Cap. 4: Sede de Sangue.

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[...]

Foi então que eu saí correndo dali muito rápido antes que, acabasse fazendo algo que me arrependeria depois - morder o Leo, - eu nunca me perdoaria se fizesse isso. Eu estava tão desesperada que, acabei correndo com minha velocidade sobre-humana e cheguei logo em casa. Minha tia não estava e eu fui "atacar" a geladeira, pois minha sede estava muito descontrolada. Quando finalmente me acalmei e bebi algumas bolsas de sangue; comecei a raciocinar de novo e consequentemente, me lembrar que larguei o Leo sozinho e sangrando.

Eu vi ele chegando na sua casa ao lado, e fiquei com muito medo de tê-lo deixado bravo ou chateado comigo. Afinal, a esta altura do campeonato, nós já éramos praticamente amigos e não se faz isso com os amigos. Por mais que eu tenha feito isso para protegê-lo, eu não ia poder contar a verdade e então, ele nunca saberia que fiz isso para o bem dele, veria ao contrário na verdade; uma falta de respeito e educação com seu amigo. Me sinto muito mal por ter feito isso, mas eu não tive escolha! Vou esperar um tempo e tentar me desculpar com ele.

Quando me deparei, estava no meu quarto a chorar. Não, não. Nem sabia ao certo porque estava chorando, por isso nem vou tentar explicar. Foi então que a campainha tocou, me acalmei, limpei o rosto e fui ver quem era. Olha que legal, para minha surpresa era o Leo.

- Você está bem? Você saiu correndo. - Ele me questionou. -

- Estou sim, só lembrei que tinha que fazer uma coisa... Me desculpa por ter saído daquele jeito. - Eu respondi. -

Por incrível que pareça, seu semblante estava normal e nem um pouco com raiva ou mágoa. Esse garoto é mesmo um mistério, ainda não sei muita coisa sobre ele, no entanto, sempre parece querer me ver ou conversar comigo. Foi naquele fim de tarde que, descobri que eu iria começar na mesma turma que o Leo; por algum motivo eu gostei e desgostei da notícia, mas qual a razão, será? Esse indivíduo deixa minha cabeça confusa! Ele aceitou minhas desculpas e voltou para a casa dele, senti cheiro de sangue ainda; provavelmente ainda não tinha cuidado de seu ferimento.

Eu nunca na minha vida, tinha tido tanta sede de sangue. O cheiro do sangue dele me deixa em êxtase, como se suprimisse cada pensamento racional meu e só me deixasse com o instinto de beber seu sangue sem pensar nas consequências de meus atos. Minha tia chegou em casa e logo notou que a geladeira estava mais vazia do que quando ela saiu, logo, veio me perguntar o que tinha acontecido. Eu expliquei a situação e a resposta dela? Era para me afastar daquele garoto, pois ele ainda seria um "gatilho" para mim caso eu perdesse o controle e revelasse o meu segredo sem querer. Eu fiquei tão triste e frustrada... Será que conseguirei me distanciar dele?

Eis a questão... O garoto é seu vizinho e você vai estudar no mesmo lugar que ele, tem como não ficar afastado? É bem complicada esta situação, nunca imaginei que seria um problema isso. Era de noite e eu precisava pensar um pouco, resolvi sair para "voar" um pouco. Há muito tempo eu não fazia isso e admito que sinto muita falta de usar os meus poderes. Claro que fiz isso em um horário bem tarde e escuro, para que ninguém me veja voando por aí.

Fiquei o tempo inteiro pensando sobre o que tinha ocorrido, entretanto; percebi que eu deveria treinar mais meu autocontrole, afinal, é melhor eu treinar para diminuir as chances de eu perder o controle. Ser adolescente é tão problemático... Na segunda de manhã eu vou começar na escola nova oficialmente, o que será que me aguarda?

Contínua no Capítulo 5.

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Crônicas de KatherineOnde histórias criam vida. Descubra agora