Cap. 7: A Casa Misteriosa.

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Eu olhei nos olhos do Leo e senti que não deveria recusar, afinal eu devia isso a ele depois daquele dia no parque. Me dirigi na direção daquela casa ao lado da minha, que parecia bem normal por fora e mais ou menos do mesmo tamanho. O belo jovem no qual eu considerava meu amigo me convidou para adentrar a residência e em seguida, pediu-me para colocar meu casaco de frio em um mancebo que estava bem na porta da casa. Senti uma sensação um tanto quanto estranha, já que embora eu nunca tivesse entrado naquele lugar era como se tivesse algo muito ruim ali, um sentimento negativo impregnado nos cômodos nos quais vulgo "velhos". Logo depois, me deparei com uma figura com olhar sério e penetrante, naquele mesmo instante senti que meu coração iria "parar de bater" - no sentido figurado, claro, pois mesmo sendo uma meia vampira, eu respiro e meu coração bate como de um humano normal, embora seja bem mais devagar. - Leo então, disse:

- Olá, pai. Essa é a minha amiga Katherine, nossa vizinha. Convidei ela para conhecer a nossa casa.

Quando eu ouvi aquelas palavras saírem dos lábios do Leo, por alguma razão ele havia falado com uma entonação na voz que me incomodou. Tentei não pensar nisso naquele momento, fui até o quarto dele e lá parecia bem "culto" para um quarto de um adolescente. Não sabia que o Leo fazia o estilo de gostar de decoração clássica e elegante. Bem, não só ele, pude reparar que toda a casa parecia ter aquele estilo. Talvez, sua família seja bem tradicional e isso explicaria a decoração da casa. Eu perguntei para o Leo:

- Você tem uma casa bem elegante, sua família é do tipo "tradicional"?

- Bem... Pode se dizer que sim, venho de uma família bem tradicional e que tem vários "costumes" diferentes. - Ele me respondeu, hesitante.

Nossa conversa se estendeu por mais uns 3O minutos, falamos sobre a escola e afins, o rosto dele era tão bonito que eu acho que fiquei encarando o tempo todo. Difícil ele não ter reparado isso, fiquei até com vergonha. Tudo ia felizmente bem, mas comecei a pensar do que minha tia falaria se ela soubesse que estou me aproximando cada vez mais do Leo. Fiquei hesitante, ele percebeu e me perguntou se haveria acontecido algo. Respondi que não era nada e eu precisava ir embora, ou minha tia poderia brigar comigo e assim ele me levou até a porta da minha casa - por mais que eu tenha insistido que não era necessário, mas eu não resisti ao olhar dele. - Ao chegar em casa, me deparei com a minha tia com uma expressão de brava logo de cara, Leo se sentiu constrangido tenho certeza. Ele se despediu de mim e disse que nos veríamos na escola, no dia seguinte.

O que houve depois? Simples, levei um longo sermão de mais de uma hora da minha tia. Ela ficou muito brava, porque eu estava desobedecendo-na e isso não era nada bom. Tentei argumentar de todas as formas possíveis, disse que eu gostava muito do Leo e éramos amigos. Estamos na mesma turma e escola, impossível me afastar dele! Sem contar, o quanto eu gosto de seu jeito de ser. Minha, nossa! Acho que estou enlouquecendo! Espero que isso não seja o que chamam de "paixão" por uma pessoa, não posso me apaixonar. Fui para o meu quarto ainda revoltada com a minha tia, qual é o problema dela?! Por que "adultos" têm de serem tão caretas?! Não consigo aceitar, não posso deixar de ver o Leo. Falar com ele e estar com ele, se tornou parte do meu cotidiano e fico tão feliz quando vejo que tenho mensagens dele no meu celular... Eu me pergunto se ele gosta de mim como eu gosto dele, voltei a pensar nisso quando relembrei em minha mente a entonação que ele usou, quando me apresentou ao seu pai. Pode ser só coisa da minha cabeça, mas mesmo assim achei muito estranho. O tempo passa, é de manhã e vejo algo esquisito em minha janela...

Contínua no Capítulo 8.

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