— Que tal um de ação?
— Não gosto desse tipo de filme – ela disse.
— Romance?
— Hoje não estou no clima para romance.
— Aventura?
— Não.
Eu posso me divertir com as tentativas dele de tentar achar um tipo de filme que ela goste? Claro que posso.
— Que tal comédia? – dou minha sugestão.
— É, pode ser.
Parte de mim suspirou aliviado por Cloe ter aceitado, ou eu ficaria um pouco constrangido.
O fato é que estávamos ali para comemorar alguma coisa, que Cloe decidiu me contar apenas no fim da noite, quando nós nos divertíssemos o suficiente.
Interessante.
Alan parece saber sobre o que se trata, o que me deixa confuso.
Ok, já estou criando paranoias e não são nem sete da noite.
— Vamos comprar as entradas? – pergunto.
— Pode ir lá? Eu e Alan vamos comprar pipocas.
Hum, muito interessante.
Sem esperar muito, fui até o balcão de pipocas e pedi três baldes médios, não me importando em gastar uma quantia considerável.
Depois Pluto me dá uma ajudinha.
Quando voltei, ambos estavam lado a lado na fila, conversando sobre o que presumi ser a sinopse do filme.
— Médios? – Alan perguntou.
— Considerando que o filme não é tão longo e que cada um ficará com um balde de pipocas, é o mais adequado – respondo.
— Não discuta com Andrew, ele sempre sabe o que faz – ela disse.
Talvez meu ego tenha subido um pouco nesse momento. Só um pouco.
A fila finalmente começou a andar e logo nós estávamos entrando na sala e procurando nossos lugares. Quando achamos, Cloe fez questão de sentar entre mim e o loiro das cantadas.
Eu achei isso ótimo, assim não vou ficar incomodado com a presença dele.
Caso eu não tenha dito isso antes, eu não o odeio. Só se imagine na minha situação e vai consegui entender.
Antes das luzes se apagarem, Cloe encheu a mão pequena com pipocas e as colocou na boca, derrubando alguns caroços no processo.
Adorável.
O filme começa, mas eu não estava completamente concentrado, estava mais focado em tentar adivinhar o que Cloe estava comemorando e por que aparentemente só eu não sabia do que se tratava.
— Sem paranoias, Andrew – susurrei a mim mesmo.
— O que disse? – Cloe me perguntou sem tirar os olhos do telão.
— Não era nada, não se preocupe.
Ela não disse mais nada, apenas continuou comendo suas pipocas, tentando não cuspir tudo enquanto ria em alguma cena engraçada.
Um fato é que é muito fácil fazer Cloe sorrir, percebi isso no dia em que a conheci, e nunca mais esqueci esse detalhe. Talvez seja por isso que ela tenha aceitado minha sugestão.
Cloe sorria abertamente, sem se importar se estava sendo escandalosa ou não, ou se estava deixando as pipocas caírem eu seu colo. Ela estava sendo feliz.
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Poor Cupid
Fantasy[CONCLUÍDA] Andrew Baker, como gosta de ser chamado, se vê entre ajudar as pessoas a encontrar o amor, e lidar com sua própria paixão por Cloe Johnson, o que não é uma tarefa fácil considerando que ela iniciou um relacionamento com um antigo amigo. ...