Capítulo 3

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Capítulo 3

Françoah

Em uma tarde, um clarão surgiu diante de mim.

Uma faísca cruzou o caminho de meu cavalo escuro.

Alguém atravessou apressadamente diante de nós. O meu cavalo completamente assustado, empinou descontroladamente. Eu não esperava por essa reação do meu animal que sempre pareceu tão calmo, tão manso.

Prontamente, eu senti todo o meu corpo indo para trás e deslizando pelas costas dura do cavalo. Eu caí no chão e o cavalo caiu para o lado.  Logo essa figura bizarra que havia atravessado o nosso caminho, parou e olhou assustadamente para nós e o seu olhar cor de mel parou na minha imagem deitado no chão, segurando o meu braço esquerdo, ele estava doendo muito. Acho que eu havia o fraturado.

-Você ficou maluca!

Gritei para a jovem de olhos cor mel, com um lenço claro cobrindo a sua cabeça, não havia algum sinal de cabelo em sua cabeça. O seu longo vestido azul marinho era tão velho e rasgado. A jovem estranha parecia uma mendiga.

Porém, ela se assustou ainda mais com o meu berro em sua direção e então ela olhou para o outro lado do caminho e entrou de floresta adentro. Assim desaparecendo entre os Vegetais lenhosos.

-Devagar!

Exclamei, sentado na cadeira, enquanto a minha irmã Francisca enfaixava o meu braço. Eu ainda estava sentindo muita dor. A queda de meu cavalo havia me presenteado com uma dor insuportável. E cada vez que eu lembrava-me dessa cena. Da jovem bizarra cruzando o caminho do meu cavalo e o meu, eu desejei amaldiçoá-la por mil vezes ou por toda minha eternidade em vida.

-Garota estúpida!

Murmurei comprimindo os meus lábios. A dor era mesmo intolerável.

-De qual garota você está falando?

Francisca perguntou, apertando os seus olhos castanhos claros em minha direção. Ela não estava entendendo nada. Eu não havia ainda explicado-a o motivo real da minha queda brusca.

Olhei para um lado e comecei a dizer da seguinte maneira.

 - Uma garota esquisita atravessou o meu caminho, durante a minha cavalgada. O meu cavalo se assustou e acabou me derrubando no chão.

-Nossa uma garota bizarra teve todo esse poder para assustar o seu cavalo e derrubá-lo a ponto de corromper o seu braço?

A sua voz soou irônica. Eu fiz uma careta, completamente sério. Eu não estava para brincadeiras e chicotas. A minha queda havia arruinado a minha tarde.

-Acredito que ela não seja muito certa das ideias! Talvez ela tenha fugido de algum manicômio. O seu estado era lastimoso, havia um lenço em sua cabeça. Ela parecia não ter algum cabelo na cabeça... e ela era completamente estranha.

Francisca ergueu as sobrancelhas e terminou de enfaixar o meu braço.

-Agora eu fiquei com pena dessa jovem.

Ela confessou.

Francisca era a minha irmã do meio. Eu tinha outra irmã chamada Fabíola. Nós éramos três irmãos. Eu tinha vinte e um anos, Francisca tinha vinte e Fabíola tinha dezenove anos.

Os nossos pais eram falecidos, e nós três morávamos em uma casa humilde em um vilarejo pequeno.

Francisca e Fabíola cuidavam da casa, e eu costumava caçar e também trabalhar como ferreiro na vila. Esse era o nosso sustento.

Alguns minutos mais tarde, eu e Francisca olhamos em direção à porta da frente, Fabíola havia chegado da feira, trazendo alguns legumes e pães frescos em uma cesta de palha. O seu cabelo estava preso por uma trança.

-O que aconteceu?

Ela questionou olhando para o meu braço enfaixado. Em seguida, ela colocou a sua cesta sobrecarregada sobre a mesa de madeira.

-O nosso irmão foi derrubado de seu cavalo por uma garota bizarra que cruzou o seu caminho.

A voz de Francisca soou irônica novamente. Fabíola colocou a mão em seus lábios e tentou segurar de volta um sorriso sapeca. Porém, ela ficou completamente séria quando imaginou que eu poderia estar seriamente machucado.

-Nossa! Hoje é o seu dia de sorte!

Fabíola ironizou também.

Porém, eu as olhei com rebate. Elas estavam me deixando completamente irritado. As minhas bochechas estavam ficando vermelhas de ira.

-Eu vou para o meu quarto. - Eu disse me erguendo acima. - As paredes do meu quarto não me azucrinam como vocês duas.

-Desculpa, irmão, nós só estávamos tentando amenizar a sua dor.

Francisca disse, olhando em minhas costas. Porém eu não perdi tempo em olhar de volta para elas e muito menos em rebater o assunto. Nesse período, eu preferia o silêncio do meu quarto.

E eu o tive assim que pisei dentro dele e bati fortemente a porta de madeira atrás de mim.

O feitiço (Lágrima de Princesa,#1) Onde histórias criam vida. Descubra agora