosa. Após respirar por um bom tempo, vi-me a refletir sobre o terrível ocorrido: tenho um grande problema com olhares, porque de certa forma é uma fobia que possuo desde pequena, por eu ser "diferente."

─ Não, não, relaxe Katherine. ─ Indaguei para mim mesma, tentando me acalmar.

Finalmente estava calma e séria, então me lembrei de algo, aquele olhar era de um garoto! Será por isso que fiquei tão desconfortável daquele jeito?! Eu nunca havia me sentido desta forma antes. Agora a questão era: "Por que ele me olhou daquela forma? Ou será só coisa da minha cabeça?", estas perguntas inundaram minha mente e quando me dei conta, já era a hora do jantar e minha tia estava a chamar-me.

O jantar não foi muito interessante, como sempre a mesma chatice: minha tia me dando uma palestra ─ que eu já sei de cor a propósito, ─ sobre esconder seu segredo dos humanos e nunca jamais usar seus poderes na presença de um, claro que há a parte de controlar-se para não morder ninguém. É tão difícil ser uma meia vampira adolescente, tenho 16 anos e estou no 11° ano da escola, mas começar no colégio novo e me adaptar, está aí um belo de um desafio. Depois do jantar, fiz algo muito idiota e incrédulo: resolvi olhar novamente pela janela. Idiota? Estranha? Sim, sou muito idiota e estranha, mas sabe, faz parte de minha personalidade e sou muito curiosa.

O que aconteceu? Simples, desta vez estava lá o jovem garoto, porém, era diferente da vez anterior. Parece que ele não me viu e por isso, estava agindo normalmente em seu quarto, inquieto e lendo um livro. Fiquei um pouco aliviada de não ter de encarar outro olhar tão desconfortável, como se eu fosse uma aberração, afinal é o que sinto. Enfim, fiquei intrigada com aquele garoto e a adrenalina em meu corpo subiu, senti meus cabelos longos ruivos se moverem com a inquietação que repentinamente me pegou.

Deve ser alguma reação da adolescência, mas sinto que também é culpa da curiosidade que eu estava tendo, nunca fiquei tão curiosa para saber quem era uma pessoa. Resolvi não comentar nada disso com a minha tia por agora, não me sinto confortável o suficiente para falar sobre isso com ela. Já estava tarde, tomei a decisão de deitar-me em minha cama e chamei o meu gato de estimação, que toda noite dormia comigo e era meu companheiro. Ele era um gato preto e muito preguiçoso, só gosta de dormir comigo por minha cama ser mais confortável do que outros lugares ─ creio eu pelo menos, ─ mas, lá no fundo eu gosto muito do meu gato. Acabei dormindo rapidamente e tive um sonho com o garoto e a janela.

No dia seguinte, escovei meus dentes ─ sim, dentes, as presas dilatam ─ após isso me arrumei e desci até a cozinha que, estava repleta de comidas vampíricas de minha tia, a campainha tocou e como eu estava em pé, resolvi abrir a porta. Vejo um lindo rosto, olhos verdes claros, cabelos loiros e um bonito sorriso no rosto. Era o garoto de antes...

Contínua no Capítulo 2.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

☆ Primeiro capítulo do livro, espero que tenha gostado caro leitor, por favor comente e diga o que achou desta introdução; preciso saber se vale a pena continuar escrevendo os capítulos. Obrigada por ler! Me siga! ☆