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Chegamos na sala do diretor, me choquei com a visão que eu tive. O diretor da escola nada mais era, do que o pai do Leo. Fiquei extremamente em espanto, era a mesma figura séria de olhos penetrantes e que me encararam na casa vizinha a minha. Pensando bem, fazia sentido, o Leo não era só popular por ser bonito e inteligente, isso também tinha relação com ele ser o filho do diretor. Ouvimos uma voz bem oradora e com ótima entonação:
- Alunos do 11° ano, poderiam me explicar como o chão acabou molhado e a professora Smith caiu? Já pensaram em como isso foi perigoso? Irei dar uma chance para o culpado se manifestar, se isso não ocorrer todos ficarão de detenção depois da aula com lições extras e os pais convocados. - Disse seriamente, o diretor Stoker.
Ninguém se manifestou, foi então que o Leo resolveu tomar a palavra. Disse que havia sido a Agnes e companhia, em uma tentativa de zoação comigo. O gerente educador perguntou isso para as garotas em questão e, para não ficar "feio" admitiram ter feito isso como uma tentativa de brincadeira. Agnes, Kara e Maddy, ficaram na detenção depois das aulas. Eu fiquei muito feliz por ter sido defendida pelo Leo, era tão bom estar com ele e mesmo que não tenhamos nos conhecido da melhor maneira possível, acabamos virando bons amigos. Não, eu considero no momento o Leo como meu primeiro melhor amigo, é sempre maravilhoso tê-lo ao meu lado. Estou me acostumando a estar perto dele, seu cheiro já não me afeta tanto como antes. No entanto, ainda preciso sempre tomar cuidado e nunca - jamais, - fazer mal a ele.
Ao final do dia, fui agradecer o Leo por ter me defendido. Ele não parecia muito feliz, mas mesmo assim sorriu para mim. Depois que eu notei, a sala do diretor não era uma sala muito "normal", era muito parecida com a residência dos Stoker, toda elegante e com aquele mesmo sentimento que eu senti impregnado nos móveis. Não só isso, haviam quadros bem estranhos que pareciam ser medievais e que, continham uma pintura bem implícita em relação as caçadas aos vampiros no século XVIII (vulgo, 18); aquilo me deu arrepios. Por que um diretor teria quadros como esse em sua sala? A menos que ele seja uma daquelas pessoas que gostam de História, mas mesmo assim... Era estranho e misterioso, ao mesmo tempo. Percebi que desde o acontecimento na sala, Leo se fechou emocionalmente, acho que deve haver algo na relação dele com o pai que o deixa assim. Um dia quem sabe, ele se sinta à vontade para me contar.
Eu me despedi do Leo e fui andando para casa sozinha, foi até bom. Fiquei refletindo sobre os acontecimentos desde que me mudei para a Inglaterra. De um modo geral, gostei deste país e de sua cultura, tirando certas pessoas - como Agnes e companhia, - mas a vida é assim. Sempre haverão pessoas que não nos daremos bem, portanto o importante é sermos felizes com nós mesmos do jeito que somos. Eu sendo uma meia vampira ou uma humana, terei de conviver com isso, então por quê complicar ainda mais? Chega de complicações para mim, estou farta de ter uma vida complicada. Voltando um pouco aos acontecimentos seguintes, logo me deparei com a minha tia na porta de casa me esperando. Primeira coisa que ela fez foi perguntar sobre o Leo, eu não disse nada sobre a sala do diretor ou sobre meu amigo ter me defendido. Deitei-me em minha cama e fiquei olhando para o teto como uma trouxa, então meu celular tocou e eu vi que era o Leo me ligando, será que eu deveria atender?!
Contínua no Capítulo 10.
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☆ Este capítulo trouxe mistérios, que em breve serão revelados e farão sentido. Estou ansiosa para contar! Não se esqueça de votar e de me seguir se ainda não fez isso! Até o Capítulo 10. ☆
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Crônicas de Katherine
VampirosKatherine Cullen é uma adolescente dividida entre dois mundos - humana e vampira. Enquanto luta para controlar sua sede de sangue, ela também precisa lidar com sentimentos intensos por Leonardo, seu primeiro amigo e talvez seu primeiro amor. Marcada...