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Espero que gostem!
Prólogo.
A tensão conseguia-se tocar com as mãos, como se a tivessem espalhado pela cozinha.
Beatrice já não sabia se rir ou se chorar. O turbilhão de sentimentos era demasiado complicado e enredado para que ela pudesse pensar com claridade.
"Não, não, não!" dizia para si mesma, em voz baixa, quase inaudível. À medida que continuava a pronunciar as palavras, o volume da sua voz aumentava, ecoando na cozinha"NÃO!"
Salgadas lágrimas começaram a deslizar pelas suas faces. Sentia a cara húmida, mas não sabia se chorava porque se sentia traída, ou pela raiva. Talvez pelos dois.
Os olhos âmbar do seu pai, Alphred, observavam-na atentamente. Não tinha fala, a boca secara-lhe e estava boquiaberto. Não compreendia como a sua filha Beatice, a sua querida Tris, com o cabelo da cor da palha, os olhos da sua defunta esposa (azuis como a água cristalina) e dona de uma sensatez inacreditável, estava a chorar; derramando dolorosas e pesadas lágrimas. Podia ver como sua outra filha, Elaine, consolava a devastada rapariga.
"Tris, Tris" dizia a morena à irmã, enquanto lhe acariciava as costas carinhosamente, tentando acalmá-la. Beatrice enterrara o rosto no pescoço da sua irmã, soluçando.
Notava-se que a Elaine também lhe tinham afetado as palavras do pai. Tinha os olhos húmidos, estava à beira das lágrimas. Mas ela não se permitiria o luxo de chorar, Elaine era forte, forte suficiente para suportar isso.
Os minutos passavam, segundo por segundo, sem falhar um. A comida arrefecia. Os soluços de Beatrice pararam. Um silêncio cheio de verdades, confissões e sentimentos pairava no ar.
De repente, Beatrice levantou a cabeça, num movimento hábil e rápido, preparando-se para lançar ao seu pai, um homem alto, com o cabelo cor de madeira, parecido ao de Elaine, e com os olhos cor de âmbar, olhos inteligentes e compreensivos, um olhar furioso e severo.
"Sabes? Nunca pensei que substituísses a mãe tão cedo!" fez uma pausa para respirar, e prosseguiu "Sabia que algum dia terias de fazê-lo! Mas isto é demasiado cedo! Já lá vão 3 anos, pai, mas não são suficientes, e ainda por cima para te casares! E sabes o pior? É que nunca nos tinhas contado nada! Nunca! Nada!" quase gritou.
"Tris ..." começou o seu pai, mas foi interrompido pela sua filha mais nova.
"Nem tentes, pai, nem tentes."
E com apenas essas palavras, saiu. Alphred não conseguia perceber o que tinha acontecido. Normalmente era Beatrice que compreendia melhor as coisas, via o lado positivo das situações e controlava os nervos. Mesmo que a sua atitude não tivesse sido muito civilizada, a sua filha tinha razão, ele devia ter contado às suas filhas, às suas princesas; devia ter-lhes contado que estava apaixonado de novo, que tinha uma mulher com quem queria partilhar a sua vida, mas não tinha sido capaz de revelar-lhes tal coisa, não tinha tido coragem, tinha demasiado medo.
"A Tris tem razão, devias ter-nos contado antes" e num abrir e fechar de olhos, ambas filhas estavam zangados com ele.
Isto iria ser muito difícil.
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Esta história é totalmente minha, com todos os direitos reservados e não se permitem cópias ou adaptações sem o meu consentimento.
Espero que gostem e desfrutem da história.
Obrigada por ler,
Cris,
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De tudo a nada, De nada a tudo
Fiksi RemajaSe, pelo menos, soubesse que irias voltar à minha vida, que voltaria a ver-te outra vez e que voltarias a entrar no meu coração, teria-me preparado. Se me tivesses avisado que me beijarias de novo, teria tentado que o beijo fosse o mais perfeito pos...